Olá amigos!
Já disse em outros textos, comentários e em nossa fanpage – Tudo sobre Psicologia – que a psicologia deve ser pensada não como A Psicologia e sim como AS Psicologias. Ou seja, a área de estudos conhecida como psicologia é múltipla, possui diversas abordagens que não concordam no lugar aonde colocam o conhecimento (epistemologia), nem concordam sobre os métodos de estudo e geralmente também não concordam com as técnicas de tratamento ou práticas.
Em princípio isto não é um problema. Se pensarmos em outras ciências, também veremos que existem áreas de abordagem na física, na biologia, na sociologia e assim por diante.
Neste texto, eu vou procurar dialogar com uma dúvida frequente dos estudantes de psicologia, que é a seguinte: “Que abordagem eu devo seguir?” Também falarei a respeito do meu modo de ver a questão e como foi para mim a “escolha” da minha abordagem.
As abordagens dentro da psicologia
Quando eu digo aqui sobre abordagens dentro da psicologia, não estou dizendo especificamente de áreas de atuação, como a psicologia hospitalar, a psicologia escolar/educacional, a psicologia organizacional, etc. Quando dizemos abordagens da psicologia, estamos dizendo sobre os modos de compreender a psique (psicologia é a ciência que estuda a psique). Em outras palavras, existem vários modos de se compreender o ser humano.
Se você é estudante de psicologia, obviamente sabe disso, mas imagino que provavelmente você não sabia antes de entrar na faculdade. E provavelmente também não sabia que você deveria escolher uma abordagem.
Dependendo da sua faculdade, você pode ter uma abordagem forte nas disciplinas e ter apenas algumas aulas a respeito das outras. Ou pode ser equilibrado (com vários professores em cada uma das abordagens).
Durante a minha graduação, na Universidade Federal de São João del-Rei, eu tive excelentes professores em todas as principais abordagens. É interessante olhar para trás e ver, na minha primeira aula, uma definição de psicologia de uma professora que estudava a abordagem comportamental. Para ela, a psicologia deve ser definida como o estudo do comportamento.
Outros professores, já diriam outras definições. Com cada um puxando para o seu lado, é fácil o aluno se confundir e não saber qual seria abordagem correta a ser “seguida”. Pois, no final das contas, é muito complicado estudar a fundo todas as abordagens e, como elas são críticas entre si, o mais comum é vermos as pessoas escolhendo uma abordagem de preferência e criticando fortemente as demais. Até as famosas “panelinhas” são formadas, cada grupo defendendo a sua abordagem, a sua linha de psicologia.
Que abordagem da psicologia devo seguir?
Bem, para responder à esta pergunta, vou dizer da minha experiência pessoal e do que eu vi e ouvi durante a faculdade.
Eu entrei na faculdade de psicologia com o objetivo maior de conhecer a psicologia. O conhecimento, portanto, foi o meu principal objetivo, muito mais do que ter uma profissão depois. De forma que ao querer conhecer a psicologia, eu tive sempre a vontade de conhecer tudo.
No primeiro ano, estudei mais áreas afins do que a psicologia em si. Estudei filosofia, antropologia, lógica, sociologia, neuroanatomia, fisiologia, estatística… tudo isto para dar um bom embasamento para começarmos a entrar na psicologia mesmo. Eu já tinha estudado alguns autores como Freud e Jung e sabia que os autores eram muito críticos.
Na disciplina sobre a História da Psicologia, esta questão ficou ainda mais clara. Lembro como se fosse hoje de eu perguntando ao meu professor desta disciplina se havia alguma possibilidade de a psicologia ser única, ou seja, todas as abordagens entrarem em um acordo no futuro. Ele disse que não. O que ele via no futuro era a especialização de cada disciplina, aumentando cada vez mais a distância de uma abordagem para outra.
Então, lá estava eu na metade da faculdade de psicologia. Mas, eu, no fundo, nunca tive dúvidas sobre qual abordagem eu iria estudar. Sempre gostei da visão de Jung a respeito da psique e de sua forma de entender a psicologia clínica. E, logo no início, compreendi que para entender a psicologia analítica de Jung teria que estudar muito a psicanálise. Isto porque a psicanálise de Freud foi utilizada por Jung no começo de suas obras até o ponto em que ele mesmo adentrou o movimento psicanalítico para, alguns anos depois, sair deste e criar sua própria abordagem.
