A psicologia se aproxima de diversas áreas do conhecimento. Aproxima-se da medicina e da biologia nas pesquisas da psicofisiologia, das neurociências, da neuropsicologia. Está próxima da pedagogia na psicologia escolar e educacional e da psicopedagogia; da administração e da economia na psicologia organizacional, recursos humanos e, entre outras aproximações, encontramos a relação da psicologia com o direito.
Um querido leitor de nosso site, que está cursando a faculdade de psicologia, nos enviou uma pergunta sobre a psicologia jurídica. Seu interesse é em trabalhar nos fóruns, especialmente lidando com famílias, e a sua dúvida é se ele deve ou não, após concluir a faculdade de psicologia, fazer também a faculdade de direito.
A faculdade de direito
Na faculdade de direito, o estudante vai aprender sobre as leis e legislações, sobre os códigos, bem como sobre o que pode e deve fazer para defender os seus clientes. Ao realizar o exame da OAB (Ordem dos Advogados), poderá advogar ou, se preferir, pode seguir carreira jurídica, prestando concurso para juiz, promotor ou delegado. Portanto, assim como na psicologia, o graduado em direito tem muitas possibilidades de atuação. Para citar apenas algumas delas:
– direito penal
– direito tributário
– direito administrativo
– direito trabalhista
– direito contratual
– direito civil, etc.
No direito civil, o advogado defende os interesses individuais de uma pessoa ou grupo em ações referentes a propriedades, relações comerciais e familiares. Nesta grande área do direito, existem especializações que focam ainda mais a atuação, como na especialização em direito da família.
A faculdade de psicologia
Como dissemos no início, a faculdade de psicologia aproxima-se de muitas outras áreas do saber. Por ser uma profissão ampla, o recém-formado poderá também optar por uma especialização para se aprofundar nos conhecimentos de uma área específica. Para ser um especialista, na psicologia, existem duas formas:
– fazer uma pós-graduação lato sensu
– fazer a prova de títulos de especialista organizada pelo Conselho Federal de Psicologia
(Para conseguir a aprovação na prova de títulos do CFP é preciso, entretanto, ter uma pós-graduação concluída aprovada pelo MEC e ter experiência comprovada de 2 anos em um cargo relacionado).
11 Especializações na Psicologia:
Atualmente, segundo o CFP, existem 11 especializações para o psicólogo:
– Psicologia Escolar/Educacional;
– Psicologia Organizacional e do Trabalho;
– Psicologia de Trânsito;
– Psicologia do Esporte;
– Psicologia Clínica;
– Psicologia Hospitalar;
– Psicopedagogia;
– Psicomotricidade;
– Psicologia Social;
– Neuropsicologia;
– Psicologia Jurídica.
O que é Psicologia Jurídica?
A psicologia jurídica, em resumo, é a área da psicologia que se aproxima do direito, sem, é claro, se confundir com o direito. Ou seja, o psicólogo jurídico não cumpre o papel que um advogado cumpre.
Saiba mais – Psicologia Jurídica: definição, salário e atuação
É importante distinguir entre as áreas de atuação. Alguém que tenha a graduação em direito e em psicologia – e as devidas inscrições na Ordem dos Advogados e no Conselho Federal de Psicologia – poderá atuar tanto como advogado quanto como psicólogo. Esta é uma situação profissional relativamente rara, já que a tendência é que o profissional opte por uma área apenas de atuação.
Porém, da mesma maneira como ocorre em outras áreas da psicologia que estão próximas de outras faculdades, ter mais conhecimentos é sempre uma boa escolha.
Por exemplo, um profissional da psicologia que trabalhe com Recursos Humanos, dentro de uma grande empresa, poderá fazer uma pós-graduação em administração ou até fazer uma graduação em administração. Talvez esta pessoa não venha nunca a atuar, com carteira assinada, como um administrador; mas o conhecimento adquirido nesta nova graduação ampliará os conhecimentos adquiridos na faculdade de psicologia.
Em suma, ter duas ou mais graduações é interessante pelo conhecimento que podemos adquirir. Uma graduação como a de psicologia, ainda que dure 5 anos, oferece ao estudante uma visão geral de todas as áreas de atuação. Voltando ao exemplo do RH, o estudante pode ter contato com as teorias da administração e da economia em talvez quatro ou cinco disciplinas. Este conhecimento – embora geralmente suficiente para a atuação no RH – é bem menor do que estudar especificamente administração ou economia durante quatro ou cinco anos.
No que tange ao direito, em geral, a faculdade de psicologia não oferece muitos conhecimentos. Ou seja, matérias sobre psicologia jurídica, se existirem, serão pouquíssimas. Razão pela qual o caminho para criar uma carreira na psicologia jurídica passa por conseguir estágios na área, estudar por fora em livros e cursos livres, e fazer uma pós-graduação recomendada pelo Conselho Federal de Psicologia.
Graduação em direito: pós em psicologia jurídica
Outra pergunta que recebo frequentemente é sobre ter a formação em direito e atuar na área de psicologia jurídica. Bem, para atuar na área da psicologia – seja ela jurídica ou não – é preciso ter a graduação em psicologia. Isto porque, para conseguir obter a carteira e o registro no Conselho Federal de Psicologia, temos que ter a graduação.
De forma que alguém que tenha uma graduação em outra área, não em psicologia, e faça uma pós-graduação em psicologia (algumas faculdades permitem ao aluno se matricular, cursar e ter o diploma da pós ainda que não tenham a graduação), não será possível atuar como psicólogo a não ser que se faça, também, a graduação em psicologia.
Para ser claro: digamos que surja uma vaga para psicólogo jurídico em um fórum de uma cidade X. Um advogado que tenha feito uma pós-graduação em psicologia jurídica não poderá concorrer, já que, para todos os efeitos, não tem a formação em psicologia. Da mesma maneira, para um cargo que exija a formação em direito, um psicólogo especialista em psicologia jurídica, não poderá concorrer, pois não possuirá a graduação em direito, nem a inscrição na OAB.
Veja também
Sou graduada em Direito desde08/12/1983! Fui aprovada para o CONCURSO PÚBLICO PARA O CARGO DE DELEGADA DA POLÍCIA ? CIVIL. NOMEADA EM 15/05/1996. Trabalhei no interior da Bahia, mas findei por estudar a ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA Social NA FACULDADE SÃO BENTO DE SALVADOR, TAMBÉM NO CIEG E TENHO BUSCADO APRENDER MUITO SOBRE O COMPORTAMENTO ! FINALMENTE! FUI ESTUDAR A GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA NA PÉSSIMA FACULDADE CASTRO ALVES; E NO SEGUNDO SEMESTRE DEPARAMO-NOS (EU E OUTRA JOVEM SENHORA ADVOGADA E PROFESSORA DE DIREITO!) !:E PASMEM NO SEGUNDO DIA DE AULA, A TAL PROFESSORA DE PSICOLOGIA JURÍDICA! ESCREVEU NO QUADRO O NOME DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE! MAS QUANDO PERGUNTEI A DATA DA PROMULGAÇÃO DA REFERIDA LEI OU MSM SEU NÚMERO, ELA LIMITOU-SE A SUGERIR QUE “FÔSSEMOS” PROCURAR NA (PASMEM) NA INTERNET!!!!?????? AÍ EU E AFIRMEI -LHE E A TODA A TURMA QUE JAMAIS FIZESSE ISTO!!! ENSINEI A DATA E O NÚMERO! ELA FICOU SEM GRAÇA ?! EU IRRITADA! POIS PAGA-SE FACULDADE PARTICULAR PARA TER PROFESSORES QUE NADA SABEM O QUE ESTÃO”ENSINANDO”????
ABSURDO! ABANDONEI A TAL FACULDADE! Péssimo! ? ? ? ? ??
Bom dia,
Sobre o texto de PSICOLOGIA E DIREITO, me ajudou bastante a continuar construindo minhas ideias sobre
o que vou fazer na minha graduação e projetos de vida. Quero parabenizar e dizer “muito obrigado” !
Esse site é um dos melhores para quem estar no curso.
att,
Olá Doutora Bárbara, A senhora Continuou o curso de psicologia? Desejo agregar as duas graduações, seguindo claro por ordem. Término e início a outra. Então é melhor fazer psicologia e depois direito ou direito e depois Psicologia? Desejo atual na área com a sociedade. E para lhe dar com a sociedade não basta apenas saber as leis, atos, direitos na constituição. Por isso pretendo a graduação nas duas áreas Psicologia e depois direito. Se tiver algum comentário complementar, eu serei grato. Meu email: k3josenilsonk3@gmail.com