Há certo tempo atrás, li uma citação fantástica em um livro de PNL (Programação Neuro-linguística). Um médico americano, chamado Dr. Wallace, lidava com seus pacientes de uma forma muito diferente.

Quando o paciente tinha hipertensão, o Dr. Wallace lhe perguntava:
– Como você se hipertensiona?
– Tenho trabalhado muito, respondia o paciente.

O que o médico fez foi desconstruir uma distorção da linguagem conhecida em PNL como nominalização.

Nominalização é a transformação de um processo em algo estático, em um nome (nominalização).

NOMINALIZAÇÃO = (Processo) ==> Estático (Nome).

Evidentemente, a nominalização em certos casos facilita a linguagem, tornando-a mais rápida. Mas, por outro lado, podem ser construídas determinadas formas que, em última instância, não são reais. São apenas nomes.

Toda doença é um processo que possui um tempo, um desenrolar temporal. Nesse sentido, toda doença, como a hipertensão, é dinâmica. Ao lhe darmos um nome, tendemos a pensar a hipertensão como uma coisa real, existente por si mesma e estática, paralisada.

Outros exemplos de nominalização:

– A comunicação do casal é péssima.

– O relacionamento deles não vai bem.

– A educação no Brasil precisa melhorar.

A saída para a nominalização é o questionamento. No que o relacionamento (a educação, a comunicação) não vai bem? Quando não vai bem? Porque e para que não vai bem?

FELIPE DE SOUZA