Conheça a história e a obra dos psicólogos famosos! Alguns homens e mulheres marcaram a história da psicologia por suas obras e pesquisas. Segue abaixo a lista com os principais nomes, juntos de sua produção e biografia.

Na lista você encontrará além de psicólogos e psicólogas famosos, psicanalistas, psiquiatras e médicos que foram importantes na história de nossa área.

(A lista será constantemente atualizada)
A lista está organizada por ordem alfabética, por sobrenome.

Lista Completa com autores de todas as abordagens

A

Biografia Alfred Adler

Alfred Adler é um dos pensadores mais influentes e importantes da psicologia. Inicialmente um “discípulo” de Freud, ele foi o primeiro a romper com a psicanálise e fundar sua própria escola, chamada Psicologia Individual. Entre os conceitos formulados por ele, o que se tornou mais conhecido é o complexo de inferioridade.

Na apresentação do livro A ciência da natureza humana, ele diz:“Este livro constitui uma tentativa para divulgar entre o povo os fundamentos da Psicologia Individual. Busquei fazê-lo, demonstrando, ao mesmo tempo, a aplicação prática dos seus princípios ao problema das relações humanas na vida em sociedade e à orientação e organização da nossa vida pessoal. É a síntese do que disse em uma série de conferências pronunciadas no Instituto Popular de Viena, perante um auditório de centenas de homens e mulheres de todas as idades e profissões. Com este trabalho procurei patentar quanto os erros de conduta individual prejudicam a harmonia de nossa vida social e comum, ensinar o indivíduo a reconhecer esses erros e, finalmente, mostrar-lhe o modo de se adaptar harmonicamente à vida. Os erros do domínio dos negócios ou das ciências são danosos e deploráveis, mas os de nosso procedimento e conduta poem geralmente em risco a própria vida. Consagrei este livro à tarefa de aclarar o caminho que nos conduzirá a melhor compreensão da natureza humana” (Alfred Adler)

Logo na introdução Adler escreve:

“Não nos podemos aproximar com presunção e orgulho da ciência da natureza huamana. Pelo contrário, o seu conhecimento marca os que a versam com uma certa humildade. O problema da natureza constitui um gigantesco problema cuja solução tem sido, desde tempos imemoriais, nada menos do que uma das grandes metas do saber humano. Nem pode tal ciência ser ciência a que nos dediquemos com o único propósito de formar ocasionalmente especialistas. Seu verdadeiro escopo só pode ser o de levar o conhecimento da natureza humana a todos os seres”.

Biografia Andreas-Salomé, Lou

Louise Andréas-Salomé é lembrada na história da psicologia e da psicanálise por sua influência indireta em homens que marcaram a cultura ocidental, entre eles: o filósofo Nietzsche, o poeta Rainer Maria Rilke, os psicanalistas Sigmund Freud e Karl Abraham.

Louise Andréas-Salomé ou Lou Andreas-Salomé nasceu em 1861 na Rússia em uma rica família. Seu pai era general russo com ascendência francesa e sua mãe era de origem alemã-dinamarquesa, cuja família era de ricos industriais.Crescendo em um ambiente poliglóta, a mulher que seduziria tantos homens importantes na cultura ocidental (sedução no sentido de deixá-los fascinados com sua personalidade e não só em sentido da sexualidade), casou-se com o orientalista Friedrich Carl Andréas em 1887.Em 1912, começou a frequentar as famosas sessões de quarta-feira da Sociedade Psicanalítica em Viena. Em 1921, começou uma relação de amizade com a filha mais nova de Freud, Anna Freud, que duraria a vida toda.Frau Lou, como também era chamada, escreveu várias romances e textos sobre Nietzsche e Rilke.Para a psicanálise, deixou para a posteridade os seguintes textos: – Psicossexualidade (1915), capítulo da obra inacabada O amor do narcisismo;- Carta aberta a Freud (1931);- Correspondência com Sigmund FreudA Correspondência com Sigmund Freud é importante para aqueles que desejam saber mais da história da psicanálise e da Sociedade Psicanalítica Internacional.

Biografia Alois Alzheimer

A palavra alzheimer atualmente é associada com a doença de alzheimer. O nome foi dado em homenagem ao seu descobridor, o médico alemão Alois Alzheimer. Embora não seja propriamente um autor da área da psicologia, psicanálise ou psiquiatria, ele influenciou o modo como o mundo via a demência e, mais do que isso, conseguiu comprovar clinicamente que alterações cerebrais, nos novelos neurofibrilares, eram responsáveis pela causa da doença.

Aloysius Alzheimer nasceu em 14 de Junho de 1864 em uma pequena cidade no sul da Alemanha chamada Markbreit. Seu pai Eduard Alzheimer era tabelião público.

