Olá amigos!
Encontrar a felicidade e a tranquilidade não é algo fácil. Podemos ficar felizes com uma notícia boa e, logo, tristes com uma notícia ruim. O mundo e os eventos que nele ocorrem estão em constante transformação, por isso, nada sendo estático e parado, vemos esta oscilação de fenômenos. O que acontece fora tem impacto de uma forma em uma pessoa e tem impacto de outra forma em outra pessoa. O efeito do que ocorre advém da perspectiva e do desejo interno.
Como a maior parte do que acontece fora de nós, no mundo, não depende da nossa vontade e do nosso desejo, podemos sofrer por todo tipo de situação cotidiana, como atrasos no trânsito, uma ligação indesejada, contas a pagar, filas no banco… e é curioso olhar diferente: não parece que talvez estejamos tentando adequar o mundo ao nosso desejo? Como uma criança que quer tanto uma coisa e chora e se contorce em lágrimas se não obtém o que quer?
Neste texto, vou falar sobre um critério simples, que pode nos ajudar a encontrar maior felicidade. É uma técnica que vem da filosofia de Epiteto, um dos maiores filósofos de todos os tempos.
Felicidade: Entender o que podemos e o que não podemos mudar
Quando eu comecei a escrever para o site, eu tinha como intenção compartilhar o que tinha aprendido na faculdade. Escrever é sempre um ato solitário e foi uma experiência única para mim passar a receber comentários a respeito dos textos. Principalmente as críticas. No começo eu estranhei muito. Afinal, porque alguém haveria de entrar em um site e expor todo o seu ódio? Digo aqui de críticas negativas e sem sentido, aqueles pensamentos maldosos que às vezes temos cujo objetivo é apenas ferir o outro. Para que se dar ao trabalho?
Confesso que nas primeiras vezes não foi muito agradável abrir a páginas interna do site relativa aos comentários e ver comentários destrutivos. Fiquei incomodado. Depois, passado um tempo, pude refletir com calma e vi que eu teria que utilizar neste caso a perspectiva do Epiteto, em sua ética, quando ele separa claramente o que podemos e o que não podemos controlar.
No exemplo dos textos e das críticas, o que está sob o meu controle é o que eu escrevo. Se eu reviso o texto, se escrevo bem, pouco ou muito, se falo deste ou daquele assunto, etc. Mas não está sob o meu controle a opinião alheia. Não posso controlar se alguém acha maravilhoso ou se acha péssimo. Entenderam a diferença?
Se eu parar de escrever porque alguém não achou legal estarei perdendo uma oportunidade de fazer o que eu desejo, que é compartilhar o que aprendi. Mas, se, pelo contrário, eu observo claramente que o comportamento das outras pessoas não está sob o meu controle, se eles fizerem A ou B, saberei que a responsabilidade não é minha. É deles. Cada um, portanto, responde pelos próprios atos.
Eu responderei pelos meus, pelo que penso e sinto, pelo que faço ou deixo de fazer. Tudo isto está na minha direção, deve ser comando e guiado por mim mesmo, enquanto que as atitudes dos outros, não. O que acontece no mundo, se chove ou faz sol, se a economia está em crescimento ou recessão… tudo isto é externo, tudo isto é alheio e não deve intervir na minha própria felicidade.
O que Epiteto nos diz?
Epiteto nasceu escravo há muitos séculos atrás. Cedo ele compreendeu que o fato de ser e, depois, ter sido escravo não estava sob o seu controle. Se ganhamos muito ou pouco, se herdamos uma fortuna ou crescemos com dificuldades materiais, são eventos externos. Não podemos considerar que somos responsáveis por eles ou que temos culpa por assim serem.
Devemos focar toda a nossa atenção no que podemos mudar!
Por exemplo, se o namorado liga ou deixa de ligar, se marca e não aparece, se trata a garota mal, para a garota os comportamentos dele são os comportamentos dele. Quem é responsável é ele. Sofrer pelo comportamento dos outros é sempre um sofrimento inútil…
Sobre Epiteto, então, tenho a seguinte indicação:
O texto – A busca da felicidade (trecho de um livro sobre a ética de Epiteto)
Conclusão
Como aplicar na prática esta filosofia de vida? É bem simples:
– O que está te causando sofrimento? Tente estabelecer uma causa por vez:
Por exemplo: 1) O jeito do meu chefe; 2) Estar sem dinheiro; 3) Brigas no relacionamento amoroso….
– O que está te causando sofrimento depende de você ou depende de outra pessoa?
– Se depende imediatamente de você, você deve tratar de buscar a mudança e fazer diferente para obter resultados diferentes. Se não depende de você, deixe estar, deixe para lá. Afinal, não depende de você.