Em resumo, para estudar Jung seria altamente recomendável que eu estudasse Freud. E foi o que eu fiz. Porém, na faculdade quase todos estudavam Freud segundo Lacan. Lacan foi um importante psicanalista, talvez o maior depois de Freud. Embora o Lacan diga que ele era freudiano (e não lacaniano), existem sim muitas modificações no pensamento e na prática.
De qualquer modo, acabei estudando muito Freud – e Lacan.
Veja – Documentário sobre Lacan
As outras abordagens, como a comportamental, a fenomenológica-existencial, a psicologia social, a humanista, também me interessaram e, na verdade, por elas me interesso até hoje. Um dos livros que estou para comprar e estudar com dedicação é “Recent Issues in the Analysis of Behavior”, do Skinner. Quer dizer, todas as abordagens são interessantes e nos auxiliam a compreender mais o ser humano.
A questão se temos que escolher uma abordagem – enquanto estudantes de psicologia – ou não é um pouco complicada. Eu diria que mais cedo ou mais tarde, acabamos encontrando uma visão de mundo que se encaixa melhor em nossa visão de mundo. Um autor que pensa e responde muitas questões como nós responderíamos (o que não quer dizer que não vamos também criticar).
Porém, além de ter uma abordagem principal, digamos, creio ser fundamental conhecer todas as outras. Se interessar por outros problemas e outras visões de mundo. E digo isto não só dentro da psicologia. Devemos sempre nos manter curiosos, e estudar tanto história quanto biologia, literatura como química, neurociência como programação neurolinguística. E isto porque conhecer mais nos ajuda em muitos aspectos na clínica.
Para a psicologia clínica, a frase de Jung encerra a questão: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.
Conclusão
Para muitas pessoas, escolher a abordagem da psicologia para se aprofundar é um dilema. Alguns estudantes veem todas as abordagens como corretas e verdadeiras, outros pensam ora com uma ora com outra, e para outros todas são indiferentes.
Quando não há uma que chame a atenção e nos faça ter mais ânimo ainda para estudar, a questão da escolha deve ser adiada. Estudar é um comportamento lógico-racional. Porém, para estudar mais e melhor temos que ter paixão. Por exemplo, se você for estudar russo, a melhor forma é se apaixonar pela língua, pela cultura e pelo país. Deste modo, será muito mais fácil…
Quando não há, portanto, esta paixão desperta, no caso das abordagens da psicologia, devemos deixar para depois. Pode ser um livro ou uma aula que vai nos despertar para a melhor área para nós. E, de qualquer forma, devemos sempre nos manter curiosos também com todas as teorias.
Muito bom, simples assim….
Olá Marcia!
Obrigado!
Fico muito feliz que tenha gostado do texto!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Boa noite Dr. Felipe,
mais um texto muito interessante.
.
Estive a ver o documentário sobre Lacan, e apenas quero dizer: Que maravilha haver pessoas que fazem a diferença, na história da nossa existência, de uma forma tão positiva.
Dr,por favor continue sempre com esta sua dedicação, de entrega e partilha.
Muito obrigado.
Gisela
Olá,Felipe!
Mais um texto seu muito esclarecedor. Sempre que tenho tempo dou uma passada por aqui. =)
*Olha, tenho uma curiosidade… mudando um pouco de assunto,sempre quis fazer essa pergunta a um psicólogo,eis aqui minha oportunidade: Você já assistiu a série In Treatment? Caso tenha visto,a série retrata bem a profissão de psicoterapeuta?
A série é incrível,apesar de ter sido cancelada,todas as três temporadas valem muito a pena ver.
Pergunto isso a você,pois me interesso muito por essa área de psicoterapia,mesmo ainda não estando cursando Psicologia,já que estava em outro curso.Espero passar esse ano para esse curso incrível.
Olá Gisela, tudo bem contigo?
Obrigado!
Realmente me deixa muito alegre saber que você está gostando dos textos e dos vídeos. O nosso site de vídeos tem crescido muito rapidamente, superando (para melhor) todas as minhas expectativas!!!
Continuarei sim, publicando, ok?
