Algumas pessoas ficam se recriminando durante um longo tempo porque quebraram um copo. Outras porque falaram uma palavra errada em uma apresentação. Para que? É como ver um ponto preto em uma parede inteirinha branca. 

Existem duas saídas fáceis para transformar a crítica negativa em positiva:

1) Procure ver a causa e o “pra que” da  crítica do outro, com o olhar do outro. Se você tivesse vivido as mesmas coisas que esta pessoa, você faria o mesmo que a pessoa fez? Faria este mesmo tipo de crítica?

2) Procure olhar a crítica com o ponto de vista de um terceiro – que não está envolvido na situação. Assim como o faz um juiz pois tem que ver, ouvir e tentar entender as duas partes. Saiba pesar o que é justo na crítica. Ou seja: posso realmente melhorar nisso, nisso, naquilo outro…

Esta técnica pode ser usada tanto com críticas feitas por outras pessoas como com aquelas críticas que fazemos a nós mesmos. Temos que ser capazes de nos distanciar emocionalmente da crítica e retirarmos dela o pra que. Se respondermos com algum elemento que possa nos auxiliar o desenvolvimento, está ok. Vamos mudar e pronto. A crítica foi positiva. Se não há nada que possamos utilizar, deixemos para lá. Para que sofrer com o negativismo dos outros?

As autocríticas, daquelas que dão literalmente dor de cabeça, podem ser muito importantes. Contudo, na maior parte das vezes, essas autocríticas são apenas limitantes e paralisadoras. O grande Oscar Niemeyer disse em entrevista – quando completava 100 anos – que a única coisa a qual mudaria em sua vida é o fato de ter se criticado muito. 

Para saber mais:

Perceptual Positions 938-943  

Encyclopedia of Systemic NLP and New Code – http://nlpuniversitypress.com/ 

de Robert Dilts e Judith DeLozier. Enciclopédia sobre PNL (em inglês NLP). 

FELIPE DE SOUZA