Evite o bloqueio na escrita e siga esta dica simples e fácil: escreva primeiro tudo o que te vier à mente e só depois corrija o que tiver de corrigir.
Olá amigos!
Além de não ter claro os objetivos da pesquisa, ler e estudar o que é totalmente desnecessário, um outro fator que atrasa muito a conclusão é a escrita. Mas existe um modo bem simples de superar o bloqueio.
Nas aulas de redação do Ensino Médio, aprendemos a escrever dissertações, com começo, meio e fim. No texto anterior, disse que o TCC, a dissertação de mestrado e a tese de doutorado possuem muita semelhança com uma dissertação dessas aulas de redação. São como expansões da ideia de uma redação escolar. Também teremos introdução, desenvolvimento e conclusão. E também teremos que defender a nossa argumentação com base em critérios que são definidos pela ciência que estamos trabalhando.
E, assim como nas redações da escola, os nossos trabalhos no Ensino Superior podem ganhar em qualidade com uma técnica muito simples, mas tão profunda que é chamada na PNL de a Técnica da Genialidade do Walt Disney. Isso mesmo, o grande Walt Disney utilizava esta técnica que você vai aprender agora para criar os seus desenhos, filmes e produtos.
Escrever primeiro, revisar depois
Quando eu estava no primeiro ano, ainda não sabia escrever conforme os conformes. Quer dizer, tinha as minhas ideias, mas não sabia direito como ordená-las nem como fazer de uma ideia razoável uma nota 10. A minha professora na época então me ensinou o seguinte:
1) O que você vai começar a escrever é um rascunho.
2) Você pode fazer vários rascunhos e pegar o melhor de cada um e reordenar.
3) Nesse processo de reordenamento, você tem que manter a coesão e a coerência. Ou seja, você tem que manter o argumento que estava já defendendo antes (coerência) e você tem que manter a linearidade. No parágrafo 1 você escrever sobre o tópico x1 e no parágrafo seguinte você continua no tópico x2. Em outras palavras, o parágrafo posterior continua o que estava sendo falado no parágrafo anterior. De outro modo, o texto fica sem pé nem cabeça
Estes 3 pontos são fundamentais. Mas o mais importante para que você acelere a escrita é: escreva tudo o que tiver à mente, abra a sua criatividade (e nunca, nunca, nunca critique o que você está escrevendo enquanto você está escrevendo). Não corrija ortografia, gramática, acentos na hora em que você está livre para escrever porque senão você vai bloquear o processo.
Em síntese: escreva primeiro livremente e revise (ortografia, gramática, normas da ABNT, pontuação, etc) só depois. Se você fizer as duas coisas ao mesmo tempo você paralisará a sua escrita, começará a achar que nunca está muito bom ou então começará a escrever um parágrafo – vai buscar uma norma da ABNT – e vai perder a linha de raciocínio que estava desenvolvendo.
A técnica Disney é exatamente isso:
1) Brainstorming
2) Crítica
3) “Pós-produção”
1) Brainstorming significa tempestade mental, dar-se um tempo para que “chovam ideias”. Ideias estas que não serão rechaçadas ou deixadas de lado. Por isso, no caso da escrita, você terá diversos rascunhos.
Com a tecnologia, é muito útil salvar os textos em vários arquivos diferentes. Por exemplo, TCC_Final_24_de_outubro_apenas_cap2
Você abre vários arquivos e vai escrevendo o máximo que puder sobre a pergunta que quer responder naquela parte do trabalho. E esta é uma outra dica excelente: você pode dividir as partes do seu trabalho em questões. Capítulo 1: Em quais textos Freud escreveu sobre sublimação? Capítulo 2: O que é sublimação para Freud e para os pós-freudianos? E assim por diante.
Evidentemente, se você tiver dúvidas sobre o que perguntar ou como fazer a divisão do trabalho, procure a orientação do seu professor(a).
2) No processo de crítica, nós vamos avaliar o que foi escrito depois que já tivermos montado a estrutura do texto. Podemos excluir frases, reescrevê-las, eliminar ou acrescentar parágrafos, corrigir pequenos erros, mudar palavras que estão sendo repetidas muitas vezes (isto é mais comum aqui no Brasil do que em outros países), inserir as normas corretas, arrumar a indentação, etc.
O processo de crítica tem que ser separado do processo de brainstorming, da criação dos rascunhos porque senão realmente não vamos para frente. Na banca avaliadora, é até um alívio quando os professores criticam não o argumento central do trabalho, mas pequenos detalhes como erros de digitação ou ABNT porque este tipo de crítica no final das contas é apenas um detalhe.
Uma dica que também facilita é você pagar para alguém corrigir o trabalho para você. Mas veja bem: é totalmente legal você dar o trabalho final para alguém corrigir o português. O que não é legal (em termos de leis) é você pagar para alguém escrever o trabalho para você. Além de ser um autoengano, porque você está enganando a si mesmo, não estudando o que você tem oportunidade para estudar.
Uma outra dica é utilizar os softwares. O Br.Office possui muitos plugins de correção, inclusive das novas normas de ortografia que começaram a valer a partir de 2012.