Importante: em alguns casos, devemos tomar atitudes com relação ao comportamento das outras pessoas, claro. O que quero salientar no texto é o que depende e o que não depende de você. Em alguns casos, temos o dever de intervir, de conversar, de dialogar para que o outro talvez mude de opinião e comece também o seu processo de mudança. Mas o que não podemos fazer, em hipótese alguma, é colocar a nossa felicidade na mão das outras pessoas… achando que é o outro ou a outra que vai nos fazer feliz…
Só pra vc não ficar triste, amei o texto, disse tudo exatamente o que eu precisava saber. Obrigada.
Muitom seu texto, Felipe, como sempre, aliás. Tenho certeza que vc esclarece as atitudes de muitas pessoas, inclusive eu. Parabéns!
Olá Patrícia,
Que ótimo!
Este texto é um dos que eu mais gosto!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Rosa,
Tudo bem contigo?
Obrigado por comentar! Fico muito feliz com a sua avaliação!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe
Tudo bem?
Muito bom texto, estou vendo suas publicaçãoes pela primeira vez e estou gostando muito.
Olá Maria Reggiane!
Tudo bem e com você?
Obrigado! Fico muito feliz que esteja gostando!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Parabéns pelo texto, excelente!
Olá Sandra!
Obrigado!
Fico muito feliz que tenha gostado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe!
Ótimo texto! Fala de uma das minhas maiores dificuldades vencida há pouco e custou-me muitas chateações, depressões, tristezas, raivas, não entender porque uma pessoa precisa fazer a outra pessoa ficar infeliz…custei a entender que eu somente vou ficar infeliz, se eu permitir que o outro me faça infeliz – se eu permitir isso! De vez em quando, ainda tenho que me policiar para não me chatear com o outro, afinal isso é um problema dele e o meu é o de dizer onde o calo aperta!
Abraço,
Malu
Olá Malu,
Nem sempre é fácil…é verdade. Mas aos poucos podemos aprender a demorar menos para perceber. Como dizia Roosevelt: “Ninguém pode fazer você sentir-se inferior, sem o seu consentimento”. Isto é válido não só com sentir-se inferior, mas se sentir mal de qualquer jeito.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Muito bom seus textos e esse como muitos seus que tenho lido até então, está de parabéns e com certesa ajudou a todos que leram enclusive a mim , sempre me ajudando e muito.
Grata Felipe um abraço
Olá Luciane!
Fico muito feliz que tenha gostado!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Adorei o texto. A felicidade so depende de nos mesmos
Mudanca dr pensamento
Obga
Olá Felipe,
Estou procurando entender diversos assuntos e aqui me pego lendo suas maravilhosas matérias e que estão me ajudando muito.
Depois de 20 anos de relacionamento com uma pessoa, casei tenho uma filha, descobri que sempre foi imposto á minha pessoa ser o que ele queria, como queria e deveria ser. Sempre aceitei pois estava em uma zona extrema de conforto. Hoje percebo que com 43 anos não posso estudar (meu maior sonho), sair, deixei amigos de lado, não consigo seguir o que gosto de trabalhar, enfim muitos “nãos” em minha vida. Só que tenho definitivamente “medo” da atitude que tenho em mente tomar. Obrigado por postar suas matérias que nos ajudam em muitos aspectos. Imenso Abraço.
Ótimo texto Felipe.
Estou visitando o site pela primeira vez e já adorei.
Olá Sandra!
Fico muito feliz que esteja gostando!
Tem uma frase do Sartre que é muito boa. Diz assim – “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Parabéns!
Gostei muito do seu texto. Venho em tratamento para lidar com o medo e essa questão de esperar dos outros. Sempre compartilho os textos com a intensão de insentivar os amigos e alunos que tenho no face.
Você torna acessível a psicologia aos leigos e isso é maravilhoso! Continue, tem uma frase que me marcou bastante e diz mais ou menos o seguinte:”Antes de se auto diagnosticar com depressão ou incompetência, observe se não está cercado por idiotas!”
Olá Felipe… Nesse sentido, percebo que os comentários maldosos tem relação direta com a incapacidade de auto conhecimento, porque qdo você faz o que gosta tende a fazer com entrega e dedicação, diferente de quem faz por fazer, ou faz de qualquer maneira só pra cumprir a tarefa. Incomodada com o amor e a energia que você dedica, falta a ela descobrir o que seria apaixonante para fazer em sua vida. Talvez siga a mesma linha da inveja; não é o que você tem que causa inveja, mas a maneira com que você lida com o que tem que trás incomodo.
Adoro seus textos!
Abraços
Olá Renata!
Obrigado!
Olá Dr. FELIPE, gostei muito de sua pesquisa a respeito da dependência emocional, só resumindo minha história, eu fui abandonada pelo pai na infância, e segundo minha mãe, eu tive depressão, acredito que foi isso, enfim, pra falar a verdade nem lembro. A questão é que estou casada desde os 21, e meu marido me tratava no início como um pai, e de certa forma me sentia inferior, ou uma criança, sem saber tomar minhas próprias atitudes, decisões. Cerca de 2 anos e meio atras, conheci uma amiga, que me deu uma referência muito positiva sobre a vida, senti que podia ser alguém, podia lutar, ser feliz, hoje me sinto dependente dela no sentido de ter sua aprovação, atenção, me sinto impotente e sem ação quando ela me deixa de lado, a atenção indispensável que ela me dava no início, não me dá mais, segundo é o tempo, as circunstâncias que mudaram. Aí me senti totalmente desamparada, desolada, enganada. Já trato ansiedade há quase 1 ano, com Alprazolan , Venlaxin, e nas últimas semanas tenho me sentido cada vez pior. Acha que seja dependência emocional? O que devo fazer? Obrigada Doutor.
Olá Vanessa,
O que eu sugiro é que você faça terapia. A terapia nos ajuda a entender a superar as dificuldades mentais e emocionais, pelas quais todos nós passamos, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Felipe, td bem?
Adoro seus textos e esse teve uma atenção especial minha rsrs!
Gostaria que me sugerisse o que devo fazer, tenho 18 anos e sinto que essa parte mágica da vida está passando sem que eu posso aproveitar, meu pai é muito rígido em todos os sentidos e isso me oprimi de certa forma. Tento muitas vezes entender algumas atitudes que ele tem, e algumas vezes até consigo. Porém seu jeito super protetor me abala bastante, a maioria dos motivos pelos quais minhas lágrimas caem é essa personalidade dele. Tenho receio de conversar com ele sobre o que me aflige!
De acordo com seu texto, o que faz nos fazem sofrer, quando são coisas que não depende de nós, devemos deixar pra lá. Acredito que pelo fato de eu muitas vezes me ver em situações tristes, por conta dessa forte personalidade que meu pai tem, esse meu sofrimento seja causado por ele.
Devo ter uma conversa altamente séria e adulta com ele sobre o que está me incomodando? ou Devo deixar pra lá?
Desde já muito grata!
Abraços.
Grazi,
Bem, as pessoas dificilmente mudam com uma conversa, embora uma conversa possa ser útil para mostrar para o outro o que estamos sentindo / pensando. O ideal é focar, como digo no texto, no que podemos mudar, que é o nosso comportamento e direcionar os nossos esforços para a criação de um espaço (casa / trabalho / estudo) que seja positivo para nós.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Oi professor Felipe. Parsbens pelo trabalho, muito bom poder ajudar as pessoas a se reencontrarem , o mundo nos poe perdidos justamente por colocarmos a nossa vida nas maos dos outros. Tudo depende de nos..abrcs.
Parabéns pelo site e por esse texto em especial. Gosto muito de ler seus textos pois sei que se trata de bom conteúdo. Além disso você transmite suas ideias de forma clara, objetiva sem deixar de demonstrar altruísmo, simpatia e respeito pelas pessoas. Enquanto leitora, consigo perceber o seu cuidado em escrever da melhor forma possível, procurando esclarecer as dúvidas sobre o tema que se propõe a falar. Conseguiu tecer um comentário respeitoso até mesmo ao falar sobre pessoas que, na falta do que fazer, ficam criticando de forma ofensiva o trabalho de alguém que através da exposição do seu conhecimento tem contribuído para a construção de um mundo melhor. Sim, porque quando você ajuda outras pessoas a se sentirem bem e felizes ou a resolverem seus problemas você está fazendo do mundo um lugar melhor de se viver.
Costumava me importar muito com o que as pessoas diziam ao meu respeito, e sei o que é sofrer por causa de uma crítica maldosa, feita pura e simplesmente para ofender e humilhar. A leitura de hoje me ajudou a compreender melhor o que significa separar o que é meu e o o que é dos outros, para não ficar sofrendo por conta de opiniõe e comentários alheios, algo que definitivamente não posso controlar.
Obrigada, Felipe de Souza e, mais uma vez, parabéns pelo seu trabalho!
Obrigado Barbara!
Kurto demais o envio dos seus textos. sou formado em Pedagogia e pretendo se possível nesse ano ingressar na Psicologia. valeu profº felipe.
Ótimo texto, me ajudou muito no atual momento da minha vida!
Amei .. precisava ler isso
Impressionante como depois de ler apenas três textos seus, já começo a entender o que vem acontecendo em meus relacionamentos afetivos.
Olá Felipe
Gostei muito do texto.
Obrigado!
Olá. O texto escrito foi objetivo, enriquecido por outras áreas do conhecimento. Demonstrou uma forma inteligível a qualquer pessoa de qualquer nível cultural que não são necessários carregarmos “pesos e preocupações” que não podemos controlar. Muito bom mesmo. Eu o li 40 vezes. Grato.
Comecei a ler seus textos e estou encantada com cada palavra lida. A forma de transmitir as mensagens é tão precisa, exata e transparente, obrigada por compartilhar sua esperiência ao longo do caminho. GRATIDÃO.
Obrigado! Abraços