Desde a infância, Alzheimer tinha grande facilidade para os estudos, em especial na área de ciências naturais. Aos dezenove anos inicia seu curso na Universidade de Berlim, importante centro de produção de conhecimentos na área médica.No ano seguinte, resolve muda para a Universidade de Würzburg, onde teria a possibilidade de se especializar em histologia e microscopia.

Em Tübigen, nos anos de 1886 e 1887 finaliza seu curso, aonde viria a apresentar o caso cujo pioneirismo o tornaria internacionalmente conhecido, e cuja doença levaria seu nome.

Cola grau em medicina em 1888, e no mesmo ano, já possui licença médica para clinicar. Torna-se Professor Associado da Clinica Real de Psiquiatria em 1908, fundando o Laboratório de Neuropatologia.

O caso August D, que o consagraria, foi apresentado em 1906 no 37° Encontro de Psiquiatras do Sudeste da Alemanha, completado no ano posterior com a publicação em “Allgen Z Psychiatrie Psych – Gerich Méd”. Seria o eminente psiquiatra Emil Kraepelin, chefe da clínica na qual Alzheimer trabalhava, quem nomearia essa classe clinica como doença de Alzheimer na 8ª edição de seu livro: “Psychiatrie: Ein Lehrbuch fur Studierende und Artze” – segundo volume de sua “Psiquiatria Clínica” (titulo em português) – publicado em 15 de julho de 1910. Foi neste volume que Kraepelin ampliou o Capítulo VII intitulado Demência “Pré-Senil e Senil”, e no índice de tal livro surge pela primeira vez a denominação “Doença de Alzheimer”.

Embora nunca tenha publicado livro de sua autoria, Alzheimer foi colaborador no tratado “Anatomia das Doenças Mentais”, que, por diversos motivos, não foi completado. Juntamente com With Lewandowsky (1876 – 1918) foi fundador da revista científica: “Zeitschrift für die gesamte Neurologie und Psychiatrie” (Revista de Neurologia e Psiquiatria).

O ano de 1915 marca o início da doença que levaria Aloysius Alzheimer à morte, no dia 19 de novembro na cidade de Breslau. Falecido com 51 anos, em conseqüência de uma tonslite que levou a febre reumática com endocardite, glomérulonefrite e finalmente insuficiência renal, foi sepultado em Frankfurt.

B

Biografia Albert Brandura

Albert Bandura é conhecido como o precursor da psicologia cognitiva. Tornou-se psicólogo aos 24 anos pela Universidade da Columbia Britânica. Poucos anos depois, em 1952, recebeu o título de Ph.D. pela Universidade de Iowa, onde foi influenciado pela tradição behaviorista e pelas teorias da aprendizagem (BOEREE, 2006).

Um ano mais tarde, em 1953, começou a lecionar na Universidade de Stanford e, juntamente com um de seus alunos, Richard Walters, escreveu o livro Adolescent Aggression em 1959.

Foi a partir deste estudo que avaliou as explicações comportamentalistas como insuficientes para explicar alguns processos da aprendizagem humana, especificamente o que chamou de aprendizagem vicária. A partir daí, desenvolveu a Teoria Social Cognitiva e rompeu com o comportamentalismo.

Bandura foi eleito presidente da Associação Americana de Psicologia em 1973. Enquanto presidente focou-se na tentativa de criar políticas públicas e práticas sociais que tivessem impacto na vida das pessoas (MERCK, RAMOS & PACKARD, 2006). Recebeu em 1980 o “APA’s Award of Distinguished Scientific Contributions” por suas contribuições científicas e, atualmente, aos 85 anos, continua dedicando-se à pesquisa e ao ensino na Universidade de Stanford.

BOEREE, C. G. (2006). Personality Theories: Albert Bandura. Disponível em: < http://209.85.62.24/28098/188/0/p373518/pt_bandura.pdf >.

MERCK, E.; RAMOS, I. & PACKARD, E. (2006). American Psychological Foundation,  37(7). Disponível em:http://www.apa.org/monitor/julaug06/apf.aspx >.

Biografia Alfred Binet

Alfred Binet foi um psicólogo francês que criou o primeiro teste de inteligência, utilizando em larga escala.

Seu teste influenciou o desenvolvimento de testes de inteligência aplicados pelos psicólogos até os dias atuais.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

C

Biografia Raymond Cattell

Raymond Catell foi um pesquisador pioneiro na Psicologia que ficou conhecido pelo conceito de análise multi-variável e por sua teoria da personalidade dos 16 fatores.

Cattell nasceu na Grã-Bretanha em 1905 e faleceu em 1988. ´

Desenvolveu diversos testes, contribuindo para diversas áreas da psicologia, desde estudos da personalidade, passando pelo estudo das emoções e motivação, até padrões de comportamento grupal e social.

Biografia Carl-Gustav Carus

Carl-Gustav Carus nasceu na cidade de Leipzig, na Alemanha, em 1789. Aos vinte e um anos recebeu o diploma de medicina e especializou-se na área da obstetrícia e ginecologia, mas também deixou importantes contribuições para a psicologia e para a psicanálise.

Foi professor na Academia de Medicina de Dresden e também no Instituto de Formação de parteiras de 1815 a 1827. Neste ano, prestou serviços como médico particular do rei de Saxe.

Porém, seus interesses eram variados. Além de obras publicadas em sua área de atuação, publicou livros como Inscrições dos templos de Delfos e, para a psicologia e psicanálise, são de interesse os seguintes:

  • Conferências de Psicologia (1831)
  • Psyché, para uma genética da alma (1846)

Influenciado pelo movimento romântico alemão, muito popular na época, Carus é um importante representante da chamada Filosofia Natural, Naturphilosophie.

No livro Psyché, para uma genética da alma, Carus elabora a teoria da alma consciente, que é, porém, influenciada pelo inconsciente irracional e criador. Inconsciente que está sempre mudando de forma dinâmica.

Vemos, com isso, que a ideia de um inconsciente, para além da esfera consciente, já estava em elaboração muito antes da psicanálise de Freud. O mérito de Freud foi ter conseguido demonstrar, com vasto material clínico, o que Carus já apontava de forma mais metafísica e abstrata.

Sobre Carus, escreve C. G. Jung, no livro Os arquétipos e o inconsciente coletivo:

“Apesar de vários filósofos, como Leibniz, Kant e Schelling terem indicado claramente o problema da alma obscura, foi um médico que se sentiu impelido a destacar o inconsciente como a base essencial da psique, a partir de sua experiência científica e médica. Estamos falando de Carl-Gustav Carus” (JUNG, p. 154)

Carus faleceu em 28 de janeiro de 1869.

E

Biografia Erik Erikson

Erik Erikson nasceu em 1902 na Alemanha e faleceu em 1994, aos 92 anos nos Estados Unidos.

Seu interesse pelo desenvolvimento humano começou a partir de suas experiências infantis, ao sofrer na escola por ser diferente dos colegas (Erikson era alto e de olhos azuis pela ascendência nórdica) e por ser judeu.

Estudou com Anna Freud, filha de Sigmund Freud, que elaborou importante teoria sobre a primeira infância. Com isto, recebeu o certificado de psicanalista da Sociedade Psicanalítica de Viena. Mudou-se para os Estados Unidos em 1933, e começou a trabalhar como professor e pesquisador na Universidade de Harvard e também atendendo crianças em seu consultório.

Posteriormente, lecionou em outras importantes Universidades americanas entre elas Berkeley e Yale. Tendo pesquisado outras culturas (como a de Sioux e Yurok), elaborou uma das mais renomadas e conhecidas teorias do desenvolvimento humano, criticando a teoria psicanalítica de Freud.

De acordo com Erikson, o desenvolvimento psicossocial provém de “crises” – que momentos decisivos onde, de uma maneira ou outra, a mudança é inevitável.A partir desta formulação, Erikson estabeleceu 8 tarefas psicossociais. Em cada uma delas, o ego ou eu atravessa a crise daquela fase, podendo enfrentar negativamente (o ego fica fragilizado) ou positivamnete (o ego fica mais forte e estável).

E, para terminar esta biografia, citamos um trecho do livro Infância e Sociedade, (Childhood and society):

“Os pais não devem ter apenas certos meios de guiar a proibição e a permissão, eles também dever ser capazes de representar para a criança uma convicção profunda, quase somática, de que existe um significado para o que eles estão fazendo. No fim das contas, as crianças se tornam neuróticas não por suas frustrações, mas pela ausência ou falta de um significado social nestas frustrações”.

F

Anna Freud

Anna Freud, como o sobrenome já indica, era filha de Sigmund Freud. Nasceu em 1895 e faleceu em 1982. Inicialmente foi influenciada pelas teorias de seu pai, mas, com o tempo, desenvolveu pesquisa independente. Suas principais contribuições à Psicologia estão centradas na  psicologia e psicanálise da criança.

Em 1936, publicou um de seus mais famosos trabalhos: O ego e os mecanismos de defesa. 

 Abaixo transcrevo uma carta escrita por ela:Querido John… você me pergunta o que eu considero essencial na personalidade de um futuro psicanalista. A responda é relativamente simples. Se você quer ser um psicanalista realmente você tem que ter um grande amor pela verdade, pela verdade científica e pela verdade pessoal, e você tem que colocar esta apreciação à verdade acima de qualquer desconforto ao encontrar fatos desagradáveis, quer eles sejam do mundo exterior ou dentro de sua própria pessoa. Mais do que isso, eu penso que o psicanalista deve ter…interesse… além dos limites do campo da medicina… em fatos que pertencem à sociologia, à religião e história… ou sua visão com relação ao paciente será muito estreita. Este ponto contém… as preparações necessárias além dos requerimentos feitos nos Institutos de Psicanálise para os candidatos a analistas. Você tem que ser um bom ouvinte e conhecer a literatura de muitos países e culturas. Nas grandes figuras literárias você vai encontrar pessoas que sabem ao menos o mesmo tanto da natureza humana do que psiquiatras e psicólogos.  

Sigmund Freud

Freud é mundialmente conhecido como “o pai da psicanálise”, cujo conceito de inconsciente é central.

Em 1914, ele escreve o livro História do Movimento Psicanalítico. O tom, um pouco ressentido, é explicado pela briga e rompimento com Adler, em 1910, e Jung, em 1912:

“Não é de se estranhar o caráter subjetivo desta contribuição que me proponho trazer à história do movimento psicanalítico, nem deve causar surpresa o papel que nela desempenho, pois a psicanálise é uma criação minha; durante dez anos fui a única pessoa que se interessou por ela, e todo o desagrado que o novo fenômeno despertou em meus contemporâneos desabou sobre a minha cabeça em forma de críticas.

Embora de muito tempo para cá eu tenha deixado de ser o único psicanalista existente, acho justo continuar afirmando que ainda hoje ninguém pode saber melhor do que eu o que é a psicanálise, em qeu ela difere de outras formas de investigação da vida mental, o que deve precisamente ser denominado psicanálise e o que seria melhor chamar de outro nome qualquer”

Biografia de Karen Horney

Karen Horney (1885 – 1952) concluiu sua formação psicanalítica em 1919, em Berlim. Desde tal data publicou numerosos artigos, principalmente sobre a personalidade feminina, demonstrando sempre sua discordância com alguns conceitos teóricos de Freud. Alguns pensadores chegam a dizer que sua obra apresenta mais diferenças e críticas à obra de Freud do que semelhanças, o que poderia afastá-la da psicanálise. Mas essas proposições por parte dos críticos são geralmente consideradas exageradas: sua obra é inserida dentro do que ficou convencionado de os pós-freudianos culturalistas.

Em 1932, Karen Horney mudou-se para os EUA e em 1934 rompe com a instituição psicanalítica de modo definitivo, fundando neste ano seu próprio centro, o Instituto Americano de Psicanálise. Sua teoria discorda da psicanalise por sua preponderância nos fatores sexuais. Ela criticou a validade da teoria edipiana, descartando o conceito de libido e o modo como Freud concebeu a personalidade humana.

O principal conceito de Karen Horney é a ansiedade básica, que surge quando a criança sente estar vivendo num mundo hostil, que a desampara. Os pais podem produzir esta ansiedade de diferentes formas, através de sua relação com os filhos, relações instáveis que causam insegurança na criança. Ou seja, a ansiedade não surge de fatores biológicos inatos, mas da relação social, ambiental.

Horney enfatizou que a força impulsora predominante na psique humana é a que busca a segurança e a liberdade do medo e da ameaça que ronda a criança. Ela concordava com Freud na importância da infância para a constituição psíquica, mas esta constituição é dada socialmente e não através de instintos universais biológicos.

A personalidade humana, formada através da busca de segurança e liberdade, lutando contra a ansiedade básica cria o que a autora chamou de necessidades neuróticas, ou seja, necessidade de afeição, aprovação, prestígio, realização pessoal, perfeição e independência. Estas necessidades podem ter três direções: em direção às pessoas (afeição), de afastamento das pessoas (independência) e contra as pessoas (necessidade de poder).

Horney acreditava que os conflitos básicos na neurose não eram biológicos nem inevitáveis, mas advinham de situações sociais específicas e indesejáveis da infância e que podiam ser evitadas se a família procurasse dar à criança compreensão, segurança, amor e generosidade.

Perto do fim de sua carreira, a autora fez um resumo de suas idéias no livro Neurose e desenvolvimento humano, considerado pelos críticos sua maior obra, que foi publicada em inglês em 1950.

Neste livro, ela realiza uma síntese de suas idéias a respeito da neurose, esclarecendo suas três “soluções” neuróticas para os estreses da vida. A solução expansiva torna-se uma combinação tripartida de narcisismo, perfeccionismo e aproximação vingativa-arrogante à vida. As outras duas “soluções” foram também um refinamento de conceitos prévios: a submissão aos outros e a resignação, ou afastamento dos outros.

Horney foi uma pioneira na disciplina da psiquiatria feminina. Em um artigo intitulado “O problema do masoquismo feminino” ela descreve como as culturas e sociedades ao redor do mundo encorajam as mulheres a serem dependentes dos homens, com relação ao amor, prestígio, saúde, cuidado e proteção. As mulheres sendo relegadas à objetos de charme e beleza, ou seja, as mulheres adquirem valor social apenas através dos filhos e da família.

Independentemente de ser mulher ou homem, a autora considerava que em problemas neuróticos menores os pacientes poderiam ser seus próprios psicanalistas. Ela continuadamente apontou que a auto-consciência era uma parte necessária e importantíssima para as pessoas se tornarem um ser humano melhor, mais forte e mais rico.

Jack Kornfield

Jack Kornfield é professor de meditação de renome internacional e um dos líderes na introdução da prática e da psicologia budista no Ocidente. Após formar-se em Estudos Asiáticos no Darthmouth College, ele ingresso no Corpo da Paz e, posteriormente, fez treinamento para monge budista durante vários anos na Tailândia, na Birmânia e na Índia.

Jack Kornfield é cofundador da Insight Meditation Society em Barre, Massachusetts e do Spirit Rock Center, no norte da Califórnia.

Ele é casado, pai e ativista, e também é doutor em psicologia clínica. Os seus livros incluem Um caminho para o coração, Depois do Êxtase, Lave a Roupa suja e A Arte do Perdão, da Ternura e da Paz, da Editora Cultrix.

Atualmente, ele trabalha publicando livros e dando palestras sobre a Psicologia Budista.

Biografia William James

William James (1842 – 1910) é considerado por muitos como o pai da psicologia americana. Psicólogo e filósofo tem obras importantes publicadas nas duas áreas. Na psicologia, podemos destacar o livro publicado em 1872 chamado Princípios de Psicologia.

Outra obra mundialmente conhecida de William James éVariedades da Experiência Religiosa, publicada em 1902.

Leia abaixo um trecho de um livro de William James:

“Não tenho nenhuma dúvida de que a maioria das pessoas vivem, seja física, intelectual ou moralmente, num círculo deveras restrito do seu ser potencial. Elas usam uma parcela ínfima da sua consciência possível…mais ou menos como o homem que adquire o hábito de usar e de mover, de todo o seu organismo físico, apenas o dedo mínimo…Todos nós temos reservatórios de vida a serem aproveitados, com que sequer sonhamos”.

Biografia Karl Jaspers

O alemão Karl Jaspers (1883 – 1969) elaborou uma vasta obra, em especial nas áreas da filosofia e da psiquiatria. Para a psicologia é de especial interesse sua visão do significado das Doenças Mentais de seu livro Psicopatologia Geral, publicado pela primeira vez em 1913.

Em 1901, aos 18 anos iniciou seus estudos na Faculdade de Direito de Freiburg, mais por influência do pai do que por interesse em ser advogado.

Em 1902, iniciou a faculdade de medicina, na qual se formou em 1908 em Heidelberg. Nesta cidade alemã trabalhou como psiquiatra até 1915.

A direção de sua vida começou a mudar quando começou a dar aulas de psicologia na Faculdade de Letras de Heidelberg em 1913, ano em que publicou um importante livro para a história da psicologia e da psiquiatria, intitulado Psicopatologia Geral, em que tratava das doenças mentais com um enfoque até então praticamente inédito: a fenomenologia.

Ou seja, Jaspers – estudando as doenças mentais – não focou sua atenção nas causas das dificuldades dos pacientes, mas sim no sentido ou significado do problema.

Alguns anos mais tarde, em 1921, tornou-se catedrático de filosofia ainda em Heidelberg.

Em 1932, publicou outro importante livro, intitulado Filosofia, sob influência dos filósofos Kierkegaard, Nietzsche e do sociólogo Max Weber.

Outras obras importantes de Karl Jaspers: A culpa alemã (1949); Origem e sentido da história (1949); e A bomba atômica e o futuro do homem (1958).

Biografia C. G. Jung

C. G. Jung (1875 – 1961)

C. G. Jung é o criador da Psicologia Analítica. Inicialmente um discípulo de Freud e considerado por este o “príncipe herdeiro da psicanálise”, Jung rompe com alguns aspectos da teoria psicanalítica, em especial o conceito de libido.

Saiba mais sobre o rompimento Freud e Jung, e em especial, sobre a importância que a psicanálise teve na Psicologia Analítica, neste artigo que escrevi para o site junguiano Symbolon: “Sobre a Divergencia Freud Jung”.Em sua autobiografia, intitulada Memórias, Sonhos e Reflexoões (em alemão Lembranças, sonhos e pensamentos) ele escreve: “Minha vida é a história da individuação do inconsciente”.

Seus conceitos mais conhecidos são: introversão e extroversão, inconsciente coletivo, arquétipo, complexos, sincronicidade,individuação. Esteve em constante contato com pesquisadores de todas as áreas, sendo um autor conhecido por sua abertura ao diálogo com outras culturas.

Biografia Jacques Lacan

Lacan foi um dos principais teóricos da psicanálise, talvez o mais importante depois de Sigmund Freud. Neste texto, você poderá conhecer melhor sobre sua vida e sobre sua obra.

