“Como saber se esta faculdade é ideal para mim?” Para muitos, a escolha profissional é complicada porque até então o estudo era uma obrigação externa. Não temos que escolher o que vamos estudar até entrar na faculdade. Mas como escolher? Conheça as dicas mais fundamentais
Olá amigos!
Neste texto, quero compartilhar com vocês as dicas fundamentais para te ajudar a escolher a faculdade certa para a sua personalidade e também mostrar os principais erros que podem acontecer na escolha. Evidentemente, se você tiver muitas dúvidas ou não tiver ideia das opções, o recomendado é procurar e encontrar um profissional da psicologia em sua cidade para o processo que chamamos em psicologia de Orientação Profissional.
Em média, a Orientação Profissional leva de 8 a 12 sessões. Mas em alguns casos, este número pode diminuir muito. Comento frequentemente aqui no site que com apenas uma única sessão, com a ajuda de uma excelente psicóloga, eu consegui decidir qual faculdade deveria optar.
Ainda que você leve 12 até 20 sessões para descobrir a melhor faculdade para ti no processo de Orientação Profissional, valerá a pena, porque o dinheiro investido nas consultas será muito menor do que o dinheiro investido em uma faculdade que não é para você. Sem contar o sofrimento e o tempo “perdido” até encontrar.
Assim, se você mesmo com as dicas aqui do nosso site na seção Orientação Profissional intitulada Dinheiro e Profissão (e neste texto) ainda tiver dúvidas e não conseguir encontrar uma saída para a pergunta sobre a melhor faculdade para ti, sugiro fortemente que você procure um profissional da psicologia.
Dica 1 – Conheça os dois motivos para fazer uma faculdade
Para começar uma faculdade, alguém pode ter dois motivos principais:
1) Estudar uma disciplina, uma área do conhecimento humano;
2) Trabalhar em uma área específica (e ajudar as pessoas, ganhar dinheiro, ter status e ser reconhecido).
Podemos imaginar uma situação em que uma pessoa tem tanto dinheiro que não precise se preocupar com o segundo motivo. Deste modo, a única preocupação seria o que lhe daria mais interesse em termos de estudo.
É importante lembrar que não fazemos uma faculdade apenas para pegar o diploma e trabalhar. Nós fazemos faculdade porque queremos aprender. Parece uma bobagem dizer isto, mas em nossa realidade sócio-cultural em que o ensino não é valorizado, muitos vão às escola não para aprender… e depois vão à faculdade também sem o objetivo de aprender… (por isso, continuam colando e copiando trabalhos).
Portanto, você vai ter que levar em consideração também o que vai estudar na faculdade. Por isso, se você já tem em mente as faculdades ou a faculdade ideal para ti pesquise no google do seguinte modo:
Faculdade X + grade curricular
Com estas pesquisas, você obterá resultados que te mostrarão o que é estudado na faculdade. É claro que nem todas as matérias serão de interesse. Mas se você encontrar a grade curricular da faculdade que você imagina fazer e não se interessar por pelo menos 50% das disciplinas, este será um sinal de alerta para você pensar mais.
Sobre o motivo 2, a escolha do trabalho (levando em conta que talvez você precise trabalhar para sobreviver), nós falaremos nas dicas seguintes.
Dica 2 – Qual é o sentido da sua escolha?
Todas as pessoas que conseguem se realizar profissionalmente, (o motivo 2), são extremamente apaixonadas pelo que fazem. Para quem está de fora daquela área de atuação, a profissão provavelmente será vista como mais uma profissão. Mas para quem escolheu de verdade e encontrou sua paixão, a profissão será A profissão. Em outras palavras, a profissão dará o sentido para a sua vida, para a sua existência.
Por exemplo, eu posso adorar música. Ouvir música, até posso aprender a tocar um instrumento e pensar que a música é fundamental para uma vida. Porém, esta avaliação será muito superficial perto de alguém que é apaixonado por música e que tem a música como centro do seu universo.
O tema da sua profissão (neste exemplo a música) tem que ser extremamente forte. Tem que te tocar emocionalmente. Tem que mexer com você. Com quem você é.
