Desistir é uma palavra forte para muitas pessoas. E ligada à ideia de fracasso, de fraqueza, de incapacidade. Mas, em verdade, desistir (dependendo da situação) pode ser a melhor saída para viver melhor. Neste texto, pretendo falar sobre a possibilidade de desistir na área profissional e na área afetiva, em relacionamentos, especialmente os relacionamentos amorosos.
Há muitos anos que eu leio livros de motivação, autoajuda, psicologia comportamental, programação neurolinguística e existe uma formulação em todos eles que diz que o segredo do sucesso é a persistência. É verdade, porém, verdade igual é que desistir e partir para um outro cenário também pode ser fundamental.
Não sei se vocês se lembram, mas há alguns anos um livro que fez muito sucesso foi “Quem mexeu no meu queijo?” Em 2007, eu assisti um treinamento de uma amiga psicóloga em uma empresa que abordava o tema deste livro, que foi um best-seller por contar através de uma história, portanto, através de uma metáfora, o que pode ser aplicado em áreas diferentes. O resumo pode ser dito da seguinte forma: o ratinho quer o seu queijo. O queijo do lugar aonde ele vive está acabando. Um ratinho pode ir para outro lugar, buscar e encontrar mais queijo ou pode ficar no mesmo lugar se lamentando pelo queijo que está zerando.
É neste sentido que usarei aqui a ideia de desistir. Desistir não quer dizer parar, paralisar, perder. Mas também tem o sentido de desistir de uma forma de resolver o problema ou desistir de um ambiente que não é propício para conseguir o que você almeja.
Desistir de uma forma de se comportar
Como disse, podemos desistir sem necessariamente abandonar o objetivo último. Podemos desistir de uma forma equivocada de resolver o problema em questão. Utilizando a metáfora do “Quem mexeu no meu queijo”, o ratinho poderia continuar em seu objetivo (o queijo) mas desistir de seu comportamento preguiçoso e acomodado. Um outro exemplo, seria imaginar alguém que quer ganhar mais dinheiro e está acomodado em seu trabalho ou ambiente de trabalho.
Ao invés de desistir do objetivo (ganhar mais dinheiro), esta mesma pessoa pode reformular o modo como está se comportamento para atingi-lo. Com isto, mudando o comportamento, desistindo daquela forma de agir, pode-se encontrar centenas de outras maneiras de se realizar. Como diz o lema da Apple: Think Different. Pense diferente.
Como diz John D. Rockefeller: “Não tenha medo de desistir do bom para perseguir o ótimo”.
Desistir de um relacionamento
Há um tempo atrás eu escrevi um texto intitulado: “Porque os casais não se separam?”
É um texto simples, mas um dos que mais gosto. Afinal, recebo muitos emails perguntando sobre os motivos que levam tantas pessoas a continuarem em um relacionamento muitas vezes destrutivo ou insatisfatório. Você pode lê-lo no link acima, mas vou resumir o meu ponto de vista. Os casais não se separam porque em relacionamentos como este há uma mistura de prazer e dor, de realização e frustração. De modo que quando há dor ou frustração, brigas ou desentendimentos, pensa-se que já foi melhor, que pode melhorar, que vai voltar a ser como antes…
Se perguntarmos a qualquer pessoa, porque fica com alguém, namora ou casou, ouviremos que foi em busca da felicidade. Que a outra pessoa traz felicidade, através do amor e da paixão. Mas e quando o melhor é desistir?
Desistir de um relacionamento difícil pode ser o melhor caminho para a felicidade. Vencendo o medo da solidão, a ideia estranha do fracasso por não ter dado certo, de que deveria ser eterno ou durar a vida toda, pode ser infinitamente mais saudável do que continuar por longos períodos “em sofrimento inútil”.
Desistir de um sonho – Nunca?
Existe um paradoxo filosófico que diz “Tudo é relativo”. Se tudo é relativo, a verdade “Tudo é relativo” pode ser falsa. Com isso, nem tudo é relativo… Pensamentos gerais e absolutos, no final das contas, podem ser apenas se resumir a um pensamento cristalizado e uma forma equivocada de estruturar o caminho que temos pela frente. De forma que desistir de um sonho também pode ser uma boa opção. Pois um sonho não realizado é sofrimento certo e se investigarmos o que estava por trás do sonho, ainda assim, poderemos realizar, claro, com ressalvas.