Lacan nasceu em 13 de abril de 1901. Com 26 anos, ele ingressou na residência (especialidade da medicina) no Hospital Psiquiátrico do departamento do Sena, em Paris. Inicialmente, sofreu influência do famoso psiquiatra Gatian de Clérambault.

No ano de 1932, concluiu seu doutorado: “Da psicose paranoica em suas relações com a personalidade”, tese na qual estudava uma paciente, chamada Aimée, que era psicótica. Logo em seguida, começou a frequentar os seminários dados por Alexandre Koyré, estudioso do filósofo alemão Hegel. Com tais seminários, ele passou a utilizar a dialética hegeliana dentro da psicanálise – evidentemente, alterando a última, mas procurando manter os conceitos de Freud.

Em 1936, apresentou seu primeiro trabalho propriamente psicanalítico na Associação Psicanalítica Internacional (IPA), na cidade suíça de Zurique. Este trabalho deu início à sua produtiva carreira como psicanalista, através de uma conferência sobre a fase do espelho.

Já na década de 1950, começou a utilizar não só a dialética hegeliana como também a obra do antropólogo Claude Lévi-Strauss e a linguística de Saussure. Alguns anos após, em 1953 deixou a Sociedade Psicanalítica de Paris – ligada à IPA – e fundou, juntamente com Françoise Dolto, Daniel Lagache, Juliette Favez-Boutinier a Sociedade Francesa de Psicanálise.

O rompimento das duas instituições psicanalíticas se deveu à diversos motivos, os principais sendo: a possibilidade da prática da psicanálise por não-médicos, a abertura do ensino nas universidades e as durações da sessões, que para os fundadores da Sociedade Francesa de Psicanálise deveria, por influência do próprio Lacan, ser variável e não durar sempre 50 minutos. E, também, eles defendiam a abertura do ensino e a prática da psicanálise por não-médicos.

Posteriormente, aconteceu um novo rompimento dentro da Sociedade Francesa de Psicanálise – em virtude de novas inovações na técnica de atendimento da psicanálise introduzidas por Lacan.

Lacan escreveu muitas obras. Sua obra teórica mais importante foi Os Escritos, que reúnem 34 artigos, publicados entre 1936 e 1966. Além deste volumoso livro, há 26 volumes de seminários dados entre 1953 e 1979, sobre diversos temas. Cada volume é dedicado à um tema específico e compreende por volta de um ano de estudos sobre o tópico escolhido para cada ano.

Para saber mais sobre os seus principais conceitos, veja os seguintes textos:

A Personalidade para a Psicanálise

Inconsciente estrutura como Linguagem

Início da análise na Psicanálise

Psicanálise – Ciência e Ética

O Amor para a Psicanálise

M

Biografia Abraham Maslow

Abraham Maslow foi professor de psicologia na Universidade Brandeis. Considerado o pai filosófico da psicologia humanista e psicologia transpessoal, escreveu livros que vinculam a psicologia humanista com a educação, a religião e a empresa.

Biografia Jean Piaget

Jean Piaget nasceu em Neuchâtel (Suiça) em 1896. Desde os 16 anos, empreende com sucesso certo número de estudos sobre Zoologia, mostrando assim precocidade científica.

Aos 21 anos, obtém o título de licenciado em Ciências Naturais e, no ano seguinte, o de doutor em Ciências com tese dedicada à divisão dos moluscos nos Alpes valesianos.  Mas, logo o zoologista deveria ceder lugar ao psicólogo e epistemologista de renome mundial.

Sucessivamente, é chefe de trabalhos no Instituto Rousseau e livre-docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Genebra, professor de Psicologia e Filosofia das Ciências na Universidade de Lausanne, de Sociologia e Psicologia Experimental na Universidade de Genebra, sendo finalmente nomeado professor titular de Psicologia Genética da Sorbonne, em 1952.

(Note que Genética aqui tem o sentido de Gênese e não significa a sub-área da biologia, a biologia genética).

Dedicou suas pesquisas, de uma originalidade e rigor excepcionais, à descoberta da evolução mental da criança, assim como aos problemas epistemológicos.