Se tiver sugestões de textos ou vídeos, é só me avisar!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Renata!
Que legal que você esteja voltando frequentemente!
Fico muito feliz com esta notícia!
Então, eu nunca vi esta série.
Pelo que pesquisei rapidamente aqui parece que o personagem principal é um psicólogo não é?
Vou ver se consigo assistir e escreverei logo mais minha opinião sobre a série ou um episódio específico, ok?
Obrigado pela dica!
A psicoterapia realmente é algo fantástico. A melhor definição que já vi, imagéticamente, é este vídeo – O Trabalho dos psicólogos, ouvir e transformar
Também pode ser interessante para ti a série de textos que escrevi sobre Ressignificação. Veja aqui – Como mudar
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Boa Noite, Felipe!
Parabéns pelo seu texto, muito esclarecedor mesmo!
Olha, já faz alguns dias que venho lendo os seus textos e ocorre que a psicologia já me chamava a atenção antes, mas agora estou cada vez me apaixonando mais por ela.
Fiz a prova do ENEM em 2011 e graças a Deus consegui uma bolsa de pedagogia. O ano que vem já será o 4° e último ano do curso.i
Ocorre que não consegui me identificar como pedagoga ainda, eu gosto mesmo da psicologia.
Gostaria de fazer uma pós em psicanálise.
O que você considera melhor no meu caso. Fazer uma outra graduação em psicologia ou ir direto para uma pós-graduação em uma das áreas de psicologia.
Aproveito a oportunidade para perguntar se você tem um teste vocacional bom para indicar.
Abraços.
Silvana.
Felipe, estou prestes a começar o curso de psicologia em 2014. Mas quando li o post “Kant: Ética e moral” me surgiu uma incerteza. Vi que o assunto é muito complexo. O curso de psicologia está muito interligado a esse tipo de assunto ou é apenas uma passagem?
Obrigado
Olá Mateus,
Entendo a sua dúvida.
Bem, a psicologia é uma área realmente complexa, que necessariamente acaba envolvendo uma série de áreas afins, que vão da anatomia (especialmente a neuroanatomia), passando pela sociologia e antropologia, além da estatística até a filosofia. Como você pode ver todas estas são áreas afins, que são necessárias para determinadas pesquisas.
Por exemplo, para entendermos o funcionamento do cérebro, temos que entender sobre o Sistema Nervoso Central e Periférico, certo? Com isto, se formos nos aprofundar, temos que estudar bastante a biologia e a química do cérebro e Sistema Nervoso como um todo. Do mesmo modo, se quisermos entender o que é ética e a moral – que diz como devemos agir – teremos que ir buscar referências na filosofia.
Porém, como digo no texto, não são todas as abordagens da psicologia que concordariam com esta busca na filosofia. A psicologia comportamental acharia inútil este diálogo com a metafísica. No livro “O Mito da Liberdade”, Skinner tenta mostrar justamente que buscar na filosofia uma resposta para a dicotomia liberdade X contingência não faz sentido e não avança a questão. Por isso, ele procura dar à sua resposta a partir da ciência do comportamento.
Enfim, com tudo isto podemos ver que a psicologia é um campo de estudos muito complexo, com diversas abordagens contraditórias que por sua vez dialogam (ou não) com outras áreas do conhecimento.
Mas não vejo porque você deveria se preocupar. A graduação é um salto sempre além do que aprendemos na escola. Assim como um mestrado exige mais do que a graduação, e o doutorado mais do que o mestrado… Ou seja, leva um tempo para nos acostumar, mas se nos dedicarmos aprendemos mais rápido do que imaginamos. Durante a graduação é normal sentir que não sabemos nada e, às vezes, ter a certeza de que já aprendemos muito, rsrs.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Já tinha visto o vídeo! *—-* Na série que lhe indiquei tem isso desde a primeira temporada,Paul tem sua própria terapeuta (que já foi sua supervisora em tempos de faculdade), os diálogos são incríveis e isso é ainda mais interessante já que ele conhece a metodologia, todo o processo que se passa com o paciente durante a terapia.
Não consegui ainda ler tudo da série 20 de textos, mas lerei nos dias seguintes.E além disso, adorei esses cursos que têm aqui disponíveis. Quando tiver mais tempo estudarei esse material, um pouco dele a cada dia. Grande iniciativa, essa, de divulgar e esclarecer a psicologia.
Valeu,Felipe!
Olá Silvana,
Eu creio que no seu caso seria interessante fazer a graduação em psicologia. Pesquise em faculdades próximas de ti a possibilidade de você eliminar matérias.
Pelo menos na época em que eu estava na graduação, lembro que as colegas da pedagogia que queriam fazer psicologia iam fazer cerca de 50-60% das disciplinas (já que 40-50% poderiam ser eliminadas por já terem sido feitas na pedagogia).
Com isso, se você conseguir eliminar tantas matérias poderá formar em 3 anos mais ou menos. Ou dependendo da estrutura da faculdade, formar em 5 mas fazendo sempre menos matérias.
Eu digo que seria melhor fazer a graduação pois o conhecimento é muito amplo e poderá te dar mais oportunidades de trabalho que apenas fazer a pós em psicanálise, ok?
Mas, evidentemente, a decisão final tem que ser bem pensada e avaliada por ti.
Mande notícias depois!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Renata!
Então, esta questão do terapeuta ter que fazer terapia (seja psicólogo, psicanalista ou psicoterapeuta) vem do autor que estudo no doutorado, C. G. Jung.
No começo da psicanálise, com o boom que teve de popularidade, muitos queiram também ser psicanalistas. Porém, avaliando os possíveis candidatos, ele viu que muitos tinham sérios problemas, como psicoses latentes, ou seja, a qualquer momento poderiam surtar.
Com isto, ele e Freud decidiram que seria obrigatório para todo analista fazer também análise.
Com relação à série, você sabe aonde posso encontrar? Se tiver uma dica, me diga por favor por email – psicologiamsn@gmail.com
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Nem sempre vamos nos deparar com tudo que gostamos. Mas se eu focar no meu objetivo de aprender com a psicologia sobre a mente humana, as dificuldades das matérias serão irrelevantes.
Muito obrigado pelo esclarecimento. Tenho acompanhado o seu site sempre, e tem me motivado muito a começar o curso. Parabéns pelo seu trabalho.
Olá Mateus,
Que bom que o site tem lhe ajudado!
Volte sempre e comente também! Vamos nos falando!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ola Felipe Souza.. Durante a graduação, em media quantos livro o estudante deve ler?, me falaram que exige muita leitura, e devido a isso percebi que fiz uma escolha certa, irei começar minha graduação no primeiro semestre de 2014, não irei prestar em uma federal, me falam muito que é melhor nem cursar, pois me dizem que se eu cursar em uma universidade privada eu não irei conseguir emprego assim que terminar meu curso, ja o meu professor do cursinho me aconselhou que muitas das vezes o que manda não é a faculdade e sim, o aluno… E a duvida é, qual das duas opiniões de seguir?
Olá Johnatan!
Bem, normalmente não lemos livros inteiros, mas capítulos ou partes de livros.
Diria que é uma média de 2 a 4 livros por mês (se fôssemos somar todas as páginas). É um número razoável, mas menor do que faculdades como história ou letras.
A questão da faculdade federal X particular é difícil de dizer sem saber quais são as opções.
Algumas Universidades Particulares são realmente muito fracas. Porém, já conheci excelentes profissionais formados em universidades não tão boas e, do mesmo modo, profissionais incapazes formados em grandes universidades.
Se você tiver opção, sugiro a faculdade pública. Se não, tente saber mais a respeito da particular, especialmente de quem já se formou na mesma.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Que texto maravilhoso, todos iniciantes do curso deveriam ler.
Olá Monica!
Obrigado! Fico feliz que tenha gostado e que você recomendaria para os calouros!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Boa noite, Dr Felipe, eu me formei em Serviço Social, ganhei este Curso, aos 51 anos e minha Graduação foi em julho de 2013,sempre tive um sonho de ter uma graduação. Só que descobri a minha paixão no Curso de Psicologia, ao lidar com pessoas dependentes quimica e seus familiares nos meus estágios. Percebi que o Curso de Psicologia é muito caro, e claro não teria condições de pagar, tal curso.Visitando sua pagina, amei, e o cuidado que o Senhor tem em transmitir para nós o que aprendeu. Eu creio que o senhor, teria condições de legalizar este curso online, e nos conceder certificados, estou maravilhada, estudando este curso. Saiba que você é uma pessoa muito especial, pela sua doação de conhecimento e sabedoria. O que você transmiti, tem gerado vários frutos, Obrigado
Vera Felício
Olá Vera Lucia,
Fico feliz com sua avaliação de nosso site.
Infelizmente, é totalmente impossível emitir certificados e fazer do Curso Online Gratís, de Introdução à Psicologia, que temos uma faculdade de psicologia. Você fez uma graduação e sabe como é complexo um curso superior. Além disso, ao contrário de outros cursos, como os de licenciatura (pedagogia, história, filosofia, matemática, geografia, química) e os de administração e administração pública, o curso de psicologia não será oferecida online, nem por mim, nem por nenhum universidade pública ou privada.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi Felipe, sou estudante de psicologia e um amigo de turma me apresentou seu Site.Achei muito bom. o que você sabe sobre a gestalte? gostaria de saber mais sobre o mesmo.
Olá Arlene!
Fico muito feliz com a indicação de seu amigo e espero que vocês estejam sempre por aqui =)
Sobre a Gestalt, temos os seguintes textos:
A psicologia da Gestalt
As fronteiras de contato em Gestalt-Terapia
Livro – Gestalt-Terapia para crianças
Lembrando que existe a teoria da Gestalt e a Gestalt Terapia.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Parabéns mais uma vez Felipe…
Ter vc como dos poucos excelentes psicólogos,me dão mais incentivo em continuar nessa minha jornada.
Sei que não é fácil,o curso não é fácil,mais quando se gosta cada vez mais do que se faz,sem comentários, o resultado será gratificante no final.”A dificuldade faz do caminho,a vitória ser maravilhosa.”
Acho muito interessante o modo que vc compartilha seu conhecimento,de forma simples e direta.
Essas dúvidas realmente são normais para quem tá iniciando o curso de psicologia,eu mesmo fui prova disso.Sei que ainda vou ter uma jornada cheia de desafios,mais que venham os desafios.
Parabéns e continue assim,compartilhando seu conhecimento de forma simples e direta e o que é melhor,incentivador.
Olá Edu,
Obrigado meu caro!
Como já disse algumas vezes aqui, escrever é um processo bastante solitário.
Então, é muito legal quando temos um retorno tão positivo assim!
Obrigado mesmo!
Vamos que vamos!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe, desde o colegial tenho paixão pela psicologia e sempre tive tendência para a abordagem freudiana, talvez por ser a mais popular. Acompanhando seus textos tenho tido bastante esclarecimento e curiosidade pelas outras abordagens. Todas as explicações que você nos presta tem sido de fundamental importância para ampliação das minhas percepções sobre a profissão que escolhi, embora ainda não esteja na faculdade, pois decidi prestar ENEM e concorrer a uma bolsa para 2015, devido a fatores financeiros.
Agradeço pelo seu trabalho e concordo com seu fechamento a respeito da escolha da abordagem: “Estudar é um comportamento lógico-racional. Porém, para estudar mais e melhor temos que ter paixão.”
Um abraço, Aline.
Olá Aline,
Obrigado por comentar!
Então, essa questão é muito interessante! Sabe que eu tive uma formação mais forte em psicanálise e psicologia analítica (também por ter paixão por essas duas abordagens). Mas recentemente, venho estudando a fundo a psicologia cognitiva! E tem achado fantástica! Tanto é que estou pensando de fazer uma formação completa aqui no site em Psicologia Cognitiva!
Vamos que vamos!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá professor! Venho acompanhando suas publicações e as mesmas têm sido de grande valia. Sou graduado em teologia e atualmente curso o 3° período de psicologia e, embora, eu acredite na influência da mente no comportamento, eu ainda não defini a abordagem a ser seguida, ainda que tenha me identificado com uma ou duas, por medo de surpresas mais á frente. Qual a dica que você pode me dar? Um abraço!
Olá Cláudio,
Veja aqui – Dilema dos estudantes de psicologia: qual abordagem seguir?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, eu estou cursando o 2º período de psicologia e estou com dúvida em relação as abordagens da psicologia, gostaria de conhecer todas elas. Teria como você me falar sobre elas? Não precisa ser um longo texto, pq não quero dar trabalho, mas pelo menos quais são elas?
Muito obrigada e parabéns pelo texto.
Olá Camila,
Veja aqui – Cursos Grátis de Psicologia, Psicanálise e PNL
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Excelente texto que veio ratificar minha decisão sobre qual abordagem seguir, que é a TCC, tenho me identificado muito com esta linha e estou decidido a segui-la apesar de ainda estar no 4º período.Parabéns pelo site, tenho divulgado pra todo mundo na Faculdade onde estudo que é Estácio de Sá, em Niterói-RJ.Você poderia me indicar alguns livros dentro dessa abordagem?
Olá Edvaldo!
Obrigado!
Bem, para a TCC eu recomendaria todos os livros do Skinner e de Aaron Beck.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe..
Estou encerrando o 4º período, e até 10 minutos atrás estava muito angustiada por saber que estou chegando na metade do curso e ainda não tinha me decidido sobre qual abordagem seguir…
Parabéns….este texto me acalmou muito… mais ainda tenho algumas dúvidas..
Poderia passar seu email para que eu possa enviá-las a você?
Obrigada!
Olá Elaine,
Sim, meu email é psicologiamsn@gmail.com
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Então professor…
quer dizer que o importante é que Eu me identifique, me apaixone pela teoria?
Se Eu me apaixonar pela teoria behaviorista posso ignorar o fato de que ela considera o homem como uma substância inerte totalmente determinada pelo passado e seguir meu caminho instalando e desinstalando comportamentos nos ORGANISMOS que vierem procurar ajuda em meu consultório?
Quer dizer que se Eu me identificar com a psicanálise posso ignorar que o inconsciente é uma hipótese impossível de ser comprovada e seguir interpretando as histórias de meus pacientes a partir de conceitos vazios e analogias fabricadas para tentar encontrar a força misteriosa que determina suas condutas?
Olá Paulo,
Então, existe esta questão de ter paixão pela área de estudo, mas creio que o centro da “escolha da abordagem” esteja relacionado com aspectos mais profundos da personalidade. Em suma, o que acreditamos e valorizamos – a nossa visão de mundo.
Recomendo que você leia alguns livros que ajudarão a expandir esta ideia um pouco limitante do behaviorismo e da psicanálise. Especialmente, Walden II, do Skinner e A trama dos conceitos, de Renato Mezan, sobre Freud.
É engraçado esta visão que aprendemos sobre o behaviorismo ser contra a mente, dizer que pode controlar o comportamento, etc. Pelo menos as obras que li do Skinner, no original, são bem abertas ao pensamento e valorizam a dignidade humana.
Quanto à questão epistemológica de “provar” o inconsciente, penso que o buraco é mais embaixo. Só pensarmos como é complicado até hoje para as neurociências “provar” a consciência…
Mas como digo, vá estudando as disciplinas e tente ler sempre mais do que é exigido que, assim, você encontrará a perspectiva que mais condiz contigo.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi professor, sou eu denovo.
Paixão, crença, valores pessoais, minha visão de mundo… a meu ver, tudo isso são critérios subjetivos. É isso mesmo? Devo escolher com base no que Eu acho que seja verdadeiro? Então não há objetividade na Psicologia?
Em seu artigo está escrito que todas as teorias são importantes pois nos ajundam a compreender melhor o ser humano. Mas então qual a razão para o fato de que uma seja elaborada em oposição a outra, tentando corrigir seus erros (metodológicos e/ou conceituais)? Não seria mais fácil continuar de onde o outro parou e avançar, já que são complementares?
PS: você acha mesmo que Walden II seja exemplo de valorização da dignidade humana?
Olá Paulo,
Esta é uma longa discussão que acaba desembocando na filosofia, especialmente na epistemologia da psicologia (quem sabe não será esta a área que você decidirá por estudar?) Existem programas de pós-graduação excelentes no Brasil sobre este tema.
