Olá amigos,
Quando comecei a escrever os textos sobre Orientação Profissional, percebi que a questão da carreira e da profissão está intimamente ligada ao dinheiro. Claro que este é um fato óbvio, mas as questões que os leitores foram me fazendo me fizeram ver e ter cada vez mais certeza de que o dinheiro é um fator fundamental para o sentimento de realização profissional. Quando nós dizemos psicologia do dinheiro queremos dizer as concepções, crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos que as pessoas tem com relação ao dinheiro.
É fácil de comprovar que o modo como pensamos a respeito do dinheiro influencia o modo como vamos ganhar dinheiro e, consequentemente, se ganhamos pouco ou muito, se poupamos, investimos ou vamos criando dívidas e por aí vai. De modo que para mudarmos a nossa vida financeira, temos que começar perguntando sobre o modo como nós pensamos o dinheiro. Em suma, qual é a sua psicologia do dinheiro?
Psicologia do Dinheiro
Tente investigar o modo como você pensa a respeito do dinheiro… será que você diz frases e mantém pensamos como:
“É difícil ganhar dinheiro”, “Dinheiro não dá em árvore”, “O rico cada vez fica mais rico, o pobre cada vez fica mais pobre”, “Eu não tenho dinheiro para isso”…? Existem muitas outras frases negativas sobre o dinheiro, com a ideia de que o dinheiro é sujo, de que para alguém ganhar, alguém tem que perder. Concepções religiosas também interferem, como a crença de que ter dinheiro não permite o desenvolvimento da espiritualidade, ou que para ser religioso é necessário abandonar tudo.
Em meu doutorado, eu tive o privilégio de estudar com um dos maiores pensadores brasileiros sobre o protestantismo, o Prof. Dr. Zwinglio Mota Dias. No final da disciplina (História do Protestantismo) eu elaborei um artigo sobre a concepção luterana de ética e sua relação com o trabalho, com o dinheiro, com a prosperidade. Em uma das aulas, o Prof. Zwinglio comentou uma pesquisa que foi feita em Juiz de Fora, de que os imigrantes que eram protestantes tinham enriquecido, enquanto os imigrantes católicos, não tinham enriquecido.
Esta é uma prova de que a concepção religiosa pode influenciar um grupo e até um país. Evidentemente que o indíviduo, mesmo tendo uma dada religião, pode enriquecer e ser bem sucedido financeiramente. Mas terá que elaborar uma ética própria, um pouco à par da concepção do grupo em que foi criado.
Eu tenho um exemplo em minha família, que é a do meu avó. Ele é católico mas foi criado com o ideal de nunca buscar um trabalho, sempre buscar negócios. A ideia que ele sempre teve de dinheiro é a de ajudar a sua própria família e as pessoas que precisam, como no asilo aqui da cidade.
Sendo uma pessoa extremamente econômica, ele sempre manteve a ideia de ganhar e multiplicar o seu dinheiro (através de investimentos), mas sempre tendo o objetivo de ajudar. Creio que ele nunca ganhou o dinheiro pensando em si mesmo. E por isso, sempre contribuiu com o desenvolvimento de todos na família.
Enfim, ele é um exemplo próximo de que são as concepções que temos a respeito do dinheiro que farão toda a diferença no longo prazo. Agora pense, imagine que você ganhe em um sorteio 10.000 reais. O que você faria com o dinheiro?
É provável que a maioria das pessoas vá pensar em como gastar. Comprar uma TV, roupas, uma moto, pagar dívidas… e comprar, comprar, comprar. Ora, o mesmo valor poderia ser investido e multiplicado para 20.000 ou muito mais!
Creio que desta forma fica claro que é o modo como pensamos que vai afetar toda a nossa vida financeira. Pois quando dizemos psicologia financeira ou psicologia do dinheiro, não estamos falando, portanto, dos conhecimentos que alguém pode ter de juros, investimentos, bolsa de valores já que um gerente de banco pode ter muito menos patrimônio e ativos do que uma empregada doméstica.
Neste caso, o saber econômico não altera o comportamento, pois o gerente de banco tem pensamentos equivocados com relação ao seu próprio dinheiro.
Dinheiro e Prosperidade
No final do ano, ouvimos muito as pessoas desejando umas as outras Paz e Prosperidade, não é mesmo? Prosperidade vem do latim prosperitās, que singificava sucesso, boa fortuna, riqueza. Existe uma relação próxima com o dinheiro, com as finanças, porém tem um significado mais amplo, de bem estar e sucesso – que não apenas o valor da conta bancária.
A ideia central da prosperidade é a tendência de fazer com que (o bem estar, o sucesso, a alegria) tenha aumento, cresça ao longo do tempo, se expanda. No livro Cem anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez, um dos personagens tem uma fazenda. E todos os animais nesta fazenda se multiplicam, tem filhotes com muita facilidade, o que faz com que sua fortuna pessoal cresça. Em minha concepção, esta é uma imagem, esta é uma metáfora perfeita para a ideia de prosperidade.
Em economia, também falamos de crescimento, de expansão, de profit (ganhar, beneficiar, avançar). Aqui eu gostaria de criticar uma visão que diz que quando alguém ganha, alguém perde. Em nosso contexto cultural, esta é ideia que vem do latim, do lucro como logro (como engano a outro), por oposição à ideia americana de profit (que significa lucrar).