E, finalmente, uma dica que ajuda muito na hora da correção é transformar o trabalho em um arquivo de pdf e (também a partir das configurações do leitor de pdf) você pode ouvir o texto. Exatamente, ouvir o texto. Em vez de lê-lo, você pode colocar para o programa ler para você.
Parece que não faz diferença, mas faz sim. Com o tempo de pesquisa, acabamos ficando um pouco cegos para o que estamos escrevendo. Depois de ler centenas de vezes, não lemos mais. E ao ouvir, percebemos erros ou inconsistências que teriam passados desapercebidos.
3) A pós-produção é fazer o que for preciso para concluir o trabalho. E, para os nossos propósitos deste texto, não é uma parte importante. Significa imprimir o trabalho, entregá-lo, etc.
Conclusão
Por fim, gostaria de mencionar que é imprescindível treinar a escrita. Se você não escreveu durante o Ensino Médio, aconselho que você faça um curso de redação (especialmente de dissertação). Uma grande parte de um trabalho acadêmico consiste em escrever – com suas próprias palavras – o que você aprendeu nos livros ou pesquisas práticas.
Se a sua pesquisa é principalmente bibliográfica, você não vai poder fazer o que as pessoas fazem na internet: Ctrl C Ctrl V, copiar e colar. Você terá que parafrasear, ou seja, você terá que dizer com as suas palavras, do seu jeito, o que você pesquisou.
Claro que em algumas partes você terá que citar o que os outros já disseram. Mas você não pode citar o tempo todo. Com isso, você tem que aprender a escrever, tem que aprender a parafrasear.
Dominando a técnica, você deve dividir o processo de escrita, portanto, em duas partes simples:
1) Escreva, escreva, escreva, escreva
2) Corrija
Eu, particularmente, gosto de separar em dias. Um dia eu fico concentrado em escrever tudo o que posso. Não olho nada: nem vírgulas, nem acentos, nem normas, nem coesão, nem coerência…
Depois que considero que está ok o tamanho e o que tinha pra dizer foi dito, eu paro e começo o processo de correção. Para trabalhos grandes (como o do meu doutorado), eu recomendo uma correção por layers, por camadas.
Sabe quando nós vamos editar uma foto? Pegamos a foto original e primeiro arrumamos o tamanho. Podemos cortar as arestas, retirar uma pessoa que estava ali sem querer. Depois, vamos corrigir uma outra camada, como a saturação, o contraste. Após isso, podemos corrigir erros e dar uma photoshopada se desejarmos. E assim vai…
Do mesmo modo, podemos fazer com os nossos trabalhos. Em vez de corrigir tudo de uma vez, lemos o trabalho corrigindo apenas as normas da ABNT. Depois, voltamos do início e corrigimos apenas as normas de gramática. Depois, a pontuação. Depois, a concordância verbal e continua…
Mas lembre-se sempre desta regra simples: não corrija ao mesmo tempo em que está escrevendo. Fazê-lo só vai te dar mais trabalho, dor de cabeça e bloqueio.
Todas as Lições:
3) Ler o necessário, fichar o melhor e citar o fundamental
4) Escrever primeiro, revisar depois
Conheça também o meu trabalho de Orientação Acadêmica Online – TCC, Mestrado e Doutorado
Estou encantado com as suas ideias. Continue ensinar e ajudar os que mais necessitam. Logo, espero receber de si a melhor informação e formação possível, Sr. Professor Dr. Filipe. A Deus!
Olá Natal!
Obrigado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Felipe, estou aproveitando cada dica que você passa! As suas orientações são ótimas. Obrigada. Abs,
Obrigado Raquel! :)
OI ME CHAMO JOELMA GOSTARIA QUE VOCÊ ME ENVIASSE ALGO FALANDO SOBRE MEDO DE SEMINÁRIOS E FALA EM PUBLICO SOU PSICOPEDAGOGA MAIS NÃO ATUANTE SOU PROFESSORA DO ENSINO FUNDAMENTAL ESTOU FAZENDO UMA PÓS NÃO CONSIGO INTERAGIR COM O GRUPO.OBRIGADO
Olá Joelma!
Veja o nosso Curso Como falar em público
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá! Gosto muito de suas dicas, porém, meu problema é a oralidade. Travo quando tenho que falar em público. Comecei a fazer mestrado e fico paralisada só em pensar na defesa da tese…O que posso fazer para destravar?
Atenciosamente
Eliane
Obrigado pelas dicas recebidas, Prof Felipe! Até estou com vontade de voltar a estudar, com estímulos e técnicas não aprendidas e apreendidas no passado. Valeu!!! Parabéns!!! Continuarei conectado!!!
Estou aproveitando muito suas dicas!!
Está me ajudando muito, e cada vez eu tenho mais certeza do que eu quero.
Obrigado
Olá Eliane, tudo bem?
Nós temos um Curso Grátis sobre Como Falar em público
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Obrigado Irineu!
Estudar é sempre bom!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Amanda!
Fico muito feliz que o site esteja lhe sendo útil!
Atenciosamente,
Felipe de Souza