Olá amigos!
Recebi esta pergunta e gostaria de compartilhar com vocês a minha opinião. Quais características alguém deve ter para ser um bom profissional em psicologia? É uma pergunta realmente muito interessante e pode ser respondida tanto para dar uma ideia do que seria o perfil do psicólogo ou psicóloga, bem como também pode ser útil para ajudar quem deseja se aperfeiçoar nesta carreira.
Veja também – Perfil dos Estudantes e Profissionais da Psicologia
A psicologia e a metáfora do indivíduo
James Hillman, um dos maiores psicólogos junguianos, criador da psicologia arquetípica, dizia que a psicologia trabalha com a metáfora do indivíduo. Assim, muito mais do que pensarmos que a psicologia é a ciência que estuda a psique, a alma, os pensamentos, sentimentos ou comportamentos, podemos definir a psicologia como o estudo do indivíduo.
Afinal, a ideia de indivíduo e individualidade é fundamental para a psicologia. Até podemos substituir individualidade por personalidade ou repertório comportamental, mas de todo modo a psicologia tem a sua unidade de estudo no indivíduo. A sociologia nos grupos e sociedades, o direito nas leis…
Óbvio que esta definição é concisa. Mas apesar de concisa é muito perspicaz e nos ajuda a definir o que penso ser imprescindível para um bom profissional da psicologia: a capacidade de enxergar as diferenças individuais. Sem esta característica, dificilmente alguém conseguirá ser um bom profissional da área.
Veja também – O que é psicologia?
Por exemplo, já vi profissionais da psicologia, trabalhando em prefeitura, saíram do seu atendimento contando tudo o que ouviram no consultório. Apesar de que é algo não tão comum (felizmente!), este tipo de profissional existe. E o comportamento de não respeitar o sigilo na clínica é, sem dúvida, causada pela falta de consideração do indivíduo, pela ausência de respeito pelo outro.
Esta incapacidade de enxergar que o outro é um outro, com suas próprias necessidades, vontades, sonhos e desejos também provoca – no consultório – a ideia de que o paciente deve seguir os conselhos do mestre, no caso o psicólogo ou psicóloga clínica, como se o ponto de certeza estivesse de um lado e a clínica não fosse um diálogo que busca, justamente, desenvolver as potencialidades e a individuação daquele ou daquela que a busca.
Pessoas autocentradas, que se consideram o centro do universo e pensam estar sempre com a razão são pessoas que, na minha opinião, não servem para a área. A inflexibilidade, portanto, é um sinal de um mal profissional. Bons profissionais são flexíveis porque estão sempre em relação com o outro, seja no consultório ou na escola, no hospital ou em uma empresa. Agir sempre do mesmo modo e esperar que o outro faça o que se faria é um perfil destinado ao fracasso nesta profissão.
A curiosidade que não acaba
Ser excelente em uma determinada profissão e querer sempre continuar estudando as teorias, novidades, contradições, problemas; ler livros e artigos científicos, buscar filmes e documentários, enfim possuir uma curiosidade infindável pelo conhecimento específico da carreira é uma condition sine qua non para ter excelência. Não só na psicologia, mas em qualquer carreira.
Imaginar terminar a faculdade e ficar 30 anos trabalhando com o que se adquiriu na graduação, achando que está sendo excelente, é falta de vontade, interesse e dedicação. E não digo para acumular diplomas na parede e exibir como troféus. A ideia é saber mais para ter mais habilidades. Com isso, ser um bom profissional da psicologia exige o estudo contínuo, talvez não da psicologia como um todo (o que seria um ideal, mas nem sempre possível), ao menos da área de especialização escolhida.
Por exemplo, se o profissional escolheu trabalhar com Recursos Humanos, com Psicologia Organizacional, é altamente recomendável fazer uma pós ou MBA para ampliar o seu horizonte. Alguém que tenha escolhido a clínica, deve também se especializar na abordagem teórica, no mínimo aprender a língua do autor que mais se interessa para ler os livros no original e conhecer a fundo tanto o que foi deixado (seja por Freud, Lacan, Jung, Reich, Adler, Skinner) como o desenvolvimento da abordagem preferida. Fazer supervisões e terapia também, constantemente, se mostra obrigatório.
Empatia e Intuição
No começo do texto, disse que o bom profissional da psicologia é aquele que entende a individualidade. Também podemos nomear esta qualidade como sendo empatia, amor, compaixão. Em termos técnicos, seria mais adequado dizer empatia. Ser empático quer dizer ver e relacionar com outra pessoa, respeitando-a e, ao mesmo tempo, se aproximando. O dicionário define empatia como “Experiência pela qual uma pessoa se identifica com outra, tendendo a compreender o que ela pensa e a sentir o que ela sente, ainda que nenhum dos dois o expressem de modo explícito ou objetivo”.
Empatia vem do grego ἐμπάθεια, empátheia, que significa entrar no sentimento. O psicólogo E.B. Titchener trouxe de volta este termo grego, introduzindo-a na psicologia. Um exemplo banal seria conseguir deixar de lado a preferência própria por um time de futebol e ouvir com atenção a preferência do outro, que ama o time rival. A situação fica mais complicada, se pensarmos em valores sexuais (como heterossexualidade ou homossexualidade), ou religiosos. Enfim, ser empático também não é para qualquer um. Assim como não é para qualquer um ser um profissional da psicologia.
Outra característica que creio ser essencial é o que chamamos de intuição. Embora o termo seja eivado de misticismo, a intuição para Jung é a capacidade de percepção inconsciente, da realidade psíquica do outro ou de si, além das possibilidade futuras de um evento se concretizar ou não. Ter intuição, dentro da psicologia, significa “ver nas entrelinhas”, nos mínimos detalhes, com precisão o objeto que é o centro desta ciência.
Por exemplo, ao fazer uma avaliação psicológica para uma seleção de pessoal, o psicólogo frequentemente vai ouvir mentiras, omissões, falsidades. Como perceber o que não está claro em uma entrevista, dinâmica, teste psicológico? Eu diria que isto só é possível a partir da intuição.
Um grande amigo meu, brilhante músico, dizia que existem músicos e os que tentam ser músicos. Para os que tentam, ele diz que falta um “tchan”. Para os que tentam ser psicólogos (mas não são bons profissionais), em minha opinião falta a capacidade de entender profundamente o conceito de individualidade, ter empatia, intuição e uma grande sede de conhecimentos.
Olá doutor Felipe!
Alguns meses atrás, eu estava com dúvidas de qual profissão seguir: Nutrição ou Letras. Não tinha a menor possibilidade de ser Nutrição, pois não tenho um perfil de nutricionista, e, no caso de Letras, eu não tinha o menor conhecimento sobre a área (sendo que, com o passar do tempo, eu o obteria). Até que uma pessoa me apresentou à Psicologia. No início, a proposta não foi tão interessante. Mas depois, quando fui pesquisando mais sobre a área, logo me identifiquei. Comecei a desenvolver alguns princípios psicológicos, como: ver do modo que o outro vê, sentir do modo que o outro snte (no caso, a empatia); comecei a fazer indagações a mim mesmo; iniciei um processo de desintoxição mental.
Com essas características citadas no texto, conclui que essa é a área que desejo aprofundar os meus conhecimentos. Sinto quando a pessoa está mentindo ou escondendo algo. Procuro entender a individualidade das pessoas que estão ao meu redor. E há uma vontade imensa dentro de mim de aprender, pesquisar, descobrir, estudar. Enfim, quero ser um bom profissional da Psicologia!
Felipe, Gostaria que você me em dicasse filme. Sou estudante de psicologia estou no segundo semestre quero fazer psicologia clinica. Em que semestre já posso estagiar? Aguardo resposta.