Um exemplo que gosto de dar é o de Steve Jobs quando precisou contratar um gerente para trabalhar com ele na Apple. Este gerente trabalhava em uma grande empresa de refrigerante. Então Jobs lhe perguntou: “Você quer ficar o resto da sua vida vendendo água com açúcar ou você quer uma chance de mudar o mundo?“
O tema da sua profissão tem que ser algo que você acredita que mudará o mundo. Ou seja, tem que ser algo que dê um sentido último para a sua existência. Algo tão forte que se você morresse no meio do caminho, você continuaria avaliando que o seu trabalho fez a diferença.
Dica 3 – Leve em conta a sua personalidade
Em poucas palavras, podemos definir a personalidade como aquilo que não muda em nós. Como o que permanece idêntico apesar da passagem do tempo. Existem muitas e muitas coisas que conseguimos mudar com o tempo, mas muitas coisas nós não queremos ou até não conseguimos mudar.
Por exemplo, sabe aquela pessoa que você conhece desde pequena que fala sem parar? Você acompanhou a história dela por alguns anos e ela continua falando à beça? Então, é muito provável que daqui a 20 anos ela continue a falar bastante. Esta é uma característica de personalidade e, por definição, uma característica de personalidade tende a se manter estável no tempo.
Para escolher uma faculdade você tem que levar em conta a sua personalidade. Recapitulando:
1) Descubra o que você gosta de estudar e a área na qual você gostaria de trabalhar
2) Descubra o sentido último, o que te move e te toca profundamente
3) Avalie se o que você gosta de estudar, a área na qual você gostaria de trabalhar (e o sentido último) tem relação com a sua personalidade.
Agora, vamos imaginar alguns possíveis erros que podem acontecer na escolha da faculdade
Erros na escolha da faculdade
Situação 1)
Patrícia escolheu a faculdade de Letras porque gostava de estudar. Todos os livros que lia lhe davam um profundo prazer e ela encontrou nos romances e poesias o sentido da sua vida. Como uma pessoa sensível, ela acreditou que tudo daria certo, já que a sua personalidade tinha tudo a ver com o seu gosto de estudo e a paixão última pela área.
Porém, o que faltou na avaliação de Patrícia foi o ponto 2 da Dica 1, ou seja, trabalhar em uma área específica. Ela não levou em conta as opções de trabalho depois de formada. Como uma pessoa introvertida e que nunca teve muito interesse de estar cercada por muita gente o tempo todo, ela não se encontrou na área de ensino, como professora de literatura.
Deste modo, encontra-se perdida já que as outras possibilidade da faculdade de Letras não oferecem tantas vagas como dar aulas.
Situação 2)
João sempre gostou de jogos, de vídeo-games, de competições online. Por isso, parecia óbvia a escolha para a área de ciências da computação. Tudo o que ele ama fazer (que é jogar) ele poderia fazer no trabalho. Porém, apesar de que ele encontrou o que gostaria de estudar e encontrou também a sua paixão, João não avaliou direito a grade curricular da faculdade de ciências da computação.
Deste modo, quando ele começou a faculdade, percebeu que passaria quatro, cinco anos estudando matérias pelas quais não tinha nenhum interesse. Zero de interesse. E pior, ele descobriu que depois de formado, teria que utilizar o que aprenderia na faculdade para construir os jogos. Em outras palavras, teria não só que aprender o que não queria aprender como praticar pelo resto de sua vida o que não estava gostando de começar a aprender, para começo de conversa.
O erro de João foi o de não ter avaliado as disciplinas da faculdade (o ponto 1 da Dica 1). Ou seja, ele não viu que mais de 50% da grade curricular da faculdade seria desagradável e desinteressante. Além disso, ele confundiu o fato de gostar de jogar com o fato de gostar de programar um jogo.
Situação 3)
Maria Luisa escolheu a faculdade de direito porque todas as pessoas ao seu redor diziam que ela tinha que escolher direito. Porque era uma boa área e porque tinha a ver com ela, porque ela falava bem, porque era inteligente, porque ia ganhar rios de dinheiro.
Sem muito questionar a opinião alheia, Maria Luisa começou a faculdade. Como uma boa aluna no colégio, não teve dificuldades de passar nas matérias. Não notou desprazer ou problemas nas disciplinas, já que sempre teve para si que o mais importante era o dever, era ir bem e ser uma aluna exemplar.
Só no final da faculdade, ela passou a perceber que não sabia porque estava estudando aquelas leis. Não sabia porque deveria continuar e formar. Não sabia o sentido de ser uma advogada. Para que ela deveria advogar? Qual o sentido de tudo aquilo?