Trecho extraído do livro: Seis Estudos de Psicologia, de Jean Piaget. Editora Forense Universitária, Rio de Janeiro, 1976

R

Biografia Carl Rogers

Carl Rogers é o autor mais conhecido da Psicologia Humanista, a 3° força da Psicologia. No livro Tornar-se Pessoa, Carl Rogers procura responder à pergunta: “Quem sou eu” para uma platéria de estudantes. Para tanto, ele diz:

Quem sou eu? Um psicólogo cujos interesses principais foram, durante muitos anos, os da psicoterapia. Que é que isto significa? Não tenho a intenção de vos impor uma longa cronica do meu trabalho, mas gostaria de extrair alguns parágrafos do meu livro Terapia Centrada no Cliente:

Este livro trata do sofrimento e da esperança, da ansiedade e da satisfação qeu invadem o gabinete de consulta de qualquer psicoterapeuta. Ele descreve o caráter único da relação de que se constitui entre cada terapeuta e o seu paciente, bem como os elementos comuns a todo esse tipo de relações. Este livro será a descrição da experiência extremamente pessoal de cada um de nós. Trata-se de um paciente que, no meu gabinete, sentado à minha secretária, lutando por ser ele mesmo, embora com um medo mortal, tenta ver a sua experiência tal qual ela é, que procura ser essa mesma experiência, para além do terror de uma tal perspectiva. Este livro refere-se a mim, tal como me situo frente ao meu paciente, participando na sua luta da maneira mais intensa e mais sensível de que sou capaz. Este livro trata de mim, da minha tentativa de capatar a sua experiência, de apreender o significado, o sentimento, a sensação e o sabor que isto representa para ele…Trata de mim quando me alegro por ter o privilégio de fazer nascer uma nova personalidade – assistindo cheio de temor à emergência do eu, de uma pessoa – , presenciando um processo de nascimento no qual tive uma participação importante e que o facilitou.

ROGERS, Carl. Tornar-se Pessoa. Livraria Martins Fontes, São Paulo: 1961

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

 S

Biografia B.F Skinner

B. F Skinner ficou mundialmente conhecido por suas pesquisas envolvendo o conceito de condicionamento operante. É o criador da linha de behaviorismo (comportamentalismo) conhecida como behaviorismo radical.

No livro, O mito da liberdade, B. F. Skinner escreve:“Quase todos os nossos problemas principais abrangem o comportamento humano e não podem ser resolvidos apenas com a tecnologia física e biológica. É necessária uma tecnologia do comportamento, mas temos sido morosos no desenvolvimento de uma ciência da qual se poderia extrair esta tecnologia.

Uma dificuldade é que quase tudo que é denominado de ciência do comportamento continua a vincular o comportamento humano a estados de espírito, sentimentos, traços de caráter, natureza humana e assim por diante.

A física e a biologia já seguiram práticas similares e somente se desenvolveram quando as descartaram. As ciências do comportamento têm se transformado lentamente em parte porque as entidades explicativas parecem ser diretamente observáveis e tambem pelo fato de ser difícil encontrar outras espécies de explicação.

O ambiente é, sem dúvida, importante, mas seu papel tem permanecido obscuro. Não impulsiona nem puxa, mas seleciona e essa função é difícil de ser percebida e analisada. O papel da seleção natural na evolução foi formulado há pouco mais de cem anos, e a função seletiva do ambiente na modelagem e manutenção do comportamento do indivíduo está apenas começando a ser reconhecida e estudada” (Skinner, 1983, p. 24).

SKINNER, Burrhus Frederic. O mito da liberdade. São Paulo: Summus, 1983

Biografia Harry Stack Sullivan

Harry Stack Sullivan (1892 – 1949) formulou suas inovações no campo da psiquiatria e da psicanalise nos últimos anos da década de 20 e inicio dos anos 30, do século XX. Foi um dos primeiros pensadores norte-americanos a entender a contribuição de Freud. No entanto, rompeu com a teoria psicanalítica por discordar das hipóteses conceituais básicas. Por isso, não se referia ao seu próprio trabalho como sendo do campo da psicanálise, abandonando assim a terminologia psicanalítica.

O autor utilizou em sua teoria um esquema conceitual derivado da física moderna. Dentro desta nova orientação os fenômenos não podem mais ser explicados como se ocorressem em um organismo isolado, em uma entidade fechada ou segundo os mecanismos deterministas de uma causa-efeito da física clássica. Com sua abordagem orientada para o processo, Sullivan achou que, no estudo do desenvolvimento um indivíduo não se podia conceber existindo isoladamente em tempo algum. A condição humana foi sempre uma experiência gregária, ou seja, ele concebia a personalidade como “padrões relativamente duradouras de situações interpessoais repetitivas”.

Sullivan era um clínico e a necessidade de reformulações teóricas surgiu de suas experiências terapêuticas com esquizofrênicos e obsessivos. As principais modificações que realizou em seu método psicoterapêutico dizem respeito à relação médico-paciente e à maneira de realizar a investigação terapêutica.

A personalidade é tornada manifesta em situações interpessoais. Tudo, à respeito das pessoas e de suas personalidades, deve ser colocado em um contexto social, inter-pessoal, já que é neste contexto que pode-se observar o surgimento e desenvolvimento da personalidade dos indivíduos no meio, que é, em última instância social.

Sua crítica básica sobre a psiquiatria clássica de Kraepelin foi a de que as poderosas forças sociais e culturais possuem um papel determinante na criação de padrões ineficientes no viver inter-pessoal, que muito geralmente são tidas como doenças psíquicas. O que ele mais temia nesta psiquiatria era de que sua descritividade e olhar centrado no sintoma desconsiderasse o individuo como um todo.

As diferenças com relação à Freud consistem principalmente em que este possuía uma abordagem intra-psíquica, embora tenha pensado as relações inter-pessoais na transferência e em seu conceito de superego.

Sullivan foi o criador da teoria interpessoal da psiquiatria. Em seu trabalho clínico, teve um maior contato com pacientes esquizofrênicos e obsessivos e se utilizou da empatia para tratá-los. Concebia o terapeuta como um observador participante. Acreditava que a personalidade podia mudar a qualquer momento, dependendo de novas situações interpessoais.

V

Para ler a biografia de Vygotksy clique – Lev Vygotsky

John B. Watson

Watson foi um dos psicólogos mais influentes do século XX. Foi autor fundamental na psicologia comportamental, embora muitos de seus conceitos e teorias fossem criticados e reformulados por outros autores. Conheça a sua biografia.

John Broadus Watson nasceu em Greeville, Carolina do Sul, Estados Unidos no ano de 1879. Em 1894 entra na Universidade Furnan, com a intenção de ser ministro religioso. Cinco anos após é reprovado, em virtude de sua indisciplina, impulsividade e rebeldia.

Em 1900, Watson deixa de lado a ideia de ser ministro religioso, influenciado pelo falecimento de sua mãe. No mesmo ano, muda-se para a Universidade de Chicago, para cursar pós-graduação em psicologia.

Em 1903, tornar-se o estudante mais jovem a obter o grau de Doutor. Dez anos após o seu doutoramento, publica o artigo “comportamentalismo” na Psychological Review.

No ano seguinte, em 1914, publica o livro “O Comportamento: Introdução à Psicologia Comparada”. Em 1916, é eleito presidente da Associação Psicológica Americana (APA). A partir deste ano, também desenvolve trabalhos na área de consultoria, em empresas de seguro. Trabalha nessa área com Cursos sobre Psicologia da Publicidade.

Na 1° Guerra Mundial (1914-1916) serve como major. Com o final da Guerra, realiza os primeiros experimentos laboratoriais, em psicologia experimental, com bebês.

Alguns anos mais tarde, em 1928, publica o livro “O Cuidado Psicológico do Bebê e da Criança”.

Watson falece em 1958, aos 79 anos. Importante notar que antes de falecer ele queima todas as suas cartas, manuscritos e notas.

Biografia Donald Winnicott

Filho de ingleses autênticos, foi educado sob condições favoráveis, tendo-se formado em medicina com pouco mais de vinte anos. Começou sua carreira como pediatra clínico do Paddington Green Children’s Hospital, em Londres, onde trabalhou durante quarenta anos aproximadamente, período em que atendeu, de acordo com seus cálculos, cerca de 60.000 mães e crianças.

Logo após ter iniciado o exercício de pediatria, entrou em contato com Ernst Jones, que o encaminhou para análise com James Strachey. Referindo-se àqueles anos, Winnicott escreve:

“Eu estava iniciando como pediatra conselheiro naquela ocasião, e pode-se imaginar como era empolgante fazer inúmeras anamneses e obter de uma classe de pais menos instruídos toda a confirmação necessária para as teorias psicanalíticas, que estavam começando a fazer sentido para mim, através de minha própria análise. Naquele tempo, nenhum outro analista era também pediatra, e, assim, durante duas ou três décadas, fui um fenômeno isolado”.

Conheceu fama e renome mundial nos últimos quinze anos de sua vida. (…) Uma bibliografai não atualizada de seus livros e trabalhos publicados chega a 190 títulos.

Trecho do Prefácio, escrito por Ishak Ramzy, do Livro: The Piggle, relato do tratamento psicanalítico de uma meninna, de D. W. Winnicott.

Biografia Wilhelm Wundt

Wilhelm Wundt é mundialmente conhecido por ter criado o primeiro laboratório de Psicologia do mundo. O laboratório foi inaugurado em Leipzig, na Alemanha em 1879.

A fundação do laboratório é considerado por muitos como o início da Psicologia enquanto uma ciência. Autor de uma vasta obra, importantíssima para a psicologia, Wundt nasceu em 1832 e faleceu em 1920. Sua obra mais conhecida, publicada em 1872, se intitula Princípios de Psicologia Fisiológica. 

Wundt é associado com a perspectiva conhecida como Estruturalismo, ou seja, a abordagem da psicologia que procura explicar as estruturas que compõe a mente. O método utilizado é chamado introspecção, no qual sujeitos treinados descreviam de forma detalhada para o psicólogo seus sentimentos, pensamentos e sensações.