Olá, Felipe!
Estou amando seus textos, estão servindo de inspiração pra mim, que sonho em ser psicóloga, desde pequena tenho esse sonho e esse ano vou batalhar muito para conquistá-lo. Sempre notei em mim as características que você citou e realmente não me imagino fazendo outra coisa que não seja na área de psicologia. Na minha humilde opinião, acho que além de entender o conceito de individualidade, ter empatia, intuição e curiosidade, pra ser um bom profissional tem existir amor pelo que faz, senão o trabalho acaba não tendo o mesmo valor.
Ola. . muito bacana o texto.
Sou psicóloga há alguns anos, atuando em empresas. as características que vc menciona como empatia..amor entre outras são realmente essenciais, uma vez que lidar com o ser humano e sua vivência e etc..necessita acima de tudo “gostar de gente”!
abraço!
Olá Arlene,
Veja aqui – Psicologia e Cinema
Os estágios variam muito, mas geralmente podemos começar do 3° período em diante.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Dr. Felipe de Souza. Li inteiramente a sua resposta sobre as qualidades “essenciais” para ser um bom Psicólogo. Gostei muito do modo como olha as coisas. Não sou Psicólogo, talvez gostasse de ser, mas provavelmente já não terei oportunidade. O meu trabalho permite-me lidar com alguns, não profissionalmente, mas falando sobre esses temas. Também sou obrigado a agir com muitos cuidados e empatia. Atrevi-me de vez em quando a pôr no FB, “Picologias de trazer por casa” com umas dicas. Um abraço para si e parabéns pelo seu trabalho e espirito de missão, que eu vejo na partilha, graciosa, do seu saber. Obrigado.
Sou sentimental de mais, de mais. Queria ser psicologa. Me daria mal nessa profissão pelo fato de ser sentimental ?
Olá Felipe!
Suas postagens são ótimas e reflexivas, pretendo fazer Psicologia estava com planos para começar este semestre na uninove pois a mensalidade é atrativa e a mais próxima de casa, mas a dúvida de cursar uma faculdade que não se dá ao trabalho de postar ao menos a grade curricular de seus cursos e sim em captar alunos com seu marketing ilusório, a questão é a qualidade de ensino, bom tomei a decisão de fazer este ano de cursinho e tentar Fuvest, você acha que com 31 anos é possível estes planos ou deveria o quanto antes entrar em uma faculdade e depois fazer uma especialização em uma faculdade boa.
Obrigada!
Simone.
Olá Eliseu,
É um prazer para mim ler o seu comentário!
Fico realmente muito feliz com a sua avaliação e, sabendo que você se interessa por nossa área.
A única coisa que gostaria de salientar é que nunca é tarde para iniciar um novo projeto, uma nova carreira. Talvez você possa fazer psicologia por gosto, por prazer, por interesse e utilizar os conhecimentos apenas para si…
Afinal, 5 anos voam…
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Thaina,
Durante a faculdade de psicologia (e fazendo terapia) aprendemos melhor sobre os nossos próprios sentimentos, porque, como e quando eles surgem. Em certo sentido, a faculdade nos faz ser mais “frios” na medida em que passamos a entender melhor o funcionamento da psique.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Simone,
Bem, são duas questões diferentes. Uma é sobre a qualidade do ensino e a outra sobre a idade.
Já escrevi dois textos sobre estes temas:
A idade influencia a entrar no mercado de trabalho?
Faculdade pública ou particular: qual escolher?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Thalía!
Isto é verdade!
Por exemplo, uma grande amiga minha que se formou na mesma universidade que eu é uma excelente psicóloga. Logo ela conseguiu se estabelecer como psicóloga clínica e tinha o consultório cheio. Porém, ela nunca quis ser psicóloga clínica, o seu objetivo era ser professora em universidades.