O erro de Maria Luisa foi não avaliar o sentido último da profissão. Temos que nos lembrar que somos movidos pelo porque. Sem saber o porque estamos fazendo algo, tudo perde o sentido e ficamos perdidos.
Conclusão
Como mencionei no início, as dicas dadas neste texto e as dicas dadas nos nossos outros textos de Orientação Profissional não substituem a necessidade de fazer a Orientação Profissional, em muitos casos.
Para muitos, a escolha profissional é complicada porque até então o estudo era uma obrigação externa. Não temos que escolher o que vamos estudar até entrar na faculdade. E se desejarmos fazer uma faculdade, então, temos que saber responder as seguintes perguntas:
1) O que eu vou estudar nesta faculdade X?
2) Com o que eu posso trabalhar nesta faculdade X?
3) Para que eu vou estudar/trabalhar nesta área?
4) Tudo isto que eu vou estudar e/ou trabalhar depois tem a ver com a minha personalidade?
Dúvidas, sugestões, críticas, por favor, comente abaixo!
Olá Felipe!
Muito bom o texto.
Vários estudantes tem dificuldade em definir qual a faculdade que vai fazer.
Com essas dicas, dá para tirar as duvidas.
Olá, Dr. Felipe!
Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo curso “Como falar em público”. Estava excelente.
Gostaria de lhe dar uma ideia que pode aumentar muito o tráfego para o seu site: libere como curso grátis as técnicas de estudos. Muita gente procura esse assunto no google.
Abraço
Olá Davi!
Obrigado! Fico muito feliz com a sua avaliação do nosso Curso sobre como falar em público!
Bem, o Curso 100 Técnicas de Estudo não é e não será gratuito pois exige muito tempo e dedicação para a seleção e escrita das melhores técnicas, ok?
E o resultado tem sido excepcional. Apenas para citar os dois últimos feedbacks, uma de nossas alunas conseguiu concluir seu mestrado (que estava emperrado) e outro aluno conseguiu passar em um Concurso Público depois de 20 anos tentando. Além disso, nós também já estamos dando um super desconto de 50% – o que significa que o valor para acessar cada técnica é de menos de 1 real.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá José!
Obrigado!
Fico muito feliz com seu comentário!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Eu realmente gosto muito de estudar coisas relacionadas às humanidades e tenho um grande interesse por saber como as coisas funcionam. Psicologia, economia e geografia são áreas que despertam muito o meu interesse e meia volta eu estou pegando livros relacionados a isso na biblioteca da universidade onde eu estudo.
Faço publicidade. Acho o curso legal, mas estou cursando mais porque me vejo trabalhando na área do que por gostar. O curso nunca foi a minha primeira opção. Na verdade, sinto falta de um conteúdo mais desafiador, algo que eu sinta que acrescente realmente um conhecimento que eu acho que encontro nas áreas que eu destaquei ali em cima.
O que termina pesando muito pra mim e me mantendo na graduação seria a área de atuação e o meu hobby, que na verdade eu pretendo transformar em trabalho, quero ser desenhista/design e também existe o fato de eu ser bolsista.
Seguindo essa linha, sinto que estaria muito mais feliz estudando design, mas a mensalidade numa universidade do mesmo porte, pra mim, é fora de cogitação.
Resumindo, eu me vejo hoje muito dividido entre “estudar uma disciplina” e “trabalhar em uma área especifica”.
Olá Gabriel,
Em áreas criativas como estas normalmente é comum que as pessoas, obviamente, também sejam criativas. E por isso, é frequente ver certa indefinição e falta de foco em uma coisa só, o que nem sempre é ruim…
Sugiro a leitura do seguinte texto:
https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2013/11/a-importancia-de-ter-um-hobby.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe boa tarde!
Estou lendo seus artigos, e está me ajudando muito, obrigada!
Sou formada em Administração com enfase em Comex, e quero começar fazer o curso de Psicologia , no momento não gosto do que eu faço, e o exemplo do Steve Jobs, caiu como uma luva pra mim rs.
Oi Felipe.