Eu lembro que durante a faculdade de psicologia, nós lemos um texto de Orientação Profissional, que dizia de uma garota que queria ser médica. Por não ter uma faculdade de medicina próxima, ela modificou este sonho para o que estava mais próximo. Estudou para ser técnica de enfermagem. Se formos analisar o sonho (a medicina), veremos que o objetivo último da garota seria ajudar o próximo, na área da saúde. Evidentemente, também entram em cenas outras ideias como o status social e a remuneração.
Porém, o sonho real da garota era ajudar. E ajudar, cuidando da saúde das outras pessoas. Como técnica em enfermagem ela poderia atingir o seu objetivo último, sem atingir o objetivo mesmo (a medicina). Esta é uma ideia interessante de ressignificação. Entender melhor o que está por trás dos nossos sonhos nos auxilia a nos conduzir no que poderíamos dizer ser o conflito entre o sonhador e o pessimista.
Uma pessoa pessimista diria para esta garota que aquilo não seria possível. Que ela teria que se conformar com sua situação e desistir do seu sonho de ser médica. Um sonhador diria para ela nunca desistir do seu sonho e seguir em frente. O meio termo no caso, neste caso e neste momento, seria ela encontrar, portanto, um meio termo.
Com uma profissão – a enfermagem – que estava disponível e que lhe daria também um emprego ela poderia sim continuar sonhando e fazer a faculdade mais para frente. Ou não. Ela poderia continuar como técnica e ser feliz também, “desistindo do sonho de adolescência”.
E você, já desistiu alguma vez? Foi positivo ou negativo para você? O que você aprendeu? Adoraria ouvir sua opinião nos comentários abaixo.
Os teus textos são legais, servem tanto para os jovens terem uma ideia de suas escolhas futuras como para caras mais velhos como eu reverem as escolhas feitas, oportunidades perdidas ou aproveitadas e os resultados alcançados na vida pessoal ou profissional.
Estou começando á ver uma possibilidade de rever alguns dos meus conceitos sobre as escolhas que fiz e dos resultados não alcançados.
Esse texto parece ter uma ligação íntima com outro excelente texto que você escreveu sobre como atingir os objetivos profissionais, lá dá ás dicas de como proceder e aqui de como avaliar, excelente, gostei.
Gostaria de te fazer uma pergunta, o que seria melhor, uma avaliação e orientação psicológica ou um trabalho de Coaching para fazer uma avaliação da vida profissional? Existe diferença nessas duas situações?
Boa noite,mais outro tema deveras interessante, abordado de uma forma cativante.
Meus parabéns pelos seus textos e principalmente pela sua preocupação e dedicação a querer sempre ajudar o próximo.
O seu site,é o verdadeiro exemplo disso.
Obrigado pela sua partilha.
Cumprimentos,
Gisela Santos
Olá Aloisio!
Fico feliz que esteja gostando dos textos!
Então, sua pergunta é muito interessante e já tinha aparecido pergunta semelhante em um texto anterior.
Prometo escrever um texto em breve sobre a diferença entre a Orientação Profissional e a Psicologia Clínica, em geral, e o Coaching, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Gisela,
Obrigado!
Fico feliz de ouvir a sua opinião sobre o site e sobre o texto.
Escrever é um ato bastante solitário e é muito motivador receber avaliações como as suas para continuarmos publicando sempre!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Essa palavra “desistir” me dá calafrios, mas há algumas semanas me vi indo de encontro a ela. Colocando os prós e contras em um trabalho que não me realizava plenamente, me deixando ate doente, decidi por bem desistir… Antes, tive que me preparar, listei as possiveis consequencias do ato para nao sofrer tanto. Mesmo assim o vazio é imenso. Estou em processo de aceitar um novo caminho de vida!
Adorei seu texto como sempre, você é uma pessoa iluminada por compartilhar e clarear as ideias dos internautas que estão em busca de orientação como eu, Deus abençoe.
Olá Marcia,
Desistir e insistir são palavras relacionadas na etimologia. Ambas tem o sufixo do proto-indo-europeu sisto, que quer dizer, permanecer. Sisto está presente em diversas línguas modernas, na formação de palavras, inclusive no inglês stand (permanecer), (suportar), (aguentar).
O prefixo in-sistir (in-sisto) significa continuar o movimento de permanecer, de aguentar, de suportar. Enquanto que des-sistir significa o oposto. Se olharmos friamente, veremos que nem sempre não-permenecer, não-suportar, não-aguentar quer dizer um sinal de fraqueza, erro ou incapacidade. Em muitos casos é sinal de inteligência.
Fico extremamente feliz que esteja gostando do site!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Já desisti de muitas coisas quando percebi que não valeria a pena e hoje estou muito satisfeito, são coisas que vão desde emprego até relacionamento. Acho que o Desistir faz parte da vida de cada um de nós, seria o fim de um acontecimento para um novo, inusitado e cheio de alegria e novas emoções. Analisemos que muitas pessoas enquanto crianças querem ser, por exemplo, astronauta, na adolescência deseja ser um músico e muitas vezes na faze adulta já deseja ser outra coisa, por exemplo professor. Acho que a vida seria muito monótona e sem emoções se não houvessem as desistências para novas escolhas.
Abraços.
Olá Gabriel,
Bom exemplo o que você deu. Desistindo de uma ideia, abrimos espaço para outras ideias… realmente!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Aluisio e amigos!
Escrevi o texto – Diferença entre a Psicologia Clínica e o Coaching
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Quero acreditar que não seja sinal de fraqueza, nesses momentos de decisão a razão fala uma coisa enquanto a emoção fala outra!
que bom se existissem botoes específicos que pudessem reconfigurar a mente, deletar certas coisas, fazer um backup geral!
Boa tarde !meu nome é Joelma moro em Fortaleza e faço psicologia. Gosto muito de seus textos, eles me ajudam muito.
Eu ja desisti de um curso que fazia. Eu fiz pedagogia durante um ano, mas meu desejo mesmo foi sempre psicologia, então parei o outro e tentei fazer o que eu realmete queria.Faço em uma faculdade particular, mas muito boa a faculdade. Me sinto mais motivada e mais feliz por ter feito essa escolha na minha vida.
Olá Marcia,
Bem, não existem estes botões de mudança, nem remédios ou fórmulas milagrosas para mudar.
Porém, podemos sim conseguir muitas mudanças importantes com o autoconhecimento, com a leitura de bons livros, com a terapia, com a mudança de crenças e ideias, enfim, mudar é possível e muito necessário. Pode não ser tão fácil ou simples, mas existem vários caminhos para que consigamos…
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Joelma,
Obrigado por compartilhar sua experiência aqui conosco.
Na faculdade de psicologia em São João del Rei também encontrei algumas alunas da pedagogia que queriam fazer psicologia. Quando elas tiveram a oportunidade assim como você), elas também transferiram.
Neste caso, podemos notar que é importante descobrir o que queremos, avaliar as possibilidades de realizar o que queremos, e fazer o máximo para tanto. Ainda que a faculdade de pedagogia seja próxima à psicologia em muitos aspectos, ainda assim você não se sentiria totalmente realizada ao final do curso, não é mesmo?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Lendo o texto me veio a mente um relacionamento que tive há 5 anos e que depois de muitas brigas e desencontros terminamos. Dois anos se passaram e há 5 meses atrás estávamos tentando retomar, nos aproximamos e nos tocamos profundamente, como nunca havíamos nos tocado em 5 anos de relacionamento, foi lindo nosso reencontro e até poderia dizer que foi mágico, pois nesses 5 meses do nosso reencontro pela primeira vez conseguimos nos ouvir, nos sentir e nos amar. Foi tudo muito rápido e bastante intenso, porém mais uma vez chegou ao fim,e pelo mesmo motivo que há 5 anos atrás também chegou ao fim. Agora penso que chegou a hora de desistir. Sou uma pessoa muito sensível e consigo sentir de longe as pessoas e quando está pessoa me procurou há 5 meses atrás eu já sabia o porque, e mesmo sabendo o motivo que a fez me procurar eu tentei toca-la de um jeito diferente,mas no meio do caminho me perdi e literalmente surtei. Como disse eu já sabia que esta pessoa voltaria a me procurar, a me querer,porem me enganei quando pensei que estava preparado para recebe-la,mas o que importa pra mim é que tentei,mesmo tendo me perdido no meio do caminho EU TENTEI.
Olá Eduardo!
Obrigado por compartilhar conosco a sua história!
Realmente, em muitas situações levamos um tempo até entender que o melhor caminho é desistir.
Felicidades pra ti!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá! Bem interessante a questão de acharmos um “meio termo” para os nossos sonhos. Mas e quando nos perdemos? Quero dizer, quando não sabemos o que queremos, o que realmente gostamos? Tudo se torna frustrante, desmotivador, sem sentido. Hoje, tenho 26 anos e meu desespero é esse, perceber que eu me perdi… Não sei que rumo tomar.
Olá Tanara,
A busca pelo sentido da vida é também a busca pela terapia que se volta para o autoconhecimento.
Nestes casos, é extremamente indicado fazer um processo terapêutico com um profissional da psicologia de forma mais aprofundada, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Ola é muito importar desistir quando achamos não dará certo eu já tive um sonho de ser professor como na minha província não havia opção de pedagogia tomei outra decisão de fazer uma outra opção, e hoje estou feliz, é muito importante tomar decisões certa no momento certo
Olá João!
É verdade!
Obrigado por comentar!
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Sou estudante de Psicologia,porém para chegar até esse alvo foi preciso retraçar metas “desistir” de sonhos que antes aparentemente seria meu tudo,a primeira oportunidade de realizar esse sonho de criança de ser um grande Psicólogo.No decorrer do trajeto tive uma oportunidade ímpar de realizar esse objetivo,mas devido um relacionamento virtual acabei “desistindo” de meu propósito para caminhar em direção ao abismo,O frustrante de tudo é que esse amor virtual “desistiu” de mim acabei passando por uma fase difícil pois amava e queria esse amor porem após nais uma desistência pude retomar meu sonho e hoje mim sinto pleno e feliz em meio a tantas “desistências”.
Olá Ueliton!
Obrigado por comentar!
Atenciosamente
Felipe de Souza
Já desisti de um sonho sim. E foi completamente negativo. Eu sempre quis fazer arquitetura e nunca tive o apoio dos meus pais (que é muito importante pra mim) para cursar. Então comecei a fazer gestão de turismo, uma área que não me traz realização pessoal, pois não me identifiquei com quase nenhuma área do turismo; nem profissional, pois aqui no Brasil a área não tem a valorização que merece. Quero desistir desse curso, fazer o que eu sei que vou amar fazer, mas o fato de “desistir”, dos comentários dos meus pais e com certeza da falta de apoio deles em relação a desistir e ainda pra fazer arquitetura (o que eles não querem) me faz ficar com um pé atras.
Olá Morena!
No caso, o sentido do texto é abandonar ou desistir de algo que não nos será útil, bom ou verdadeiro.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Boa noite , gostei muito das suas palavras , tive um sonho de ter meu proprio negocio e consegui mais de um tempo pra ca toda aquela motivacao ,vontade e felicidade foi acabando ,quando as coisas nao da certo nao sei se e para mim desistir ou persistir na luta . Apesar que desistir nao e fracassar mas sim fechar um cilco onde voce nao esta feliz e abrir outro para ter a felicidade .
Fico na duvida insistir ou desistir?
Olá Tiago,
Em muitas circunstâncias esta dúvida é um verdadeiro dilema, não é mesmo?
Eu penso que é uma questão de pesar mesmo. Colocar na balança os pós e os contras de continuar e os pós e contras de desistir.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Eu sempre quis ser médico,mas como na época em que prestei vestibular não consegui aprovar e como não queria perder tempo procurei fazer outro curso na área de saúde, e então fiz odontologia e mesmo nunca me sentindo realizado me formei e trabalhei na área por 2 anos. Até que então minha namorada da época se formou em fisioterapia e como ela também não gostava e também queria medicina, ela teve a idéia de virmos cursar medicina fora do Brasil, e então eu vendi meu consultorio e vim com ela para a Bolívia. Quando chegamos aqui já vimos que a adaptação seria difícil, e para resumir ficamos na Bolívia por 2 anos e então voltamos para o Brasil para tentar transferir para uma faculdade brasileira, e não conseguimos. E então o nosso relacionamento de 10 anos entrou em crise porque ela disse que desistiria porque não daria conta de voltar e eu disse que precisariamos terminar o curso na Bolívia porque eu não queria mais ser dentista, e com isso começamos a brigar muito e eu fiz muito o que não devia,se é que me entendem, até que chegou uma hora em que ela descobriu tudo e terminou comigo! Com isso eu cai em uma depressão que me levou a 3 tentativas de suicidio, ai com o tempo conheci outra mulher e então comecei a namorar denovo e vim com ela para a Bolívia para continuar os estudos!!! Mas hoje vejo que só comecei a namorar denovo porque sempre tive medo da solidão, e que na verdade a minja felicidade estava e ainda está na minha primeira namorada e não na medicina. Mesmo ja tendo passado 2 anos que terminamos e eu estar no quinto ano de medicina, eu não consigo esquecer ela e não me sinto feliz!!! Queria saber o que posso fazer para tentar reconquisra-la ou se devo desistir??? E como desistir???
Me encantei pelo os seus textos,claros,objetivos,motivadores um verdadeiro guia tanto profissional como pessoal (No contexto familiar nem se fala,no sentimental… ,maravilha.
Parabéns,sucesso!
Sou de Acopiara,CE.
Olá, Felipe, como vai? Antes de mais nada, quero te dizer que sou uma seguidora do seu trabalho do qual gosto imenso. Quanto ao texto acima, gostava de acrescentar que existem momentos em que a vida acaba por nos levar para um rumo diferente e nós temos mesmo que, como se diz, reorientar as velas. Ou até mesmo desistir mesmo de algo quando ele se torna inviável ou deixa de fazer sentido. Quando nós questionamos o motivo mais profundo daquele sonho, nós também descobrimos que podemos ter aquilo realizado de uma outra forma. Sabe, Felipe, eu acho também que existe um equívoco na palavra “sonho” que faz com que muitas pessoas, sem se darem conta, passem a vida inteira tentado algo, sem planejamento, sem coerência, muitas vezes acreditando em ilusões vendidas pela mídia e pelo marketing. O que leva muitas vezes as pessoas a perderem o seu tempo e encontrarem mais frustração do que realização. Um grande abraço e sucesso!
Verdade Marta!
Por isso o autoconhecimento é tão importante!
Obrigado Edileny!
Olá Gustavo!
Esta é uma questão para a qual sugiro que você faça terapia. Grandes decisões não são muito fáceis e por isso é recomendável buscar ajuda, ok?
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá, Felipe de Sousa!
Gosto muito de seus textos , eles têm me ajudado cada vez mais em todos os meus dias.
Mas tenho dificuldade em orientar meus filhos quanto aos seus namorados.Não gostaria que sofressem, porém sei que não posso comandar tudo .Como uma mãe pode ajudar seu filho sem atrapalhar o que talvez pode até ser a sua felicidade.
Um abraço.
Olá Fabiana!
Ajuda muito fazer terapia. A terapia nos dá autoconhecimento e também autocontrole quando as coisas saem fora do controle, rsrs.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá Daniele!
Neste caso você tem que avaliar se não são apenas algumas matérias desagradáveis na faculdade. Porque isto é comum. Na faculdade de psicologia, por exemplo, temos muitos alunos que ficam com muita vontade de sair no 4, 5 período. Se for só uma questão de professores ou disciplinas desinteressantes, o melhor é avaliar no longo prazo. Se você vai querer trabalhar como nutricionista ou não. (Acho que este é o ponto chave).
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Olá professor Felipe de Souza, é a primeira vez que tenho contato com seu texto e gostei muito do modo que o senhor apresentou. Vou contar brevemente minha história, eu era um aluno de ETEC, cursei o EM e o curso técnico de informática tendo êxito nos dois no tempo mínimo, porém minha base no EM era bem fraca, então resolvi ingressar em um cursinho pré-vestibular, estudei 1 ano e passei no curso que almejava(assim então pensava),no qual o caso era Matemática Aplicada (USP), porém cursando esse semestre meu desempenho acadêmico está muito fraco e não consigo me interessar pelo curso mais, creio que minha parte de abstração para o curso não seja meu ponto forte. Mas agora não sei se devo continuar no curso pois está um fardo para mim, ou devo tomar uma atitude e mudar o curso.
Olá Lucas!
Penso que este texto pode lhe ajudar – https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2015/04/por-que-voce-deve-ou-nao-desistir-da-faculdade-na-metade.html
Olá Felipe, recebo seus textos e sempre aprendo algo ou revejo um outro caminho de pensamento que vc propõe com tanta clareza e simplicidade. Quanto a este texto sobre Desistir ou insistir fico me perguntando qual é a medida que nos mostra que desistir é o caminho de crescimento. Estou na clinica e tenho um trabalho há 08 anos e sempre me deparo com o mesmo problema: o investimento que faço pra continuar a manter este trabalho de ganho limitado, como se trocasse dinheiro apenas. Porém, em contrapartida tenho um trabalho. Não consigo me ver sem este trabalho nem insistindo no mesmo por mais tempo. Pois é, quase já sei a resposta, devo procurar uma orientação, mas de quem neste caso? sou psicologa clinica.
Carmen,
Sim, a terapia pode te ajudar, mas toda ferramenta de autoconhecimento que você conseguir usar a seu favor pode ser útil. Lembro de uma amiga que queria seguir carreira acadêmica e tudo o que ela fazia, sem ela querer, a levava para a área clínica (seu consultório encheu em poucas semanas).
Às vezes é útil dar um tempo, deixar um vazio (tirar umas férias), para ver o que surge e quais são as opções. O legal da nossa área é que não precisamos ficar focados em apenas uma única atuação.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Parábens pelos textos Felipe, vc escreve muito bem, claro e objetivo. Acabei de conhecer o site e já li várias de suas publicações, obrigada por disponibilizar essas ferramentas ao nosso processo continuo de autoconhecimento e evolução, que vc tenha muito sucesso com seus cursos
Olá Felipe, gostaria de pedir sua ajuda. Meu nome é Luana, tenho 18 anos. Desde o inicio deste ano estou cursando nutrição. Não foi a minha primeira opção nem a profissão com que sonhei por toda a vida. Mas foi o que escolhi apos ter começado um processo de emagrecimento por orientação do meu cardiologista que disse que eu precisava. A verdade é que durante muito tempo estive acima do peso e quando emagreci me animei. Quando comecei a estudar vi que era totalmente diferente do que eu imaginava. Hoje eu valorizo uma alimentação saudável e de qualidade, inclusive este é um dos maiores benefícios que o curso me trouxe, mas não sei se isso é o suificiente. Disciplinas como química e bioquímica me deixam bastante desanimada, tenho muita dificuldade nessas disciplinas. Citologia quase me fez desistir na primeira semana. Apesar de ser muito tímida, nervosa e ansiosa eu me importo com as pessoas e gostaria de ajuda-las. Não sei se ser nutricionista é o que quero pelo resto da vida, ficar limitada e presa aos alimentos. Sinto-me pouco a vontade em laboratórios. Até que gosto de aprender sobre os alimentos e seus benefícios. Na minha turma, me sinto tão deslocada. Comecei a estudar semanas depois do curso ter começado, pois mudei de universidade. Estava matriculada na unip, mas quatro dias antes das aulas começarem eles mandaram um telegrama dizendo que nao tinha formado turma para o turno da tarde que é o que tenho disponibilidade para estudar. Tive que fazer vestibular de novo para outra universidade e quando entrei todos já estavam familiarizados e eu a novata perdida. Não tenho amizades, na verdade na época do ensino médio também era assim, sempre fui muita tímida, Eu tento socializar, mas não consigo puxar assunto, acho que devo ser pouco interessante. Mas o motivo da minha tristeza é talvez estar desperdiçando meu tempo e o dinheiro tão esforçado do meu pai em uma faculdade com a qual nao me sinto plenamente segura. Psicologia era inicialmente minha primeira opção, mas acabei deslumbrada pela nutrição. Confesso que nao pesquisei sobre o mercado de trabalho, matriz curricular, areas de atuação ou piso salarial. Fico frustrada ao pesquisar e ler em fóruns depoimentos de pessoas que se formaram e nem atuam na area. Eu sei que existem nutricionistas famosos que dão entrevistas na televisão, mas chegar onde eles chegaram pode ser muito dificil. Outra coisa é a quantidade de informações contraditórias, ora determinado alimento é vilao depois torna-se um heroi. Não possuo quase nenhuma habilidade culinária, apesar de isso não ser um requisito. Tenho uma amiga formada na area e ela está desempregada a meses. Alem de que o nutricionista possui grandes responsabilidades, pode ser culpado se ocorrer um surto de infecção alimentar na empresa ou restaurante que ele trabalha. Estou tão perdida, já pesquisei sobre varias profissoes mas não consigo encontrar nenhuma que me dê aquela sensação de que é isso que farei pelo resto da vida. Meu perfil também não ajuda, uma jovem tímida porem sem talento com exatas, aréa das profissões geralmente indicada para timidos. Possuo certa incapacidade de imaginar o futuro. Só sei que independente da área que me formar, quero ser uma profissional dedicada, segura de mim, quero poder passar segurança. Tenho medo de desistir de nutrição e me arrepender, ou mesmo tempo em que tenho medo de continuar, me formar e me arrepender. Desculpe pelo texto longo. Percebo que vc é um excelente profissional, suas dicas são ótimas. Por isso acredito que pode me ajudar. Agradeço pela atenção.
Boas. Adorei o seu texto e identifiquei-me com a parte da menina que pretendia estudar medicina e por esse motivo vou contar o que se passou comigo.