Com isso, embora ela fosse uma excelente psicóloga, não tinha o amor necessário para continuar com seu consultório. Assim, ela desistiu e foi seguir o que mais amava: o ensino.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Samuel,
É muito bom quando vamos encontrando o nosso caminho, não é mesmo?
Apenas sugiro que, se você ainda tiver dúvidas, faça Orientação Profissional com um psicólogo ou psicóloga, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá! Felipe de Souza, gostaria de saber mais sobre Psicologia Sentimental, ah como eu estou me identificando com a psicologia, pois amo praticar a empatia, curiosa para falar sobre sentimentos emoções, intuições tenho muitas até sonhos, gostaria de obter mais informações sobre este assunto!
Olá Maria,
Sugiro a leitura dos textos:
Instabilidade emocional – Como ter estabilidade?
Inteligência Emocional
E em breve, escreveremos novos textos sobre este tema, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Sou estudante de psicologia e estou apaixonada pelo curso, escolhi a profissão certa, tanto que me identifiquei muito com o texto a cima, parabéns.
Olá Franceline,
É sempre um prazer receber comentários como os seus!
Ainda mais por se tratar de uma futura colega de profissão!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Acredita que essa intuição posso ser desenvolvida? Caso sim, como?
Olá Laila,
Sim, pode sim.
Em tese, quem não tem a intuição desenvolvida, tem a função sensação (utilização dos cinco sentidos mais apurada). Quer dizer, embora a intuição seja muito relevante para a nossa prática, ter a sensação desenvolvida também pode ser muito útil.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe, estou indo para 3º ano de Psicologia estou adorando em ler seus textos…
gostaria de uma opinião sua pois, estou pensando em seguir a abordagem da Psicologia
Cognitiva apesar das outras me chamarem a atenção!!! Mas a área que quero atuar seria
Seleção e Recrutamento de RH me chamou atenção quando você falou da pós-graduação
em MBA o que seria ? Pensei em fazer uma pós- em Psicologia Cognitiva para me especializar mais na abordagem e uma de organizacional para complementar, seria isso mesmo? tudo esta sendo novo pra mim, a Psicologia oferece linhas de raciocínio, Obrigado ficarei muito feliz em saber o que você acha. ^^
Olá Claudiane,
Fico muito feliz que esteja adorando os textos! É um prazer para mim receber esta avaliação, ainda mais de uma futura colega de profissão!
Bem, sua pergunta é muito interessante!
Em certo sentido, o RH baseia-se em um pensamento simples: de que cada vaga exige um perfil e de que cada pessoa possui um perfil. Quer dizer, na prática, trata-se sempre desta questão. Mas a análise do perfil vai exigir mais. Qual abordagem usaremos para entender cada indivíduo? Aqui entra, então, a escolha pela cognitiva ou outra.
Um MBA já lhe dará uma visão muito mais ampla da economia (macro e micro) e da organização em geral.
Nesse sentido, uma pós em cognitiva seria mais específica para a atuação e um MBA mais geral. Contudo, continuo defendendo que um MBA ou uma pós em administração ou economia é extremamente útil.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Dr. Felipe….!….Não estou conseguindo abrir o livro de psicologia, já tentei e nada, me ajuda por favor….Amo seus artigos e comentários, dicas, parabéns pelo excelente desempenho, respeito por todos nós…uma grande abraço. Rejane
Obrigado =)
Olá Rejane,
Veja aqui – Curso de Psicologia Online Grátis – Ebook
Atenciosamente,
Felipe de Souza
aos 42 anos de idade e depois de 20 anos sem estudar, entrei na faculdade de psicologia, e estou amando, cada dia é uma emoção diferente, estou na minha melhor época, fazendo o que sempre quis, é muito bom!!!!
Olá Ana Claudia!
Que bacana!
Obrigado por compartilhar conosco a sua nova experiência.
O site estará sempre aberto para você ir comentando conosco o seu progresso no curso, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
um: esse site é incrivel, você disponibilizar todo esse material e conhecimento grátis é de uma boa vontade que eu nem acreditava que fosse possível, então, pra tanta doação, sinta um abraço e muitos milhões de obrigadas, passei o dia inteiro por aqui e pelo visto vou passar mais uns vários.
dois e menos útil: sobre sincronicidade, foi de uma coincidencia muito significativa ver que você é de são lourenço, moro fui a minas ano passado, em particular um lugarzinho do lado de são lourenço, se chama mato dentro e é um lugar muito especial. enfim, é isso.
por favor continue com disponibilizando esses materiais, sem dúvidas que tá ajudando muita gente.
Olá Laura,
Um: obrigado pelo carinho! Recebi muito de graça nessa vida, desde pequeno. Então, como gosto de escrever, não é nenhum esforço compartilhar o que venho aprendendo.
Dois: Eu nasci aqui em São Lourenço e continuo morando por aqui. É uma pequena cidade, mas com excelente qualidade de vida. E ainda tem a vantagem de estar próxima do Rio e de São Paulo!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
OLá, já sua leitora, pois leio muitos textos que vc escreve, cada vez mais me convenço que seria uma boa psicologa, desculpe a falta de modéstia, mas tenho me encaixando neste perfil, principalmente quando se trata de empatia, sensibilidade e outros critérios de um bom profissional, me responda, logo se conclui uma graduação de psicologia, qual o primeiro passo, eu que tenho que me lançar no mercado de trabalho, ou seja buscando uma clientela, fazendo anúncios, enfim ainda sou leiga para usar termos adequados, mas tenho grande vontade de me abrir ao conhecimento. Desde já obrigada.
Olá Fátima,
A atuação no mercado – para qualquer faculdade – começa já dentro da graduação, fazendo bons contatos (networking), fazendo estágios, estudando bastante para ser um excelente profissional.
Para a psicologia, vai depender muito também de qual área você vai se especializar e em qual local do Brasil você está. Assim, poderá ser mais fácil ou mais difícil a colocação no mercado, dependendo de fatores diversos como concorrência, por exemplo.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, sou graduada em psicologia, porém, nunca exerci a profissão. Me casei, filhos.. enfim….
Agora, depois de 20 anos, já com filhos criados, poderia eu retomar a profissão. De que maneira… Você pode me orientar? Depois de tanto tempo! Meu email. cidadetalhe@gmail.com – Obrigada
Olá Maria,
Enviei email, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe!
Mais uma vez obrigada pelos textos, pretendo prestar vestibular para psicologia e seus textos têm me esclarecido bastante.
Gostaria de saber se você leu o livro Descubra Seus Pontos Fortes de Marcus Buckingham e Donald O. Clifton, pesquisadores do Intituto Gallup? Caso positivo, você poderia escrever um texto sobre a teoria dos pontos fortes desenvolvida por esses psicólogos? Gostaria de saber sobre sua opinião, tenho algumas dúvidas.
O livro diz que Donald O. Clifton foi chamado de “pai da psicologia dos pontos fortes” pela Associação Americana de Psicologia. Em vista disso, gostaria de saber se a “psicologia dos pontos fortes” já é uma área consolidada na Psicologia, ou se mais pesquisas precisam ser feitas, como é vista pela comunidade acadêmica? Procurei no site do Instituto Gallup, mas não encontrei nada a respeito.
Dependendo da sua resposta (se leu o livro e/ou conhece a teoria dos pontos fortes), eu tenho outra pergunta, contextualizada com o tema deste texto. Eu fiz o teste disponibilizado no site do Gallup, e um dos meus talentos apontados é Individualização. Mas não apontou Empatia, isso, de acordo com o livro, não quer dizer que eu não seja empática, mas que eu não tenho potencial para ter um ponto forte neste tema de talento. Agora, será que isso significa que não serei uma profissional tão bem sucedida no caso de seguir carreira de psicologia? Até que ponto posso me basear neste teste?