Estou ensaiando para iniciar Psicologia faz um bom tempo, já fiz moda, mudei para segurança do trabalho, mas sinceramente sou mais apaixonada por tudo o que envolve, comportamento, cérebro e neurociências, já vi a grade curricular de algumas faculdades, gostei de todas as matérias,porém, o que me deixa com dúvidas são duas questões, não tenho vontade de clinicar, não me vejo trabalhando em consultório, então meu objetivo é o aprendizado e provavelmente especialização em neurociências, ou algo do gênero para dar aulas, porém é um caminho bem longo até lá, e sim preciso trabalhar para viver como a maioria dos mortais rss, estou com 26 anos e estou com medo de largar tudo de novo, iniciar do zero e quais seriam as opções de trabalho e estágio enquanto na faculdade?
Obrigada, seus textos são ótimos, muito esclarecedores.
Olá Suellen!
Fico feliz que, de alguma forma, os textos estejam lhe ajudando!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Cibelly!
Creio que este texto pode lhe ajudar – Psicologia – Mercado de Trabalho
A área acadêmica, realmente, acaba sendo um investimento de longo prazo. Mas também existem bolsas interessantes já a partir do mestrado (hoje a de mestrado está por volta de 2 salários).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
oi, Felipe parabéns pelo artigo muito bom.
Olá Felipe!
Sempre leio os seus textos, me auxiliam muito! Parabéns pelo seu trabalho!
Estou em uma situação difícil, na qual não estou conseguindo encontrar uma saída. Tenho 26 anos e estou cursando Direito (6º semestre), não me identifico com a área, não gosto de nenhuma matéria que estudo, estou bem desanimada e desmotivada com o curso, pois não faz sentido para mim!
Tentei transferência do curso, porém não consegui, pois fiz FIES por não ter condições de pagar uma faculdade. Agora me sinto presa ao curso porque de qualquer forma terei que pagar o financiamento mesmo se parar agora. Algumas pessoas me aconselharam terminar o curso, mas está sendo um sacrifício para mim e desinteressante!
O que você me aconselha fazer nesse caso?
Olá Dayane,
Esta é uma questão delicada e que você terá que avaliar com calma.
Infelizmente, em alguns momentos de nossas vidas, parece que a escolha deve ser “antes o ruim do que o pior”…
Sugiro este texto – E quando é melhor desistir?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá boa tarde. Me deparei com o site buscando na internet formas de descobrir minha vocação, pois eu já não sei mais o que fazer. Eu me formei em publicidade e propaganda, trabalhei na área por 5 anos, passei por várias agencias e vi que essa profissão não é pra mim, não sou uma pessoa criativa e acho tudo muito supérfluo. Eu não suporto a rotina de trabalho e me decepcionei com essa área. Não suporto mais trabalhar todos os dias fazendo a mesma coisa, no mesmo lugar, no mesmo horário. Engana-se quem pensa que trabalhar com publicidade/design terá liberdade, pouca rotina e que um dia será diferente do outro. É como se eu fosse apenas mais um, apenas uma marionete que deve seguir um sistema de horários de segunda a sexta, criando coisas chatas e que não me dão nenhum prazer. Não suporto rotina, isso me deixa doente e principalmente por trabalhar com algo que eu não tenho perspectiva nenhuma, que não é o meu sonho, não trabalho por paixão.
Eu Já li livros, pesquisei em diversos sites, fiz inúmeros testes vocacionais, li sobre todas as profissões possíveis, salários, já falei com profissionais, procurei atendimento psicológico, fiz 12 sessões vocacionais e não consigo me descobrir em nenhuma profissão. Não aguento mais essa indecisão, o tempo ta passando e eu vejo o mundo parado nos meus pés!
O que eu mais queria era acordar na segunda feira com vontade de ir pro trabalho, com vontade de mudar o mundo.
O que fazer?
Olá Carlos, tudo bem?
Pelo que você diz, o seu principal valor, o que te move, é a liberdade.
Por isso, sugiro a leitura do livro – Trabalhe 4 horas por semana (caso ainda não conheça)
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Muito Bom dia!
Penso seriamente em fazer filosofia, mas e uma area
muito escorregadia para mim que busco segurança
emocional e financeira.Entrar no mundo das duvidas no caos
intelectual e aflitivo! Gosto mais das respostas do que
das dúvidas.Sou pratica e apesar de nao saber lidar
com exatas sou muito focada em resultados
exatos.Penso em psicologia mas tenho dúvidas…A psicologia estuda o
comportamento inadequado e suas causas ja a filosofia
e mais focada na mente humana no raciocínio…Por favor me
ajude.