Eu escrevi um texto sobre a ideia do Jung de equação pessoal. Talvez lhe interesse – A equação pessoal – Jung
Para responder a sua pergunta sobre o Walden II: Skinner era um extrovertido, ou seja, ele percebia a imensa influencia que o meio provoca no indivíduo (e é simples de ver isso, falamos português, estudamos psicologia e tudo isso veio de fora, do nosso meio)… e tendo em vista esta perspectiva, o seu desejo era criar uma sociedade que pudesse dar as melhores condições para que o sujeito fosse feliz.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ola. gosto muito do que vc escreve. Sou estudante de psicologia e o dilema de qual abordagem escolher já esta aparecendo. Quero sugerir se for possível : um exemplo de um mesmo caso tratado por abordagens diferentes, assim teríamos mais clareza em diferenciá-los. grata.
Olá Solange,
Esta é uma boa ideia, entretanto, é um bastante difícil de realizar.
Não só porque geralmente um caso clínico demanda um espaço muito grande (geralmente um livro!) porque também estaria para além da minha competência descrever deste modo todas as abordagens.
O que eu sugiro é pesquisar livros de cada abordagem que já contenham casos clínicos. Então, é isso! Um post com livros de casos clínicos é uma ideia mais factível. Vou providenciar para breve, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe, muita obrigada por compartilhar seus conhecimentos de forma clara e objetiva comigo e todos os amantes da Psicologia! Adoro seu site, e admiro muito sua iniciativa de esclarecer com tanta ternura sobre tantos temas que são tão importantes para quem está por entrar – ou ja entrou – na area da Psicologia!
Olá Mariane!
Obrigado!
Fico muito feliz com a sua avaliação!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Sou cientista social, especialista em cultura indígena, muito interessantes suas publicações a respeito da Psicologia. Sempre gostei muito de Psicologia, penso no futuro cursar…
Gostaria que saber sua opinião em quais abordagens da psicologia se aproxima de uma perspectiva antropológica ao pensar saúde mental indígena?
Atenciosamente.
Olá Rodrigo,
Infelizmente eu não sou muito versado nessa parte que liga a psicologia à antropologia.
Mas existem pesquisas sim, inclusive no Brasil, sobre o tema.
Procure no site da scielo.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
bom meu nome é carol tenho 16 anos e penso fazer piscicologia, mas enfim quanto custa pra fazer essa faculdade?
Olá Caroline,
Tire essa e outras dúvidas, aqui – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2015/02/psicologia-faculdade-e-carreira-as-dez-principais-duvidas.html
Olá Felipe
estudo Psicologia estou no 4° ano mas ainda tenho muitas dúvidas que a faculdade não supri por ser somente uma pincelada na área de estudo. A questão da abordagem me pegou de surpresa, pretendo me especializar na área Jurídica e na parte social, me sinto perdida em sala quando surge essa questão de abordagem mas seu texto me deixou mais tranquila e esclareceu bastante minha mente. Continue com essa simplicidade e ajudando sempre assim seus próximos Deus abençoe . Abraço
Olá Felipe.
Eu estou no segundo ano de Psicologia, e gostaria se possível que esclarecesse uma dúvida minha a respeito de abordagens em relação à especialização. A minha dúvida é se existem áreas que são melhores para se seguir de acordo com cada abordagem, ou se nenhuma abordagem influencia na área de atuação escolhida. Desde já agradeço.
Olá Karina!
Bem, esta é uma questão bastante complexa. A escolha da abordagem também deve levar em conta a área de atuação. Um exemplo: a psicanálise é mais voltada para a clínica. Em trabalhos na área organizacional fica mais difícil a sua aplicação (embora existam tentativas).
Então, o interessante é levar em conta tanto o gosto pela abordagem como a área na qual se pretende atuar.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Tenho a intenção de atuar na área hospitalar, mas não sei qual abordagem seria a melhor. Gosto muito da fenomenológica, mas será que essa seria adequada para a hospitalar, ou qual seria melhor para essa área? Porque essa abordagem me parece ser mais voltada para a clínica também.
Olá Karina,
Existem muitos estudos de cada uma das abordagens na psicologia hospitalar. Entretanto, temos que ter em mente que é preciso adaptar porque normalmente as consultas são pontuais (Procure por – plantão psicológico).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Meu atual dilema…
Olá Felipe!
Obrigada por dividir seu conhecimento conosco, já faz alguns anos que acompanho seu trabalho e gosto muito de tudo que você escreve.
Parabéns!
Obrigado Vilma!