Olá amigos!
Um dos textos base para o nosso Curso de Neurociências Grátis é o livro “A Fórmula da Felicidade”, de Stefan Klein, que foi elogiado por Antonio Damasio como o mais importante autor sobre o tema na Alemanha. Neste livro, ele menciona uma pesquisa que gostaria de compartilhar com vocês. Vou citar alguns trechos e comentar em seguida.
Antes de mais nada, é importante considerar os fatos e pensar sobre eles com cuidado, antes de emitir qualquer juízo de valor. Também gostaria de mencionar que estou descrevendo as pesquisas que qualquer um pode encontrar se quiser ter o trabalho de pesquisar a fundo as mais recentes descobertas das neurociências.
A homossexualidade para a neurociência
Os guevedoces são uma pequena população que vive na República Dominicana, no Caribe. Literalmente guevedoces significa “testículos aos 12 anos”, ou seja, o garoto nasce garoto, mas os seus órgãos externos só são visíveis aos 12 anos, representando um caso raro de falso hermafroditismo. Como aparentemente são meninas, eles são criados como meninas até que a puberdade chegue e mostre que não são, de verdade, meninas (na anatomia externa).
Com os hormônios da puberdade e com a mudança dos órgãos sexuais externos, eles começam a se comportar como meninos e até a cortejar outras meninas, de acordo com os costumes sociais para o namoro naquela região. Em outras palavras, os neurocientistas argumentam que ainda que os guevedoces tenham sido criados como meninas, para serem meninas, quando a fisiologia desperta eles agem como o cérebro e os hormônios orientam o corpo a fazer, como meninos.
Klein explica o que acontece com os guevedoces, cuja prevalência na República Dominicana é de 1 caso para cada 50 garotos.
“Assim como acontece com a constituição física, o cérebro também segue um padrão masculino ou feminino. Isso é determinado durante as primeiras semanas de gravidez. É nesse fase da gestação, e em condições normais, que se desenvolvem simultaneamente no feto os órgãos sexuais e o cérebro. Mas isso também ocorre de modo diferenciado, de acordo com os padrões cromossômicos para homem e mulher. É por isso que uma criança nasce normalmente com o cérebro de menino ou de menina, em correspondência com a sua aparência externa” (KLEIN, 2005, 130).
E continua o neurocientista da Alemanha:
“Entre os guevedoces é diferente, e isso reforça a explicação para um fenômeno descoberto por cientistas há mais de duas décadas. Um dos dois caminhos está alterado: enquanto o cérebro se desenvolve normalmente no útero materno, os órgãos sexuais se atrasam. Assim, os guevedoces nascem com cérebro de menino e corpo de menina, e seu exemplo mostra como o padrão cerebral estabelecido antes do nascimento determina o comportamento futuro no amor” (KLEIN, 2005, 130). Ou seja, independente da criação, do ambiente.
Mas qual é a importância desta rara condição de falso hermafroditismo para a compreensão da homossexualidade?
Segundo Klein, “o caso dos guevedoces, por exemplo, indica que a biologia concede uma ampla margem para todas as variantes da sexualidade. Da mesma forma, é possível que o sexo fisiológico e as regiões do cérebro que controlam o desejo sexual se desenvolvam de maneiras diferentes. Nada impede que um corpo masculino contenha um cérebro de um homem que se sente atraído por outros homens” (KLEIN, 2005, p. 134).
O neurocientista Simon LeVay realizou um ampla pesquisa no cérebro de homossexuais. O que ele descobriu acabou causando certa celeuma em diversos grupos, porque os dados indicavam que as regiões cerebrais que controlam a preferência sexual, em homens homossexuais, é mais semelhante ao cérebro feminino do que o cérebro masculino.
Em outras palavras, apenas e tão somente nas partes responsáveis pela sexualidade, o cérebro de um homem gay era mais parecido anatomicamente com o cérebro de uma mulher do que com o cérebro de um homem.
Nas palavras de Klein, “de acordo com LeVay, a área pré-óptica era menor do que a do homem médio e as conexões entre os dois hemisférios cerebrais mostravam-se mais desenvolvidas. Mas de forma nenhuma isso significa que homossexuais do sexo masculino tenham cérebros de mulher, como algumas pessoas costumam afirmar. As desigualdades identificadas pelos exames limitaram-se praticamente às regiões que determinam o desejo sexual. Quanto ao volume do cérebro, não se observaram diferenças entre homossexuais e heterossexuais, embora as distinções sejam significativas quando essa comparação é feita entre homens e mulheres” (KLEIN, 2005, p. 134).
Portanto, há diferença entre o cérebro de um homem homossexual e o cérebro de um homem heterossexual. Porém, esta diferença é apenas localizada (como vimos nas Lições iniciais do Curso, os neurocientistas preferem a hipótese de que o cérebro está estruturado em regiões especializadas em funções). A diferença entre o cérebro de uma mulher e de um homem (homossexual ou heterossexual) é bem maior, tanto no tamanho como em muitas outras regiões.
Segundo Klein, o neurocientista LeVay foi severamente criticado pelos movimentos em defesa dos direitos homossexuais. Mas pelo motivo de que as descobertas poderiam ser interpretadas como uma anomalia no cérebro, um defeito, uma espécie de doença que apenas os homens gays teriam. Nada mais longe da verdade. LeVay, que por sinal é um homossexual assumido, conseguiu comprovar que a homossexualidade é natural:
“O desejo de um homem por outro homem não significa um desvio de personalidade, e sim uma variação natural de uma predisposição fisiológica. Da mesma forma que existem destros e canhotos, alguns indivíduos apresentam uma inclinação sexual diferente. Com certeza, isso vale também para as mulheres que se sentem atraídas por outras mulheres, ainda que esse assunto, assim como muitos outros aspectos específicos da condição feminina, não tenha merecido a devida atenção dos pesquisadores (KLEIN, 2005, p. 134).
E, para concluir, veja que interessante a conclusão de Klein – muito semelhante à ideia da homossexualidade para Jung:
“Existem todas as gradações possíveis entre a homossexualidade e a heterossexualidade. Só raramente o cérebro desenvolve uma polaridade inteiramente masculina ou feminina. Na maioria dos casos, a inclinação se mantém em algum lugar entre os dois extremos. Dessa maneira, ninguém é totalmente homem nem totalmente mulher” (KLEIN, 2005, p. 135).
E para finalizar, gostaria de alertar que este é um texto de introdução ao tema. Ficarei muito feliz se você puder complementar com outras pesquisas da neurociência ou com comentários que visem ajudar.
Referência Bibliográfica:
KLEIN, Stefan. A Fórmula da Felicidade. Como as recentes descobertas das neurociências podem ajudar você a produzir emoções positivas, harmonia e bem estar. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2005
Saudações!
A homossexualidade não é uma doença nem um escolha – opção – como muitos dizem pela falta de esclarecimento. E o termo homossexual também é-me errôneo, afinal o que quer dizer etimologicamente homo; homo (homós) provém do grego e quer dizer comum, semelhante, igual…com a evolução da escrita através dos monges copistas, os escritos foram dando forma a uma conduta histórica deturpada , então, o que era para ser homóó, passou a ter um conduta pejorativa, pois bem, homo relaciona-se com homem no sentido real da história linguistica e a identidade. agora hetero também é outros, iguais, semelhantes…(homo ad dei hetero fils dei…Jo 1,1-4), engraçado! Eu às vezes fico a sorrir das incongruências da vida.
Obrigado
Sérgio Gaiafi
Jung lança questionamentos em muitas pessoas até hoje.
“O desejo de um homem por outro homem não significa um desvio de personalidade, e sim uma variação natural de uma predisposição fisiológica.”
Neurociências e sua “predisposição” de explicar que os afetos da alma são apenas substâncias químicas, funções cerebrais e respostas biológicas. -.-‘
William,
Sim, para a neurociência os fenômenos psíquicos se dão em função das funções cerebrais. Se você ler as lições de nosso Curso Grátis, verá que, entretanto, o debate ainda está em aberto sobre a posição materialista versus espiritualista.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Sérgio!
Sim, sim! É muito engraçado observar o desenvolvimento da linguagem e como um termo pode acabar designando até o seu oposto depois de alguns séculos. Apesar disso, a etimologia continua sendo uma importante ferramenta para a compreensão de um texto.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Bom dia,
Lendo o comentário acima de Sergio Gaiafi identifico-o com minhas suas preocupações a respeito do entendimento cada vez mais prejudicado pela perda crescente do domínio da língua. Claro que devemos respeitar os movimentos evolutivos da linguística pela linguagem, mas não creio que possamos desprezar a origem nos fixando apenas no resíduo. Cada vez mais noto a dificuldade de se atingir a precisão na comunicação, fato que avoluma sua importância na dispersão de nossos entendimentos no dia a dia, em ritmo crescente. Parece-me que ao acrescentarmos um novo conhecimento, este não vem simplesmente enriquecer o cabedal anteriormente adquirido, mas sim ocupar espaços anteriormente preenchidos por elementos que, de alguma forma, foram importantes e por isso foram retidos.
Não sei o quanto as reflexões acima podem ser relevantes para outras pessoas, mas tenho para mim que a única forma de garantir o entendimento preciso e indubitável é manter presente e em destaque a observação das mudanças que os defeitos de comunicação impõem na construção dos conceitos de que nos servimos para orientação de nossa vida e, consequentemente a transformação de nossa cultura que se apresenta muito mais acelerada que nossa capacidade de adaptação.
Talvez seja este um tema a ser abordado oportunamente.
Obrigado pela atenção,
mltn
Olá Milton!
Obrigado por comentar!
Então, diversas mentes brilhantes já pensaram o problema da linguagem. Como sabemos Saussure foi o primeiro a pensar em termos que são mais próximos para nós. E eu sempre penso na teoria dele quando começo a estudar um novo idioma. Há realmente arbitrariedade no signo (o significante – o som ou o escrita – e o significado). Por exemplo, porque Vater é pai em alemão? Father em inglês, padre em espanhol?
De toda forma, cada palavra é quase sempre polissêmica, ou seja, um significante pode ter vários significados. Se pegarmos a palavra direito, veremos que significa uma disciplina de estudos (fazer a faculdade de direito), mas também significa justo, razoável, oposto a liso, oposto a esquerdo…
E, percebendo o problema da polissemia do significante, muitos filósofos da filosofia da linguagem propuseram uma forma de fixar o significante a um único sentido, como é a ideia central na conceitografia de Frege, Begriffsschrift.
Mas de toda forma, na nossa linguagem cotidiana, falada ou escrita, há sempre a possibilidade de equívocos.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Gostaria de saber como a neurociência explica a heterossexualidade !
Olá Gabriel!
A neurociência explica da mesma forma, através da estrutura e funcionalidade do cérebro, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
“Olá amigos…”
É uma abordagem simpática para uma vez. Em todos os artigos… Bem, não dá geito. Claro que somos ‘amigos’, okapa?
Muitas vezes partilho e tenho arranjar maneira de cortar esse estribilho.
Olá Mig Mig!
Obrigado pela sugestão!
Em nosso sistema interno, há uma parte que definimos como trecho a ser selecionado pelo google, mas às vezes ele não aparece em redes sociais como twitter e facebook, que captam a primeira frase.
Vou buscar uma alternativa então! Obrigado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe,
venho lendo vários de seus textos que, via de regra, trazem informações importantes sobre psicologia e cuidado humano interior.
A respeito do presente texto, gostaria de propor uma inversão: “A heterossexualidade para a neurociência”. Infelizmente, vários estudos, que buscaram e buscam compreender as diversas orientações sexuais, são eivados, ainda que extremamente camuflados, do padrão heteronormativo, ou seja, que a heterossexalidade seria o padrão adequado a ser adquirido pelas pessoas e, assim, a homossexualidade, desviando de tal padrão, mereceria estudos para que possam ser descobertas suas causas e, quiçá, formas de impedir que tal orientação permaneça ou se manifeste nas pessoas. Entendo que sua intenção não é esta, mas ao se lançar o título do texto, dá-se margem para que alguém que, por algum motivo não leia todo o texto, possa o identificar como texto heteronormativo e, assim, ter esse padrão reafirmado.
Quando você menciona que o neurocientista LeVay é “homossexual assumido”, tal expressão “assumido” soa como algo pejorativo, vez que, via de regra, assume-se pecados e crimes e não fatos que causam orgulho. Por fim, o fato de LeVay ser homossexual não o isenta de, talvez, ter internalizado os padrões rígidos da heteronormatividade, talvez o neurocientista estivesse buscando meios para se adequaar, para se conformar com o que a sociedade, cruelmente, estabelece como certo ou errado quanto se trata de orientação sexual e identidade de gênero.
Abraço,
Jair Rosa Junior.
Olá Jair,
Genial seu comentário, meu caro!
Concordo contigo, é forte esta questão da heteronormatividade no discurso. Mas sei que você compreende a necessidade de manter o título (inclusive para as pessoas acharem e questionarem como você fez).
Quanto aos outros pontos eu acabei utilizando as palavras do Klein, embora não tenha citado diretamente (o homossexual assumido). Mas a ideia aqui é mostrar que o LeVay não estava contra, não estava tentando provar como se fora uma doença fisiológica, etc.
Sei que você compreendeu e concordo contigo! Obrigado por compartilhar suas ideias conosco!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Pelas minhas pesquisas, segundo o espiritismo, a homossexualidade é o resultado de problemas de encarnações anteriores onde um homem com comportamentos femininos,por exemplo, teria sido na encarnação anterior uma mulher, mas o espírito ficou apegado àquele comportamento de mulher. Porém na encarnação atual tem o corpo de mulher e o espírito de homem vindo a gostar de homem.
Escrevo isso informando mais uma versão sobre a homossexualidade, que é
um assunto tão difícil entender e causa tanta polêmica.
Obrigada.Regina
Obrigado por comentar Regina!
olá Felipe EXCELENTE o tema vai me ajudar muito,obrigada.
Ola felipe!
Minha duvida e sobre como e se a neuroplasticidade cerebral pode causar mudanças anatômicas nas partes do cerebro responsaveis pelo desejo, seja la pelo que for. E nos casos de ex-gays, como a ciência explica isso?
Obrigado!
Olá Lucas,
Até onde sei, não. E, embora não possamos afirmar, desconfiamos bastante da ideia de um ex-gay. Talvez seja mais próximo da realidade falar em pessoas que tem interesse por ambos os sexos. Existem documentários do movimento LGTB que mostram que a ideia de uma “cura gay” é uma furada e até uma violência.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
HOMOSSEXUALIDADE N A VISÃO ESPÍRITA
Em declaração ao Jornal Folha Espírita de 1984, Chico disse:
“Não vejo pessoalmente qualquer motivo para criticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, a nosso ver, claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas. Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender porque razão esse ou aquele preconceito social impediria certo numero de pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. (…)
No site do Instituto André Luiz encontramos opiniões de Emmanuel e de André Luiz sobre o homossexualismo.
A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação (…) e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.(Emmanuel)
Já o espírito Ramatis, no livro “Sobre a Luz do Espiritismo”, ditado através da mediunidade de Hercílio Maes, declara:
PERGUNTA: — A tendência de buscar uma comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo, conhecida por homossexualidade, implica em conduta culposa perante as leis Espirituais? RAMATÍS: — Considerando-se que o “reino de Deus” está também no homem, e que ele foi feito à imagem de Deus, evidentemente, o pecado, o mal, o crime e o vício são censuráveis, quando praticados após o espírito humano alcançar frequências muito superiores ao estágio de infantilidade. Os aprendizados vividos que promovem o animal a homem e o homem a anjo, são ensinamentos aplicáveis a todos os seres. A virtude, portanto, é a prática daquilo que beneficia o ser; nos degraus da imensa escala evolutiva. O pecado, a culpa, são justamente, o ônus proveniente de a criatura ainda praticar ou cultuar o que já lhe foi lícito usar e serviu para um determinado momento de sua evolução. A homossexualidade, portanto, de modo algum pode ofender as leis espirituais, porquanto, em nada, a atividade humana fere os mestres espirituais, assim como a estultícia do aluno primário não pode causar ressentimentos no professor ciente das atitudes próprias dos alunos imaturos. Pecados e virtudes em nada ofendem ou louvam o Senhor, porém, definem o que é “melhor” ou pior para o próprio ser, buscando a sua felicidade, ainda que por caminhos intrincados dos mundos materiais, sem estabilidade angélica. A homossexualidade não é uma conduta dolosa perante a moral maior, mas diante da falsa moral humana, porque, os legisladores, psicólogos, e mesmo cientistas do mundo, ainda não puderam definir o problema complexo dos motivos da homossexualidade, entretanto, muitos o consideram mais de ordem moral do que técnica, científica, genética ou endócrina. Fonte: Grupo Universalista Jesus em seu lar
Em outra pergunta, Ramatis confirma a declaração de Emmanuel:
PERGUNTA: — Mas o que realmente explica o fenômeno da homossexualidade? RAMATÍS: — É assunto que não se soluciona sobre as bases científicas materialistas, porque, só podereis entendê-lo e explicá-lo, dentro dos princípios da reencarnação.
Como podemos notar, irmãos, para a Doutrina Espírita o homossexualismo é apenas uma estágio evolutivo que não fere as Leis Divinas e muito menos se trata de um equívoco do Criador. O que vale é a reforma íntima, independente da orientação sexual.
PERGUNTA: — Que dizeis desse estigma de homossexualidade, quando as opiniões se dividem, taxando tal fenômeno de imoral, e outros de enfermidade? RAMATÍS: — Sob a égide da severa advertência do Cristo, em que “não julgueis para não serdes julgados”, quem julgar a situação da criatura homossexual de modo antifratemo e mesmo insultuoso, não há dúvida de que. a Lei, em breve, há de situá-lo na mesma condição desairosa, na próxima encarnação, pois, também é de Lei “ser dado a cada um segundo a sua obra”. Considerando-se nada existir com propósito nocivo, fescenino, imoral ou anormal, as tendências homossexuais são resultantes da técnica da própria atividade do espírito imortal, através da matéria educativa. Elas situam o ser numa faixa de prova ou de novas experiências, para despertar-lhe e desenvolver-lhe novos ensinamentos sobre a finalidade gloriosa e a felicidade da individualidade eterna. Não se trata de um equívoco da criação, porquanto, não há erro nela, apenas experimento, obrigando a novas aquisições, melhores para as manifestações da vida.
O Dr. Andrei Moreira, presidente da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais, em entrevista concedida para o médium e terapeuta Wanderley Oliveira, diz:
O Espiritismo recomenda a todas as criaturas a conscientização a respeito da sacralidade do corpo físico e da sexualidade, como fonte criativa e criadora, destinada a ser fonte de prazer físico e espiritual, sobretudo de realização íntima para o ser humano, em todas as suas formas de expressão.
Para o Dr Inácio Ferreira, médico psiquiatra desencarnado em 1988 e que escreve a partir da mediunidade de Carlos Baccelli:
O homossexualismo deve ser compreendido por nós outros como uma das muitas experiências que o espírito vivencia em sua trajetória, para que, finalmente, aprenda a verdadeiramente amar para além dos implementos genésicos que o caracterizam como homem ou mulher! Com o meu carinho, o irmão sempre agradecido, INÁCIO FERREIRA Uberaba – MG, 8 de setembro de 2009
Na Wikipedia encontramos um parágrafo que reforça tudo que foi citado até aqui:
O Espiritismo crê que o espírito humano não tem sexo e que um mesmo espírito pode em diferentes encarnações habitar igualmente o corpo de um homem ou de uma mulher, sendo capaz de amar homens e mulheres. Não existe uma posição oficial sobre a homossexualidade. Alguns doutrinadores, como José B. de Campos, pregam que a questão mais importante no tocante à homossexualidade é a promiscuidade, aconselhando o homossexual a tomar um parceiro e constituir um lar [13]. O doutrinador e médium Divaldo Franco posiciona-se de forma semelhante, frisando que o homossexual, como o heterossexual, será julgado conforme sua conduta moral, independente da sexualidade[14]. (Homossexualidade e religião)
FONTE INFORMATIVA: http://www.blogdolivroespirita.com/2012/07/homossexualidade-na-visao-espirita.html
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