Enfim, o livro e o site dá explicações técnicas e conceituais sobre o teste e a teoria dos pontos fortes, realmente dá credibilidade, mas permaneço com dúvidas. Vi aqui no blog textos sobre Psicologia Positiva, também acho que seria interessante escrever sobre essa “psicologia dos pontos fortes”. Esse livro, inclusive, me foi dado na empresa que trabalhei quando concorria a um outro cargo, uma das etapas do processo seletivo era fazer esse teste.
Obrigada desde já pela atenção!
Olá Monique, tudo bem?
Eu ainda não tive tempo de ler o livro “Descubra seus pontos fortes”. Como estou no final do meu doutorado (e com outras atividades concomitantes) está difícil achar um tempinho para dar conta de tudo o que quero estudar, rs.
Já tinha em mente comprar o livro, agora com certeza, com a sua indicação, vou comprar. Prometo que assim que puder, escreverei aqui no site sobre o mesmo, ok?
A psicologia é muito ampla, e dizer que algo é aceito ou não é, é bastante relativo. Depende da faculdade, do professor, da época. O que eu diria, pessoalmente é: se um livro te ajuda a entender uma questão sobre si mesma, então é um livro útil. Mas se você viu essa referência da APA, creio que a editora não mentiria sobre a sua importância atual.
Eu encontrei agora no site da APA, o seguinte: Another commendation went to Donald O. Clifton, PhD, chair of the Gallup International Research and Education Center, for his lifetime achievements. In “living out the vision that life and work could be about building what is best and highest, not just about correcting weakness,” the commendation says, “he became the father of strengths-based psychology and the grandfather of positive psychology.”
Sobre a sua questão, eu escrevi um texto sobre Perfil dos estudantes e profissionais da psicologia
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Estou bem, muito obrigada.
Espero que com você também, sucesso no doutorado!
Aguardo então.
Abraços!
Olá, Felipe!
Gostei do texto, é bem esclarecedor, porém me deixou um pouco preocupado. Adoro Psicologia, passei por terapias cognitivas durante parte da minha infância e no final da adolescência para tratar de uma fobia social, também conheci a terapia de florais homeopáticos, hipnose, programação neurolinguística etc.
Porém não sei se tenho as virtudes como: individualidade, ter empatia e intuição. É possível adquirir, ou aprender na faculdade ou utilizando outro método? Não tenho qualquer tipo de preconceito racial, religioso, de sexo ou qualquer outro.
Ouço bastante as pessoas, presto atenção, quando contam seus problemas já consigo traçar o tipo de personalidade e tentar entender o que se passou para tratar.
Como falei pra minha terapeuta: Não quero ter um diploma e acabou, eu quero ser excelente, ser referência na minha área, ajudar outras pessoas.
Outra coisa, costumo sempre dar conselhos a pessoas, até mesmo parentes, porém costumo ter esse comportamento de “Agir sempre do mesmo modo e esperar que o outro faça o que se faria”, você disse que é um perfil destinado ao fracasso, tenho muito medo disso, não quero ser um fracassado.
O que você me aconselha?
Olá Diego!
A psicologia é muito ampla. Reli o texto que já tinha escrito há um tempo e continuo assinando embaixo.
Porém, temos que ficar atentos que ser referência em uma área, ser um profissional excelente, envolve se especializar.
Um professor, acadêmico e pesquisador, precisa ter mais curiosidade intelectual e menos empatia e intuição. Um psicólogo clínico pode precisar de mais empatia e intuição e menos curiosidade. Enfim, tudo vai depender realmente da área de atuação. E sim, com o tempo, podemos treinar outras características que, por ventura, não temos tão desenvolvidas.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, Felipe,
Bom, o meu foco será na parte de psicologia organizacional, no setor de RH, no desenvolvimento dos funcionários, trabalhar em uma grande multinacional. Tenho o sonho de realizar palestras, coisas que vejo no YouTube através de outros psicólogos. No curso existem as matérias eletivas de RH, organizacional e técnicas de oratória. Todas as três eu quero fazer para poder focar no meu objetivo.
