A procrastinação é estudada pela psicologia e pode ser definida como “a tendência de agir para satisfazer as necessidades imediatas em detrimento de atividades com maiores benefícios futuros”. Neste texto, vamos aprofundar esta definição e ver os 3 tipos mais comuns de atividades que são proteladas.

O que é procrastinação?

Adiar, deixar para depois, fazer na última hora uma atividade são todas formas de procrastinar. Em certo sentido, todas as pessoas procrastinam em algum momento de suas vidas. A questão se torna problemática quando a procrastinação fica crônica (como um padrão de comportamento repetitivo ao longo do tempo) ou quando os resultados do adiamento ou de não fazer algo trazem resultados negativos nas relações e em áreas da vida como trabalho ou estudos.

Segundo Wyndy Dryden, um famoso psicólogo conhecido pelos seus trabalhos na TREC (Terapia Racional-Emotiva Comportamental) e na terapia de uma única sessão, existem 3 de atividades que as pessoas geralmente procrastinam:

1) Atividades de cuidado pessoal ou manutenção pessoal: comportamentos que sustentam a vida pessoal como higiene, finanças, administração pessoal, limpeza e organização da casa.

2) Desenvolvimento pessoal: ações relacionadas ao crescimento pessoal e profissional como fazer um curso profissionalizante, faculdade, pós ou ampliação do saber de forma prática. Procrastinar desta forma muitas vezes traz arrependimentos futuros sobre o que poderia ter sido feito lá atrás, há 5, 10, 20 anos e que poderia ter dado frutos no dia de hoje.

3) Comprometimento com o outro: como vivemos em sociedade, em muitos momentos nos comprometemos com outras pessoas na execução de tarefas e projetos. É comum que este tipo de procrastinação gere frustações e sofrimentos em quem está procrastinando e, igualmente, à outra pessoa que está esperando a conclusão. Para quem procrastina, o sofrimento neste caso pode ser maior por envolver querer o reconhecimento alheio e, simultaneamente, não conseguir concluir o que foi combinado.

Procrastinação e áreas da vida

Outra forma de entender a procrastinação consiste em entender a sua gravidade. Na psicologia e psiquiatria existem as definições de leve, moderado ou grave. Essa classificação é feita nos manuais diagnósticos tendo por base o sofrimento que causa em si e no outro e o nível de prejuízo que pode causar nas várias áreas da vida.

Podemos também pensar em um tipo de procrastinação que é específica, ficando restrita a uma única área da vida ou atividade dentro desta área. E, por outro lado, uma procrastinação generalizada, que afeta diversas atividades e áreas da vida.

Por exemplo, uma pessoa pode procrastinar apenas nas atividades ligadas às finanças (como atrasar o pagamento de um boleto, mesmo tendo dinheiro ou deixar de declarar um imposto), enquanto outra pode protelar os cuidados pessoais da limpeza da casa, atrasar quase sempre a entrega de projetos no trabalho e projetos pessoais com amigos e parentes.

Conclusão

No próximo texto, vamos abordar algumas dicas para superar a procrastinação. O primeiro passo, como quase tudo na vida, consiste em tomar consciência sobre a questão. Se você procrastina, ficar cada vez mais consciente de quando e como procrastina é o primeiro passo para superar.

Se você entende que a procrastinação está prejudicando suas relações e sua vida, lembre-se que você pode buscar ajudar profissional de um profissional da psicologia, psiquiatria e terapia ocupacional.