Olá amigos!
Continuando o nosso Curso Grátis sobre Psicologia Positiva, hoje vamos falar sobre a Força do Caráter (Character Strenght) chamada de Amor ou Gosto pela Aprendizagem. Como vimos na introdução do Curso, a Psicologia Positiva tem o forte interesse de catalogar as virtudes humanas, de modo a aumentar o foco da pesquisa na saúde mental e menos nas doenças mentais.
Através de pesquisas empíricas, os psicólogos positivos chegaram a um total de 24 forças do caráter. Caso você deseje saber quais são as forças que você tem mais desenvolvida e quais poderia desenvolver mais, faça o teste neste site – Teste Forças do Caráter – Psicologia Positiva (depois do cadastro, o teste está em português se você escolher certo).
Curiosamente – mas de maneira não tão inesperada assim – a minha força do caráter mais predominante é justamente o amor à aprendizagem. Foi como coloquei na descrição da minha mini-biografia (no final de cada texto escrito por mim) – meu lema é: “aprender para ensinar e ensinar para aprender”.
No site acima, no qual podemos fazer o teste para saber mais, há a seguinte descrição do que é o Amor ou Gosto pela aprendizagem:
Definição do Amor à Aprendizagem
“Gosto pela aprendizagem pode ser conceituado de diferentes maneiras. Aqui é definido tanto como uma diferença individual genérica quanto como uma predisposição universal porém individualmente variável de assimilar um conteúdo particular ou de desenvolver um interesse individual específico. Gosto pela aprendizagem descreve a maneira pela qual o indivíduo assimila informações e habilidades novas de forma genérica e/ou o interesse individual bem desenvolvido com o qual o indivíduo assimila um conteúdo específico. Diz respeito a gostar de aprender sobre uma ou várias coisas, mesmo quando não há incentivos exteriores para isso.
Frases típicas: Eu gosto de aprender coisas novas. Aprender é uma experiência positiva. Eu gasto o maior tempo possível fazendo (área de interesse). Trabalhar em (área de interesse) é trabalhoso, mas nem parece”.
O que penso ser fundamental na definição desta força do caráter é o grande interesse por aprender, ainda que não haja incentivos exteriores para isso.
Ou seja, se estudamos porque queremos passar de ano no colégio, se estudamos porque vamos receber dinheiro dos nossos pais por ter notas boas, se estudamos porque é o que o mercado de trabalho exige, estaremos estudando apenas por motivos externos. Retiradas as motivações externas, o indivíduo tende a não estudar, a não ser que tenha tal força do caráter bem forte em si.
Um exemplo bastante engraçado disso aparece em um dos desenhos dos Simpsons. Homer, o pai beberrão e descompromissado vai com a família até uma liquidação de uma livraria. Quando escuta da sua esposa, Marge, que estão vendendo livros a preço de banana, ele responde:
– “Mas para que precisamos de livros? Já temos um em casa!”
Uma pessoa que não tenha, portanto, a força do caráter do amor à aprendizagem vai preferir fazer outras coisas do que aprender (ou ensinar), embora possa aprender e ensinar quando houve estímulos exteriores que reforcem o seu comportamento.
Crianças que tem o amor à aprendizagem apresentam-se claramente ao observador atento. Não precisam ser lembradas de que tem uma tarefa da escola para ser feita. Tem notas geralmente muito boas, embora o critério externo de avaliação possa não ser representativo na totalidade dos casos.
Afinal, alguém pode ter um grande interesse em aprender uma determinada matéria ou tópico e total desinteresse de aprender outro. Como o conhecimento humano chegou a uma quantidade que simplesmente não é possível acompanhar, temos que fazer escolhas e ir restringindo um pouco o nosso escopo de interesses.
Entretanto, o que está em jogo nesta força do caráter é a vontade de aprender, sempre, constantemente, com dedicação e afinco. Não se trata tanto da área de conhecimento (ou dos interesses serem gerais ou inespecíficos) mas da qualidade presente no comportamento de constantemente fazer com o que o indivíduo busque mais e mais saber.