Desde pequena o meu sonho era fazer diferença no mundo ao ajudar pessoas de alguma maneira, na àrea militar ou na àrea da proteção civil. No entanto quando fiz 10 anos descobri que sofria de escoliose múltipla e aos 13 fui operada, o que destruiu totalmente os meus sonhos pois a partir daí, a minha família sempre me incentivou que deveria arranjar um emprego num escritório longe de pessoas doentes e longe de fazer grandes esforços físicos (e tinham toda a razão, está claro). A partir daí fiquei sem rumo. Lutei muitos anos para apagar este sonho. Aos 15 tentei increver-me nos bombeiros da minha localidade, mas os meus pais recusaram assinar o termo de responsabilidade (Lá estavam os problemas de saúde outra vez a atrapalhar). Suprimi de novo esse sonho… Aos 18 quando chegou a altura de escolher a licenciatura eu estava perdida. Inscrevi-me no curso de Turismo pois pensei que seria um trabalho que era enriquecedor culturalmente e que nunca estaria presa num escritório. No segundo ano do meu curso eu já o odiava profundamente porque sabia que nunca iria ser feliz a trabalhar nessa àrea. Então nesse mesmo ano entrei para a Cruz Vermelha Portuguesa, o que fez com que o meu sonho voltasse. Mas o voluntariado não nos põe comida na mesa. Após ver o trabalho que os enfermeiros fazem no hospital comecei a pensar… E se fosse tirar enfermagem? Mas estava quase a terminar o curso. E ir estudar mais 4 anos… eu estava farta de andar às custas dos meus pais. Então eu terminei o meu curso em dezembro passado e agora estou a trabalhar. Não desisti do meu sonho. Concorri de novo à universidade, mas desta vez a enfermagem. Acho que se não conseguir entrar este ano ou no próximo vou ficar devastada. No entanto nunca desisti nem nunca desistirei. Se um dia conseguir ser enfermeira pretendo ir para o Comité Internacional da Cruz Vermelha. Actualmente trabalho como socorrista.
Espero que o meu testemunho seja benéfico para quem o ler.
Obrigado Joana!
Olá Luana,
Desculpe-me pela demora em responder.
Bem, neste caso sugiro fazer Orientação Profissional. Vai te ajudar a clarear melhor o que você quer e o que você não quer, ok?
Às vezes é realmente difícil decidir sozinho e a ajuda profissional realmente ajuda muito.
Como uma reflexão, é importante lembrar que o maior ativo que temos, o que é mais importante na vida, é o tempo.
Atenciosamente,
Felipe de Souza
vdade tudo o que foi colocado.Vdades simples e logicas ,elementos dificeis de serem filtrados nessa cultura massiva que temos acesso diuturnamente.
Vivo algo assim.Ja persigo um objetivo ha muito tempo,com tentativas frustradas e resultados pifios.Vivendo assim durante tanto tempo,nao suportamos:consequentemente vivo a ponto de um “estafa”.Tenho panico so de ter pensamentos relacionados ao meu sonho.Eis que um sonho se transformou num verdadeiro pesadelo.
Vc acha que procurar um terapeuta me ajudaria .Qual tecnica vc recomenda
Olá!
Veja por favor este texto:
https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2015/02/psicoterapia-conheca-os-8-principais-tipos.html
Atenciosamente,
Felipe de Souza
Tentei ser empresário 3 vezes. Nas três, eu não obtive sucesso. na primeira tentativa, logo entrei em uma forte depressão. nas outras duas vezes também tive sérias crises de ansiedade e depressão leve. Agora, após muitos anos eu comecei com a i´deia novamente e percebi que só o fato de pensar no assunto, já me causava um pouco de ansiedade. No entanto fui notando que da mesma forma que as tentativas anteriores, eu não estava preparado para ser empresário. Quando analisei o assunto, percebi que para isso eu teria que fazer coisas as quais nunca tive preparo, eu teria que aceitar riscos inconsequentes, também nunca tive segurança financeira para isso e um grande orgulho e vaidade é que me impulsionava abestadamente.
sou empregado de uma empresa e atualmente tenho uma boa estabilidade financeira. Só o fato de eu ter reconhecido minha incapacidade em vários aspectos e ter decidido desistir da ideia egoica de ser empresário a todo custo, mudou minha vida e agora me sinto muito mais realizado e feliz, tendo desistido de um sonho que talvez nunca tenha sido meu.
Vi uma relação muito grande com seu artigo, que só veio reforçar minha ótima decisão de desistir de um suposto objrtivo e ser feliz.
Abçs.