Já sofri de fobia social, passei dos 17 aos 21 anos tratando, acredito que poderia ajudar pessoas com esse tipo de situação com facilidade, às vezes consigo ter a chamada empatia, mas não em todos os casos.
Obrigado pela resposta,
Atenciosamente,
Diego.
ola Felipe de souza sou Herbeth oliveira estou muito interessado pela psicologia pois muito min interessa essa carreira descobri em min algumas características e outras varias que tenho que desenvolver e aperfeiçoar mais isso vou desenvolvendo com o passar do tempo queria mais dicar para ser um bom profissional na área si você poder min ajudar com livros, filmes , reportagens e estudos interessantes relacionados a área seria de muita ajuda para min gostei muito da sua postagens meus parabéns e muito brigado desde jah.
Boa noite professor,
Desde já muito obrigada por partilhar com o público o seu conhecimento e experiência. Esta partilha tem sido de grande ajuda.
Tenho o Mestrado em Psicologia, Aconselhamento e Psicoterapias, que terminei há 2 anos. Desde então nunca exerci profissionalmente, apenas fiz um estágio académico no ultimo ano do curso onde trabalhei com crianças fazendo psiocterapia cognitiva-comportamental; sempre gostei de trabalhar com crianças mas o estágio não correu muito bem, pois não gostei do que fiz (talvez por me sentir perdida durante as consultas) e apenas continuei para concluir o curso.
Depois de terminar o curso e devido a experiência que tive durante o estagio desisti da psicologia (um sonho que sempre tive desde criança) por sentir-me incapaz, incompetente e achar que não seria uma boa profissional. Tive medo de que todas as minhas inseguranças e incertezas se concretizassem durante o meu exercício como profissional. Por todos estes motivos, e outros mais, decidi mudar de país (agora estou na Inglaterra), onde estou a viver há 2 anos, e tentar outra coisa que não a psicologia. Ultimamente tenho pensado em voltar a tentar pela psicologia. Desta vez quero especializar-me na área da psicologia da saúde, mais concretamente, na psicologia da gravidez e da parentalidade, uma área que me cativa muito. Mas por cá as coisas também não têm sido fáceis, pois a língua e a cultura são diferentes do meu país e, para exercer a psicologia cá, levará algum tempo; tempo este que não tenho, pois estou quase a chegar aos 30, o que é frustrante.
Sei que se voltar para o meu país será mais fácil conseguir uma pós-graduação ou outro mestrado, pela facilidade da língua, mas estou insegura quanto a vir a ser uma boa profissional. O meu dilema é se volto para o meu país para tentar realizar esse sonho de ser psicóloga ou se fico por cá e tento outra profissao ou mesmo a psicologia, mas que levará mais tempo a conseguir?
Baseando no que disse, acha que ainda devo tentar pela psicologia? Depois de ler o seu texto fiquei ainda mais frustrada pois acho que não possuo todas essas características que mencionou em cima.
Gostaria que me ajudasse neste sentido.
Por favor, envie a resposta para o meu email – mildapitra@hotmail.com
Desde ja obrigada pela atenção.
L. Martins
Olá!
Neste caso, sugiro que você faça terapia, Orientação Profissional ou o Coaching de Carreira
Atenciosamente,
Felipe de Souza
olá,
muito interessante todos os seus textos, um trabalho formidável.
minha dúvida é a seguinte
posso fazer psicologia tendo distúrbio de ansiedade e ja ter tentado suicídio?
tenho muito interesse pela profissão tanto por conhecimentos da mente humana tanto para ajudar as pessoas.
Olá Fernanda!
Veja aqui – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2013/05/psicologo-explica-como-se-comportar-em-uma-entrevista-de-emprego.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza