“A medida da inteligência é a capacidade de mudar” (Eistein)
Olá amigos!
Bem, se você está lendo este texto, é sinal que você concorda que as pessoas cometem erros. Nós erramos e, muitas vezes, os erros são consideráveis, podendo inclusive influenciar na vida de outras pessoas. Por isso, partimos do princípio que cometemos erros. Mas como lidar com estes erros do passado?
Como lidar com os próprios erros do passado?
O segundo ponto que é preciso concordar é que um erro, seja ele de que natureza for, deve ser entendido como erro, mas, no plano das emoções. Em outros termos, podemos dizer que é preciso se arrepender do que foi feito.
Segundo a psicóloga clínica Ph. D. Melanie Greenberg, “o arrependimento é um estado emocional/cognitivo que envolve culpar-se por um resultado ruim, tendo um sentimento de perda ou tristeza pelo que poderia ou deveria ter sido feito ou escolhido no lugar. Para pessoas jovens e crianças, o arrependimento, embora seja uma experiência dolorosa, pode ser uma emoção útil.
A dor do arrependimento pode resultar na mudança do foco e na mudança de ações ou na busca de novos caminhos. Entretanto, quanto menor for a chance de mudar a situação, maior é a chance de o arrependimento se transformar em uma ruminação e em estresse crônico que pode prejudicar o corpo e a mente”.
Uma outra maneira de entender o que é o arrependimento é o que Jung chama de o primeiro passo de toda e qualquer terapia digna do nome. O primeiro passo é a confissão, ou seja, o paciente chega ao consultório e confessa o que fez. Evidentemente, não só os atos prejudiciais, mas também pensamentos e sentimentos neutros ou benéficos que, talvez, nunca tenham sido ditos antes. É o que muitos chamam de desabafar.
Mas e depois? Chegamos então ao terceiro ponto sobre como lidar com os erros. É preciso se arrepender mas, depois que o arrependimento ocorrer, é preciso deixá-lo para trás. O que foi feito foi feito… o que pode ser feito agora e daqui para adiante?
Bem, então é preciso pensar que é possível mudar. (Em outro texto, falaremos sobre como as crenças – no sentido da Programação Neurolinguistica e da Psicologia Cognitiva – devem ser trabalhadas para que a mudança ocorra).
Afinal, não adianta nada entender, profundamente e emocionalmente, que o que foi feito não teve o melhor resultado e continuar pensando que esta é a única maneira de agir. Como quem diz: “sempre fiz desta forma e não consigo fazer de outra”.
A questão da mudança é certamente uma questão decisiva na psicologia clínica. Sabemos, pela observação cotidiana e pela experiência no consultório, que muitas vezes as pessoas conseguem atingir mudanças significativas sozinhas. Entretanto, em muitos casos é preciso ter certo tipo de suporte para facilitar o processo. E aqui não me refiro apenas à fazer consultas com um psicólogo ou psicóloga, outros tipos de busca podem ser igualmente efetivas.
A busca do antídoto
Se pensarmos, metaforicamente que o erro é como um veneno e que a mudança reside no que vai acabar com o efeito, poderíamos imaginar um antídoto para o veneno específico. Por exemplo, é muito comum vermos como uma doença, como o câncer, consegue mobilizar amigos e familiares para ajudar outras pessoas que passam pela mesma dificuldade. De igual modo, uma pessoa que tem problemas com drogas, pode criar, trabalhar ou ajudar voluntariamente em projetos para pessoas que desejam a recuperação.
Enfim, os exemplos são muitos. A maneira mais simples para imaginar um “antídoto” para o “veneno” é pensar no oposto do erro. Pensando: “o que eu posso fazer que teria um efeito diferente, talvez contrário ao que fiz? Como posso ajudar outras pessoas que tem o mesmo problema, dificuldade ou comportamento?”
Conclusão
Portanto, existem alguns passos para lidar com os erros do passado. Primeiro, reconhecendo o erro como erro (mentalmente e emocionalmente). Segundo, ter a crença de que é possível mudar. Terceiro, encontrando formas para que a mudança seja realizada, sozinho ou com a ajuda de profissionais, grupos, etc. Quarto, procurando criar novas formas de agir, agindo através do “antídoto” do erro.
Amei *–*
Sua página é ótima!
Obrigado Dayse!
Errei quando fiz um mau investimento! Sei que não poderei recupera-lo, às vezes acordo e fico a pensar nisso e tenho uma noite de insónia! No entanto aprendi que posso conviver com este erro e continuar a trabalhar.
Mas sempre esse desgosto vem me assombrar um pouco, porque há erros que não podem ser reparados.
Os seus textos são sempre uma ajuda muito boa.
Excelente!
Vou aguardar o outro texto q vc fala que irá tratar (crenças). Se já publicou me passe o link, por favor
Olá!
Segue o link – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2014/04/o-modelo-cognitivo-crencas-pensamentos-automaticos-e-emocoes.html
Professor Felipe, muito bom seus estudos, estou lendo vários e estão abrindo minha mente para entender como funcionamos. Muito grata por sua generosidade.
Prezado Professor Felipe , tenho procurado reparar os erros do passado, não é fácil, principalmente por saber que mesmo não estar errando mais, ser sempre vista , sem credibilidade. Tento superar. É muito importante para mim, teus textos/Matéria… tem sido meu suporte. Grata
Amei, me ajudou Tive dois relacionamentos fracassados e sei que por falta de maturidade e equilíbrio meu.hoje tenho medo de fazer alguém sofre porque parece que na minha vida tudo que faço sempre atingi negativamente alguém, escolhi estar só é distante de todos como uma autodefesa e defesa para os outros,na minha solidão não sou uma pessoa triste canalizo na minha vivência ver felicidade nas pequenas coisas:ler um bom livro,ver um bom filme,descobrir uma nova música. ..mas a vezes bate aquela sensação de que tudo poderia ter sido diferente!vida que segue!