Às vezes fico pensando o por que de existirem, ainda, tantas críticas negativas e destrutivas. Sim, porque é preciso fazer a diferença entre a crítica positiva e a crítica negativa. O modo mais simples de entender a diferença é perceber o motivo da crítica e à que ela leva.

Por exemplo, para quem não sabe, no Mestrado e Doutorado, o estudante que quer obter o título deve apresentar sua dissertação – no Mestrado – e sua tese – no Doutorado a fim de completar os seus estudos e receber o diploma.

Nesta apresentação pública há uma banca de professores, da própria instituição e de instituições externas, para fazer a avaliação e criticar. Embora possa haver um certo receio por parte do estudante, a crítica da banca visa sempre à algo positivo: melhorar a dissertação ou a tese para que ela seja publicada. São críticas positivas.

Por outro lado, a crítica negativa é sempre destrutiva e, assim, claro, não quer construir nada. Antes da construção ou criação já está lá, dizendo: – “Para que isso”? Ou “Está muito ruim!” Ou “Você não sabe fazer, então procure fazer outra coisa”.

Então fica muito fácil notar a diferença entre a crítica positiva e a crítica negativa. A crítica positiva quer melhorar o que estamos fazendo. No fundo, mostra que podemos ser ainda melhores, que podemos fazer ainda com mais cuidado, utilizando para isso, todo o nosso potencial.

Já a crítica negativa, quer dizer, no fundo: “você não tem potencial”…

Desta forma, estive pensando hoje no por que de tantas críticas negativas, que destroem possibilidades e caminhos, frustam expectativas e sonhos…

Depois de muito considerar, penso que a crítica negativa, ao ofender a outra pessoa e diminuí-la, quer, na verdade, tornar o crítico melhor que o criticado. Como se o crítico, que faz a crítica destrutiva, quisesse ficar bem, enquanto o outro fica “por baixo”, fica mal com a crítica.

E como sair deste estado de coisas?

A melhor saída é não dar ouvidos às críticas negativas e aprender a ouvir as críticas positivas. No exemplo dado acima, em Mestrados e Doutorados (mas também na escola e na faculdade acontecem críticas semelhantes em provas e trabalhos), podemos aprender a ouvir que o crítico quer o melhor para nós – que fazer com que aprendamos mais, nos esforcemos mais.

Nesse caso, é importante saber a ouvir a crítica positiva. Vamos dizer que você que está lendo este texto agora, pense – “ele poderia ter escrito essa parte melhor, ou ter dado mais exemplos, ou explicado melhor a diferença”. Estas seriam críticas positivas e iriam melhorar o meu trabalho.

Com estas críticas, eu aprenderia algo mais. Por isso, é importante estar aberto à todas as críticas positivas.

E outro ponto muito importante: cada um é, para si mesmo, crítico de si mesmo. Em outras palavras, eu mesmo me critico. E como está sendo esta crítica? Ela é positiva ou negativa? Ela nunca aparece ou está todo tempo do seu lado?

Para saber mais:

(Se)Criticando muito?