Olá Glauciane!
Sugiro que você faça Orientação Profissional com um profissional da psicologia em sua cidade, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Daniel,
Veja aqui – Melhores livros para começar a estudar
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Caro Doutor Felipe,
O texto recomendado tem pertinência com a pergunta que formulei. Entretanto, não a respondeu exatamente. Vou reenviá-la para que, por gentileza, reconsidere. Grato.
Acredito que se for feita uma enquete a respeito de o por que as pessoas escolheram esta e não aquela profissão elas dirão: escolhi Medicina para ajudar a curar as pessoas; escolhi a pedagogia para levar a luz do conhecimento às pessoas; escolhi Direito para promover a Justiça; escolhi Psicologia para ajudar a sanear o comportamento das pessoas… Creio ser este um discurso consciente embora não seja necessariamente uma inverdade. Apesar disto, haverá razões inconscientes na escolha de as profissões? Claro, para sabê-lo, faz-se necessário analisar cada pessoa. Entretanto, pergunto: em tese, a Psicologia diz por que as pessoas se dirigem para esta e não aquela profissão? Por gentileza, queira me indicar se já escreveu a respeito. Caso não o tenha, poderia fazê-lo? Desculpe pelo trabalho que lhe dou. É que aprendi a respeitá-lo como psicólogo. Para mim você é um referencial.
Ok Luís,
Então, existem diversos fatores. Podemos elencar algumas explicações para a maioria das escolhas:
– influências familiares;
– influências no ambiente escolar;
– influências mais gerais (mercado de trabalho, mídia, expectativas de salários)
– gostos particulares (por exemplo, gostar de estudar matemática inclina a buscar faculdades de exatas).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Caro Doutor Felipe
Entendi e concordo com sua explicação. Entretanto, por amor ao debate, se você me permite, tenho uma curiosidade. Explicarei num exemplo: pensemos no profissional açougueiro. Seu trabalho consiste em cortar carnes bovina, suína etc. Trabalho lícito e importantíssimo a quantos se deliciem com os prazeres da carne. Do ponto de vista psicológico, pode se ver algumas pessoas exercerem tal profissão por sublimação? Cortar as carnes referidas é lícito e profissional. Cortar a carne humana é crime? Noutro exemplo, é o desportista que canaliza sua energia, às vezes ferocidade, para os esportes. É o jornalista que, na superfície e licitude, nos traz informações importantes à vida em sociedade, mas, no subalterno, é movido pelo interesse da vida alheia. Óbvio, a sociedade ganha com esta sublimação. A Psicologia analisa isto? Acredito que uma pessoa, mesmo para um psicólogo, pode falar, falar, falar e falar e não dizer nada que vai no seu âmago. O psicólogo, claro, como tal, tem seus métodos, mas tem certo limite, não é onisciente. Sou curioso em conhecer o verdadeiro eu da pessoa que fala e/ou se apresenta. O discurso dela não é necessariamente confiável, pois pela inteligência pode elaborá-lo satisfatoriamente a sua conveniência. Interesso-me pelo que move o ser humano na raiz; não na superfície.
Olá Luís!
Sim, existem alguns métodos para descobrirmos o que está por detrás (ou debaixo) da motivação de um indivíduo.
Concordo contigo que podem haver motivações inconscientes para ter um gosto por um tipo de trabalho – ou ser atraído por ele. (E as motivações serão sempre individuais. Não devemos generalizar).
Entretanto, também temos que considerar as circunstâncias externas que levam alguém, talvez, a simplesmente não ter escolha.
Para quem tem mais condições econômicas, é tranquilo ter tempo para escolher uma área e se especializar nela. Para quem não tem tantas condições, o primeiro trabalho que aparece acaba sendo muitas vezes a única alternativa para a sobrevivência em um dado momento.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Parabéns Felipe, procurava a tempos um texto que explicasse tudo o que estou passando. Cursei 3 anos de técnico em mecânica em uma instituição federal, essa opção pelo curso foi apenas por não pagar nada, me formei e hoje nesta mesma instituição curso engenharia mecânica, estou no primeiro semestre e não aguento mais, cheguei no limite. Trabalho na área de midias digitais (SITES, FOTOS, VÍDEOS) editor de imagens há mais de dez anos. Hoje não faço mais nada grátis, fazer por fazer, perdi tempo mas acordei por isso trancarei a faculdade apesar das bocas que falam, eles não entendem. Enfim só para compartilhar um pouco a minha história para outros não se deixarem levar. Abraço.
Olá, Felipe.
Já fiz várias perguntas aqui no site e você já respondeu muitas delas, queria lhe agradecer por isso!
O que queria te perguntar neste post é meio chato, por ser bastante subjetivo e difícil, mas gostaria que você me indicasse uma possível solução para o dilema.
Há um certo tempo que estou na indefinição: jornalismo e psicologia. E isso está me tirando o sono! Atualmente faço administração, tenho 20 anos e penso se o melhor, talvez, não seria terminar a faculdade e, então, fazer outra que eu me identificasse e gostasse mais. A única certeza que tenho até o momento é que quero alguma profissão na área de humanas.
Quanto as duas opções de curso a que cheguei, é extremamente difícil pra mim tomar a decisão. Jornalismo: gosto muito da grade curricular, praticamente todas as matérias me despertam grande interesse, além de que acredito que haja alguma relação com outro campo de meu interesse, as artes. No entanto, não me vejo trabalhando na área, não consigo me ver como um jornalista, principalmente pela correria que imagino ser a rotina de um profissional da área e eu, como um introvertido, me sentiria extremamente estressado/frustrado. Quanto à Psicologia: a grade curricular não me desperta tanto interesse assim, apesar de que acharia bastante interessante estudar as matérias, teria uma certa dificuldade por não ser um leitor assíduo, mas creio que não me atrapalharia tanto, devido a ser um bom acadêmico. Consigo me ver trabalhando como psicólogo, o ambiente de trabalho é simplesmente perfeito! No entanto, não sei o quanto não ter tanto gosto pelas matérias da faculdade, que são diretamente ligadas ao trabalho, poderia me atrapalhar; assim como não sei se me entediaria a rotina de psicólogo com o tempo, o que costuma acontecer com uma certa frequência. Outra questão, psicologia não tem relação com o meu interesse por culturas e pela arte, me refiro a ser um pesquisador destas áreas.
Enfim, Felipe, sei que o mais indicado seria fazer a OP, no entanto, não será possível que eu a faça. As vezes parece que vou surtar com essas questões! Por isso resolvi pedir esse ‘socorro’. Sei que é um pedido meio complicado, mas queria mesmo sua ajuda sobre alguma possível forma para tomar a decisão final, já li todos os textos do site e fiz várias das dicas: falar com profissionais da área, imaginar o dia a dia… Enfim, é isso. Agradeceria muito se pudesses me ajudar. Abraços!
Mauricio.
Olá Mauricio!
Uma das possibilidades é não excluir as áreas. É possível fazer duas graduações ou uma graduação e mais do que uma pós-graduação, ok?
Se ganhar dinheiro é importante (quer dizer, se você vai precisar trabalhar) considere de estudar primeiro a área com a qual você preferirá trabalhar por um bom período.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Professor Felipe,
Estou no terceiro ano de Engenharia Civil e há alguns meses comecei a ter dúvidas sobre o trabalho que vou exercer depois de formada. Creio que me encaixo completamente na situação 3 de seu texto. Sempre fui elogiada por tirar notas excelentes e, principalmente, ter muita facilidade em exatas. Acredito que, como no exemplo dado, eu sempre tive uma noção de dever muito grande e por este motivo me esforçava para estudar e tirar notas boas. Além disso, grande parte da minha família se dedica à construção civil e, apesar de ninguém ter me obrigado a estudar nesta area, sinto que a influência familiar foi de sumo peso na minha decisão profissional. Na realidade, nunca parei para pensar qual seria a carreira que queria seguir; sentia que tudo apontava para que eu fosse engenheira e nem sequer por um momento eu parei para refletir e escolher. Tenho a sensação de que já tinham escolhido por mim.
Foi preciso passar metade do curso para que eu me questionasse se realmente é isso o que eu quero exercer ao longo da minha vida. E cheguei na conclusão de que, definitivamente, não quero passar o resto da minha vida na área da construção. Sinto que não é este o meu propósito de vida. Não é para isso que devo gastar 8 horas do meu dia, 6 dias na semana, as próximas décadas da minha existência. Porém, passaram-se três anos de faculdade, além do duro ano de cursinho para conseguir a vaga em um curso tão concorrido.
Como o Sr. Professor, tenho uma grande paixão pela música, além de adorar a arte e tudo aquilo que me faz libertar a criatividade. Também sou apaixonada por linguas, tenho muita facilidade para aprendê-las, e gosto muito do mundo da comunicação, jornalismo, mídias. Aquilo que mais me faz falta no dia a dia é o mundo artístico. Quando na escola, podia dedicar meu tempo para as atividades criativas. Mas desde que entrei na faculdade não as faço, e quando começar a trabalhar na área da construção, muito menos. Li em um artigo sobre orientação vocacional que, para descobrir qual é a nossa missão de vida, devemos imaginarmos o que queremos fazer quando nos aposentarmos, nos nossos últimos anos de vida. Eu sempre me imaginei em uma casa simples, pintando quadros, cuidando do meu jardim repleto de cores e tocando o meu instrumento predileto. Esta foi sempre a minha vontade. A minha motivação nunca foi ganhar dinheiro; meu desejo é viver cada dia fazendo aquilo que me completa. Mas como viver do mundo artístico? Qual é o sentido em continuar na faculdade de engenharia se exercer na área da construção civil não me toca emocionalmente? Como sair do terceiro ano de uma faculdade para ir a uma área completamente diferente e incerta profissionalmente falando? Música e arte tratam-se de “érgum”?
Oi Ana,
Existem algumas questões que estão relacionadas à sua dúvida, especialmente se estas áreas de arte seriam um hobby (uma atividade prazerosa e significativa sem fins monetários) ou não.
Não sei se você já leu este outro texto, mas, apesar de parecido em alguns pontos, talvez possa te ajudar:
https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2015/04/por-que-voce-deve-ou-nao-desistir-da-faculdade-na-metade.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Dr. Felipe.
O seu texto é muito bom, boas dicas para quem esta em dúvida.
Eu ainda não decidi que faculdade fazer, estou no 3º ano, eu estou cursando o 3º ano no Instituto Federal Catarinense, onde faço Técnico em Informática, tenho as aulas normais mais aulas de informática. Como estou no ultimo ano, estou com muita duvida, pois só comecei a pensar agora em que carreira seguir.
Sou uma pessoa que gosta de Tecnologia, gosto de ver sites sobre a atualidade, gosto de estar informado, gosto muito do site TecMundo, eu ja tenho uma noção sobre informática, estava pensando em fazer Engenharia de Software, mas eu não sei dizer se gosto de fazer programas, acho que seria meio a meio, então estou indeciso. Que faculdades você me recomendaria?
Engenharia de Software tem na minha cidade, por isso eu tenho interesse, mas não sei se é o que eu quero.
Espero que esteja sendo claro, estou em dúvida. Ficaria muito grato se você me ajudasse.
Abs…
Já fiz orientação profissional, mesmo assim não tenho a convicção se é o certo! Gastei pada faze-la e as profissões não parecem ser às mais certas e oq almejo.. posso está enganado em divergir com os resultados. Queria um esclarecimento sobre a orientação profissional, e sobre pq achei que não foi suficiente pra achar a vocação se acontece muito com outras pessoas tbm. Obrigado professor Felipe
Olá Gustavo!
Existem vários métodos, ferramentas e técnicas na Orientação Profissional. Assim como acontece em uma terapia ou tratamento, pode ser que não funcione por muitos motivos, inclusive entrando ai a relação com o profissional.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Gostei muito dessas dicas. Mas eu ainda tenho dúvidas, eu tenho 20 anos e estou cursando o 1º ano de geografia, meu objetivo é educação ambiental, queria muito que as pessoas se conscientizassem para um desenvolvimento mais sustentável, porém além de não gostar de lidar com pessoas que me deixam estressada, eu ainda não tenho certeza se vale a pena porque o mundo parece uma causa perdida. Eu pensei em fazer veterinária pq amo cachorros, mas ai meu propósito de vida se perde totalmente. Eu não tenho certeza se vou ser feliz fazendo essas escolhas, além disso, eu estou com 20 anos, o tempo tá passando muito rápido e eu não estou entendendo nada.
Olá Stephani!
Sugiro que você faça Orientação Profissional.
Caso queira fazer online, e comigo, envie email para psicologiamsn@gmail.com