Alessio,vivo mais ou menos isso.Eu,no entanto,sei que viverei infeliz minha vida inteira,mas sei que sera minha melhor decisao
ja li esse artigo umas quatro vezes,e tem me confortado bastante
Essa história de dar um novo significado a algo é perfeito! Aí está a chave para não sofrermos tanto com a “desistência” de um sonho. Muito bom mesmo! Você me ajudou bastante hoje!
Eu tenho 18 anos e me identifiquei muito com seu texto porque estou passando exatamente por isso: Meu sonho sempre foi fazer medicina, mas minha família está numa crítica situação financeira e não posso fazer cursinho (Não passei esse ano), sinto que preciso trabalhar e ajudá-los! Já fiz Técnico em Informática, e sou muito boa nisso. Mas só de pensar em largar a medicina choro por horas. Considero-me problemática, pois minha ansiedade é tanta que não quero deixar nada pra depois, principalmente a faculdade de medicina. Meu pai deu um jeito de pagar vários boletos de vestibulares e agora sinto que vou decepcioná-lo ao contar que não passei em nada.
O que faço? Não aguento mais sentir esse desespero…
Dayana,
Bem, na PNL nós usamos a ideia do estado atual e do estado desejado. Quase todos tem algo que gostariam de atingir que ainda não esta presente em seu estado atual, no momento presente. Assim, por um lado temos que aceitar as circunstâncias como são e, por outro, procurar criar as condições para atingirmos o estado desejado – seja ele qual for.
Recomendo este texto:
https://psicologiamsn20220322.mystagingwebsite.com/2015/02/o-que-e-mindset-conheca-os-dois-tipos-basicos.html
ola boa noite Dr Filipe adoro seus teixtos ,,e tenho a certeza que tal como a mim me estao neste momento a dar muita força pra desistir de algo que era apena fixsaçao na minha cabeça ,pois quando se houve alguem como você mostrando o outro lado da analise ao problema ,,,fica tao mais facil obrigado Dr .por ser tao gentil focando gratuitamente e de boa vontade os seus tao expecificos e uteis conhecimentos tou no luxemburgo sou portuguese e em meu nome lhe agradeço a imensa ajuda .muito obrigado e Deus lhe de saude pra continuar sempre
Adorei o texto, principalmente a parte que se refere a garota que quer cursar medicina, pois me identifiquei!
Porém não consegui chegar em uma solução como ela, parei para pensar o que está por trás deste meu sonho, é o desejo de ajudar o próximo na área de saúde, conseguir melhorar o estilo de vida de pessoas com doença graves que sofre com efeitos colaterais de remédios, por exemplo! Pensei em biomedicina porém não tem contato com os pacientes, não me sentiria realizada e enfermagem eu faria os procedimentos físicos prescritos pelo médico, mas eu quero pesquisar, investigar oque pode ser a doença do paciente, o melhor tratamento… Então pensei em nutrição mas não me vejo feliz, até conversei com amigos que cursam …Não consigo pensar em outra profissão!
Mas n quero ser como o ratinho!
Por causa de medicina comecei o técnico em química pois me ajudaria na prova e faculdade de matemática !
Pois não tenho condições de pagar nem o pre vestibular!
E minhas notas na prova também fazem me sentir incapaz !
As vezes penso que dou importância demais a isso ou se meu desejo tão forte de cursar este curso está ligado ao fato de eu fazer tratamento p uma doença rara e grave e saber o quanto essa profissão é importante e por depender mais deles ! Me ajude pfv
Oi Emily,
Biomedicina pode ser uma porta de entrada interessante. Na verdade, das que você listou – pelo seu interesse – enfermagem e biomedicina estão bem próximas do que você almeja me parece.
Gostei e concordo. Na minha opinião e experiência de vida o desistir pode ser substituído por uma postura diferente. Tem casos que é melhor desistir mesmo. Eu exonerei de um cargo público há quase 2 anos pela total falta de perspectiva, condições, salário mas já tinha outro plano pronto para colocar em prática. Mas passados esses 02 anos, em dias como hoje, sendo professor do estado, me vejo na mesma situação. Eu vejo sentido no que faço mas não há resultado nenhum, parece tudo um grande sistema fadado ao fracasso e ficamos rodando como um rato de laboratório naquela roda. No entanto agora não tenho um plano B e preciso persistir nisso. Como tirar forças nessas horas? Como persistir em momentos que não vemos sentido nenhum naquilo que fazemos (no caso no trabalho) e as condições são complicadas ? Isso drena minha energia!