O saber contido nos livros, nos sites, nos vídeos e documentários. Mas também o saber contido em experiências de química, de física, de biologia. Ou a vontade de aprender línguas estrangeiras ou olhar através de telescópios e lunetas.
De acordo com o site do teste, os conceitos principais sobre o amor à aprendizagem são:
“O amor à aprendizagem descreve a maneira através da qual uma pessoa se engaja com novas informações e habilidades. O amor à aprendizagem é uma força que os professores gostam de ver em seus alunos, pais querem encorajar em seus filhos, terapeutas desejam incentivar em seus pacientes e empregadores tentam motivar em seus funcionários. O amor à aprendizagem tem importantes consequências motivacionais porque ajuda a pessoa a persistir mesmo quando encontra desafios, contratempos ou feedback negativo”.
Conclusão
Em suma, podemos resumir a força do caráter do amor à aprendizagem em duas palavras: querer saber. Evidentemente, as 23 outras forças do caráter descritas pela psicologia positiva são igualmente importantes, mas o amor à aprendizagem é especialmente desejável em um indivíduo e em uma sociedade.
Dos gregos herdamos a capacidade investigativa e especulatória:
– “Por que isto existe ao invés de nada?”
– “Por que isto é assim e não de outro modo?”
– “Como deveria ser uma sociedade perfeita?”
– “Por que esta pessoa (ou este objeto) é bonito(a)?
….
Além de outras milhões de perguntas. Como se diz, saber perguntar – ou querer questionar – é meio caminho andado para encontrar a resposta. Em nossa história, depois dos gregos, a resposta foi buscada na religião (teologia) e depois, com o Renascimento, através das ciências.
Ciência vem do latim scientia que quer dizer conhecimento. Um cientista, portanto, seria aquele que conhece, um conhecedor. Embora o fundamental não seja o que sabe ou conhece, e sim a vontade de continuar perguntando e perguntando e aprendendo e aprendendo.
Dúvidas, sugestões, comentários, por favor, escreva abaixo.
Felipe, achei esse texto muito interessante.
Fiquei longe da faculdade por mais de 20 anos mas sempre gostei de estudar, tive medo mas enfrentei as dificuldades do recomeço e hoje estou formada em pedagogia.
Tenho algumas habilidades e muitas vezes me pergunto do que gosto mais enfim, gosto de áreas que envolvam um olhar racionalizado e humano por isso admiro a psicologia e a pedagogia.
Continuo admiradora dos seus textos e publicações. Sem dúvida me vi nesse contexto – aprender para ensinar e ensinar para aprender. Abs,
Olá Felipe esse espaço é ótimo,sou apenas uma pessoa que gosto de aprender,aprender,aprender. Sugiro que fale sobre viver só e procurar momentos de felicidade,pois não somos felizes o tempo todo. Obrigada.
Olá,belo texto,mas esse amor a aprendizagem tem que origem,como surge isso na pessoa?
Concordo plenamente quando há interesse em aprende a pessoa buscará o conhecimento independentemente se vai atua na área ou não.
Amei, amei esse texto!! Quando você sente aquele tesão pela aprendizagem, parece que não existem mais problemas na sua vida. Todas as suas dificuldades se tornam desafios e estas sempre estão te ensinando alguma coisa, fazendo você crescer cada vez mais!!!! Você diante de algo negativo se pergunta: “O que devo aprender com isso?”
Parabéns Dr. Felipe e bom trabalho, muitas recompensas por estar ajudando as pessoas com estes textos maravilhosos, estes são pães para todos aqueles que têm fome e estão necessitados de comida para a alma.
Olá Rosemary, obrigado!
Veja aqui – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2014/08/diferenca-entre-solitude-e-solidao-voce-conhece-diferenca.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Jonathan,
Esta é uma boa pergunta. Sinto que terei que ficar lhe devendo uma resposta.
Me parece que muitos traços de personalidade são inatos. Provavelmente a melhor explicação seria a genética.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Silvana, obrigado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza