Muitos estudantes e profissionais da psicologia possuem dúvidas quanto às diferenças na atuação e na especialização de áreas próximas porém distintas: a terapia de casal, a terapia familiar e a terapia sexual.
Parte desta confusão advém que muitos cursos e pós-graduações reúnem estas temáticas no nome e também nos módulos. Neste texto, procurarei descrever as diferenças – e semelhanças – e, se você está buscando terapia em uma destas áreas, poderá entender melhor também para procurar o profissional mais especializado para o seu caso.
Diferença entre Terapia de Casal, Familiar e Sexual
Uma maneira simples e didática, para entender as diferenças entre estas atuações, é pensar na demanda que será atendida e, igualmente, quem será atendido. E o próprio nome já nos conduz na distinção:
- Terapia de família ou terapia familiar: atende membros de uma mesma família (ou uma pessoa da família que está precisando de orientação quanto às suas relações familiares).
- Terapia de casal: é um pouco mais limitada no escopo se comparada à terapia família, já que tende à se limitar às relações do casal (o atendimento pode ser para ambos ou para apenas a parceira ou parceiro)
- Terapia sexual: no que tange ao limite, possui um foco ainda mais específico do que a terapia de casal, pois direciona-se à resolução de problemas ou dificuldades ligadas à sexualidade.
Terapia de família
As configurações de uma família são múltiplas. Uma família pode ser composta por duas pessoas (como mãe e filha, pai e filha, avô e neta, etc) ou por mais membros. Evidentemente, uma família também pode ser um casal. Por isso, talvez possamos falar da terapia de casal como um tipo de terapia de família (já que o casal é também uma família).
Entretanto, os pesquisadores e profissionais que trabalham com terapia de família, em geral, utilizam o termo para se referir a tratamentos ou intervenções que envolvem mais integrantes do que apenas um casal, como as relações entre pais e filhos, avós, irmãos, primos, parentes próximos e agregados.
Terapia de casal
A terapia de casal, portanto, é o termo utilizado para nos referimos às intervenções e tratamentos que envolvem diretamente a relação de um casal. Problemas conjugais, não raro, também trazem problemas e dificuldades oriundas da inserção do casal em uma família. Por exemplo, quando a sogra interfere no relacionamento, quando há a mudança de um outro integrante para a casa do casal, o nascimento de uma criança ou discussões sobre finanças que afetam outras pessoas ligadas ao casal.
Contudo, embora os limites entre a terapia de casal e terapia familiar, em alguns momentos, sejam tênues, dizemos que o profissional está realizando uma consulta de terapia de casal quando o foco da atuação é a relação do casal. Na maioria das vezes, o objetivo é melhorar a qualidade do relacionamento.
Terapia sexual
E, por sua vez, a terapia sexual trabalha diretamente em problemas ou dificuldades da sexualidade. O tratamento pode ser individual ou não. Disfunções sexuais como ejaculação prematura (precoce), ejaculação retardada, transtorno erétil (impotência), transtorno do orgasmo feminino, transtorno do interesse / excitação sexual feminino, transtorno da dor gênito-pélvica/ penetração, transtorno do desejo sexual masculino hipoativo.
Individual, em dupla ou em grupo
Todas estas três modalidades de atendimento – terapia familiar, de casal ou sexual – podem ser realizadas individualmente durante todo o período da psicoterapia ou em momentos específicos como na avaliação inicial ou quando necessário.
A terapia de casal e sexual também pode ser realizada em conjunto, com ambos os parceiros presentes ou, se preferirem, individualmente.
E, finalmente, a terapia de família pode ser realizada em grupo.
Pós-graduações para estudantes e profissionais da psicologia
Muitas pós-graduações possuem como título “Pós-graduação em Terapia de Casal e Família” indicando que o estudo ao longo dos dois anos – em média – se estenderá tanto ao casal como à família. Vale a pena também pesquisar pela Terapia Sistêmica, a abordagem mais conhecida para o tratamento de famílias.
Quanto às especializações em Terapia Sexual, recomenda-se procurar também pelos termos Sexualidade e Sexologia.
Em outro texto aqui em nosso site, já abordaremos a questão: O que fazer para ser sexólogo(a)?
E, para concluirmos, uma outra dúvida comum é quem pode fazer este tipo de especialização. Normalmente, as pós-graduações liberam as inscrições para quem tem formação em psicologia e medicina (para terapia familiar e de casal), e para a terapia sexual vemos que, em geral, outras formações também podem realizar os cursos.
Dúvidas, sugestões, comentários, por favor, escreva abaixo.
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Olá Ana!
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