Se estudarmos um pouco de economia, veremos que quando alguém, seja pessoa física ou jurídica, começa a obter lucros e a crescer, ela beneficia as empresas e pessoas que estão ao redor. Ou seja, ao invés de tirar das pessoas, uma empresa bem sucedida contribuiu para o desenvolvimento econômico e social.
Imagine uma empresa que fabrique carros. Para construir um carro, ela vai precisar de uma série de fornecedores, como – por exemplo – empresas que fazem o estofado do carro. E, desta forma, será criada uma oportunidade de uma nova empresa, que vai gerar mais emprego e mais renda. E, neste ciclo positivo, a economia vai crescendo.
Desta forma, uma única empresa ou uma única pessoa próspera em uma família pode beneficiar muitos membros da mesma e até fora dela.
Como mudar as nossas concepções a respeito do dinheiro?
De tempos em tempos, vemos nos jornais que a Mega Senna está sorteando um prêmio record, digamos, de 100.000.000 de reais. E vemos qual seria a quantia se o mesmo valor fosse deixado em 1 mês na poupança. E só deixando o dinheiro render, através de juros, se poderia ter uma vida fantástica, sem se preocupar nunca mais com relação a ganhar mais dinheiro.
Bem, para mudarmos a nossa concepção de dinheiro, temos que mudar a forma como pensamos e agimos. E para tanto, e utilizando o exemplo da Mega Senna, podemos estruturar a mudança em 2 passos simples:
1) Identificar a forma como pensamos a respeito do dinheiro, sobre poupar, investir, guardar, gastar
2) Tendo identificado os nossos pensamentos, vamos identificar o modo como agimos com o que recebemos. As pessoas que não tem dinheiro, geralmente não ligam para o dinheiro, e não sabem quanto gastam e nem como gastam. O segundo passo para mudar é justamente fazer o levantamento completo de quanto dinheiro é recebido, gasto ou guardado por mês.
Lembram do exemplo dos 10.000 reais? Se você ganhasse uma quantia inesperada, digamos 10 mil ou 100 milhões, você mudaria o modo como você usa o seu dinheiro? Sim? Bem, se sim, o legal é passar a pensar que você já ganha dinheiro e que você pode começar a tratar a sua renda como se fosse uma renda especial. Tratando com cuidado, sabendo gerir cada centavo recebido é o que fará toda a diferença ao longo dos anos.
Como disse, se alguém recebe 10.000 e gasta tudo, é provável que esteja endividado ou no mínimo sem reserva de dinheiro alguma. Se outra pessoa, recebe 10.000 reais e reinveste, é provável que já tenha uma reserva ou outros negócios.
Lembre que é o modo como você trata o seu dinheiro agora que fará toda a diferença no futuro. Mudando os modos de pensar, de sentir e de agir, podemos mudar todo o caminho de nossas finanças.
Conheçam também o meu projeto pessoal – Fonte Dinheiro
Muito boa dica, Felipe de Souza! Você é incrível! Cada dia gosto mais de receber suas postagens. Obrigada, por mim e por quem aproveita seus ensinamentos.
Olá Eliane!
Obrigado pelo elogio!
Fico feliz que esteja gostando de receber os textos!
Se puder nos ajudar na divulgação para amigos, agradeço!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Boa tarde,Psicólogo online Felipe de Souza! Ontem navegando na internet encontrei com você!Gostei muito, eu estava exatamente procurando faculdade de ´Psicologia no Estado da Bahia,minha filha quer fazer faculdade de ´Psicologia, ela está cursando o terceiro ano técnico de administração.Eu sou Mecânico de Manutenção,e sempre falei com minhas filhas e com os colegas de trabalho, que gostaria de fazer cursos de ´Psicologia,Psiquiátrica,Neurologia,e Teologia para entender um pouco do tal ser humano, e comecei agora recebi seu primeiro email agora vou em frente.Muito bondade sua tal atitude,com certeza herdou do seu avô,que DEUS O TODO PODEROSO AUMENTA SEUS DIAS DE VIDA COM SAÚDE.
Olá Jânio,
Obrigado!
Fico feliz que tenha nos encontrando e esteja gostando dos textos!
Temos textos muito interessantes das áreas de psicologia, psiquiatria, neurologia e teologia, ok?
Um jeito fácil de encontrar é pesquisando na caixa de pesquisa. São mais de 500 textos grátis!
Volte sempre!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Bom dia,
O que é a lei da atração, é exatamente o que estou lendo no momento, o livro Os segredos de uma mente milionária, e esse texto veio na hora certa. Estou querendo aprender mais sobre o dinheiro e aprender a desmistificar conceitos e a fazer “ele” trabalhar para mim e não virar escravo dele. Muito bom mesmo.
Parabéns pelos textos, um melhor que o outro.
Fico esperando sobre qual vai ser o assunto do dia.
Abraços
Susane – POA – Rs
Olá Susane,
Veja aqui neste texto – O poder do pensamento positivo
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ola Felipe, mais uma vez parabéns pelo belo trabalha que vc realiza , sempre fazendo a sua parte e orientando pessoas interessadas em fazer tb cada uma a sua e seguir em rede .
Olá Aparecida!
Obrigado, querida!
Fico muito feliz com a sua avaliação!!!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
um novo padrao de pensar em relacao ao dinheiro e saber gerenciar a cobica e ter auto controle